A SOCIOLOGICAL THEORY OF PERSONALITY: COMTE’S, 1850

A SOCIOLOGICAL THEORY OF PERSONALITY: COMTE’S, 1850
(4 slides)
Aníbal Silveira (Brazil)¹

We would like to bring to your attention a Personality theory, fresh even though old, which explains all the processes of human mind, those genetic-psychological as well as those dynamics, be they normal or pathological. It was elaborated on in 1850 by the foremost philosopher of modern times, Auguste Comte, and still remains practically unknown, on the contrary of his System of Positive Philosophy – 1830-1842. Even the authors that cite and adorn the Philosopher’s view on Sociology and on psychological in general, do not know his theory of Personality. The answer for this is that when Comte evolved that theory, he was fighting to establish the proletarian into the role of a social force and suffered the joint counteraction of the many rulers of the status quo, which succeeded in isolating him from the public. It was a large and mighty campaign that reduced him short to starving. 

According to this theory, Personality does not vary from person to person, but is peculiar to the species: there are altogether 18 single subjective functions of the brain, which may be correlated to the cerebral dynamisms, even not reducible to them: Comte was not a reductionist. Such functions integrate psychic systems, what we now may follow easily by the neurophysiology – or by the so-called neuropsychology and verify through the psychopathology and cerebral pathology. What varies from individual to individual is, of course, the quality of the organs performing such functions in first place, and then, the arrangement among these systems, and still the connecting functions which mediate their translation into overt action or behavior. 

All these subjective functions, interweaved into composite units – the Personality spheres, i.e., Affectivity, Activity (or conation), and Intelligence – are innate but do not originate one another as is supposed in Freud’s or in von Monakow’s theories. Comte clearly stated the main dynamisms of mind, none of which were rediscovered by Freud.

As Comte pointed out, such theory could not appear before the foundation of the dynamic laws of Sociology – established by him in 1822 – as every sociological recognizes -, for it was to be based on the evolutional trends of Mankind. In addition, it was verified through the principles of animal comparative anatomy and physiology, and, on the other hand, through pathology. 

¹Department of Psychiatry, Faculty of Medicine, Jundiaí, SP.
UMA TEORIA SOCIOLÓGICA DA PERSONALIDADE: COMTE, 1850
(4 lâminas)
Aníbal Silveira (Brasil)

Gostaríamos de chamar a sua atenção para uma teoria da Personalidade, nova embora antiga, que explica todos os processos da mente humana, tanto genético-psicológicos quanto dinâmicos, sejam eles normais ou patológicos. Foi elaborado em 1850 pelo maior filósofo da modernidade, Auguste Comte, e ainda permanece praticamente desconhecido, ao contrário de seu Sistema de Filosofia Positiva – 1830-1842. Mesmo os autores que citam e adornam a visão do Filósofo sobre a Sociologia e sobre a psicologia em geral, desconhecem sua teoria da Personalidade. A resposta para isso é que, quando Comte desenvolveu essa teoria, ele estava lutando para colocar o proletariado no papel de uma força social e sofreu a oposição conjunta dos muitos governantes do status quo, que conseguiram isolá-lo do público. Foi uma campanha grande e poderosa que o reduziu a morrer de fome.

De acordo com essa teoria, a personalidade não varia de pessoa para pessoa, mas é peculiar à espécie: ao todo são 18 funções subjetivas únicas do cérebro, que podem ser correlacionadas aos dinamismos cerebrais, mesmo não redutíveis a eles: Comte não foi um reducionista. Tais funções integram sistemas psíquicos, o que agora podemos acompanhar facilmente pela neurofisiologia – ou pela chamada neuropsicologia e verificar através da psicopatologia e da patologia cerebral. O que varia de indivíduo para indivíduo é, naturalmente, a qualidade dos órgãos que executam tais funções em primeiro lugar e, em seguida, o arranjo entre esses sistemas, e ainda as funções de conexão que mediam sua tradução em ação ou comportamento manifesto.

Todas essas funções subjetivas, entrelaçadas em unidades compostas – as esferas da Personalidade, ou seja, Afetividade, Atividade (ou conação) e Inteligência – são inatas, mas não se originam umas nas outras, como supõem as teorias de Freud ou de von Monakow. Comte enunciou claramente os principais dinamismos da mente, nenhum dos quais foi redescoberto por Freud.

Como Comte apontou, tal teoria não poderia surgir antes da fundação das leis dinâmicas da Sociologia – por ele estabelecidas em 1822 – como todo sociológico reconhece –, pois deveria se basear nas tendências evolutivas da Humanidade. Além disso, verificou-se através dos princípios da anatomia e fisiologia comparada animal, e, por outro lado, através da patologia.

UMA TEORIA SOCIOLÓGICA DA PERSONALIDADE: COMTE, 1850
(4 lâminas)
Aníbal Silveira (Brasil)²

Gostaríamos de chamar a sua atenção para uma teoria da Personalidade atual, embora antiga, que explica todos os processos da mente humana, tanto genético-psicológicos quanto dinâmicos, sejam eles normais ou patológicos. Foi elaborada em 1850 pelo maior filósofo da modernidade, Auguste Comte, e ainda permanece praticamente desconhecida, contrariamente a seu Sistema de Filosofia Positiva – 1830-1842. Mesmo os autores que citam e adotam a visão do Filósofo sobre a Sociologia e sobre a psicologia em geral, desconhecem sua teoria da Personalidade. A resposta para isso é que, quando Comte desenvolveu essa teoria, ele estava lutando para colocar o proletariado no papel de uma força social e sofreu a oposição conjunta dos muitos governantes do status quo, que conseguiram isolá-lo do público. Foi uma campanha grande e poderosa que o reduziu a morrer de fome.

De acordo com essa teoria, a personalidade não varia de pessoa para pessoa, mas é peculiar à espécie: ao todo são 18 funções subjetivas únicas do cérebro, que podem ser correlacionadas aos dinamismos cerebrais, mesmo que não sejam redutíveis a eles: Comte não foi um reducionista. Tais funções integram sistemas psíquicos, o que agora podemos acompanhar facilmente pela neurofisiologia – ou pela chamada neuropsicologia e verificar através da psicopatologia e da patologia cerebral. O que varia de indivíduo para indivíduo é, naturalmente, a qualidade dos órgãos que executam tais funções em primeiro lugar e, em seguida, o arranjo entre esses sistemas, e ainda as funções de conexão que mediam sua tradução em ação ou comportamento manifesto.

Todas essas funções subjetivas, entrelaçadas em unidades compostas – as esferas da Personalidade, ou seja, Afetividade, Atividade (ou conação) e Inteligência – são inatas, mas não se originam umas nas outras, como supõem as teorias de Freud ou de von Monakow. Comte enunciou claramente os principais dinamismos da mente, nenhum dos quais foi redescoberto por Freud.

Como Comte apontou, tal teoria não poderia surgir antes da fundação das leis dinâmicas da Sociologia – por ele estabelecidas em 1822 – como todo sociológico reconhece –, pois deveria se basear nas tendências evolutivas da Humanidade. Além disso, verificou-se através dos princípios da anatomia e fisiologia comparada animal, e, por outro lado, através da patologia.

² Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Jundiaí, SP.