Sobre o CEPAS

Quem somos

Somos um grupo de profissionais e pesquisadores, discípulos do neurocientista e psiquiatra Aníbal Silveira. Ele dedicou a sua vida ao árduo trabalho de construção de uma Psiquiatria alicerçada em uma teoria da personalidade de inspiração sociológica, fundamentalmente humanista.

Fundação da Associação

Aos vinte e três dias do mês de outubro do ano de dois mil e vinte e um, na Chácara Jequitibá, localizada na cidade de Vinhedo-SP, foi realizada a Assembleia de fundação da Associação Aníbal Silveira que contou com a participação presencial de Francisco Drumond Marcondes de Moura Neto, Lúcia Maria Sálvia Coelho, Paulo Cezar Naglio Palladini, Queitt Andrade Marcondes de Moura, Roberto Fasano Neto, Sergio Sálvia Coelho e Silvana Fazzani, e com a participação a distância de Alexandre Aníbal Valverde Marcondes de Moura, Carlos Eduardo Brandão, Flávio Vivacqua, Joacyr Salles Barros, José Gilberto Franco, Lorena Marcondes de Moura, Mariana Valverde Marcondes de Moura e Terezinha Oliveira da Silva.

Nessa Assembleia foi aprovado o Estatuto da Associação e instituído o seu primeiro Conselho Diretor: Diretor-Presidente – Francisco Drumond Marcondes de Moura Neto; Secretário – Roberto Fasano Neto e Tesoureiro – Silvana Fazzani.

Associados Fundadores

Alexandre Aníbal Valverde Marcondes de Moura
Carlos Eduardo Brandão
Flávio Vivacqua
Francisco Drumond Marcondes de Moura Neto
Joacyr Salles Barros
José Gilberto Franco
Lorena Marcondes de Moura
Lucia Maria Sálvia Coelho
Mariana Valverde Marcondes de Moura
Paulo Cezar Naglio Palladini
Queitt Andrade Marcondes de Moura
Roberto Fasano Neto
Silvana Fazzani
Sérgio Sálvia Coelho
Terezinha Oliveira Silva

Associados Efetivos

Diretoria Atual do CEPAS

Diretor Presidente: Roberto Fasano Neto
Secretario: Francisco Drumond Marcondes de Moura Neto
Tesoureiro: Lorena Marcondes de Moura

Estatuto do CEPAS

ASSOCIAÇÃO ANÍBAL SILVEIRA


CAPÍTULO I – DA DENOMINAÇÃO, DA SEDE, DOS OBJETIVOS E OUTRAS DISPOSIÇÕES

Art. 1º. Associação Aníbal Silveira, doravante denominada Associação, é uma pessoa jurídica de direito privado, constituída sob a forma de associação civil sem fins lucrativos, regida pelas normas expressas neste estatuto e por aquelas contidas na legislação brasileira.

§ 1º. As atividades da Associação caracterizam-se por seu cunho filantrópico, assistencial, promocional, recreativo e educacional, sem qualquer caráter partidário.

§ 2º. A Associação adotará o nome fantasia de Centro de Estudos e Pesquisas Aníbal Silveira.

Art. 2º. Sua sede e foro encontram-se localizados no seguinte endereço:

Rua Bruxelas, 50 Vista Alegre, Vinhedo/SP, CEP 13.285-308

Parágrafo único. De acordo com a conveniência de suas atividades, a Associação poderá manter escritórios ou representações em outras localidades, cuja instalação dependerá dos termos deliberados em Assembleia Geral.

Art. 3º. A Associação é constituída por prazo indeterminado.

Art. 4º. São objetivos da Associação:

I- Desenvolver projetos que promovam a divulgação do legado teórico e prático do psicólogo e médico psiquiatra Aníbal Silveira.  
II- Desenvolver um Programa de Formação e de Supervisão, para os seus associados, para potencializar a sua função de propagadores desse legado teórico e prático.

Art. 5º. No desenvolvimento de suas atividades, a Associação não fará distinções de gênero, orientação sexual, cor, etnia, religião, condição social, posicionamento político ou quaisquer outras que se mostrem discriminatórias ou vexatórias.

Parágrafo único. Ao longo de seu funcionamento, deverão, ainda, ser observados pela Associação os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade, da economicidade e da eficiência.

Art. 6º. O exercício social iniciar-se-á em 1º de janeiro e será finalizado em 31 de dezembro, em conformidade ao ano civil.

Art. 7º. A critério da Assembleia Geral, a organização e o funcionamento da Associação poderão, ainda, ser regulados através de Regimento Interno, a ser aprovado por este órgão.

CAPÍTULO II – DO QUADRO SOCIAL E DAS RESPONSABILIDADES DOS ASSOCIADOS

Art. 8º. A Associação será composta por número ilimitado de associados, exclusivamente pessoas físicas, que serão admitidas através do seguinte procedimento:

Preenchimento de Ficha de Adesão, direcionado para o Conselho Diretor da Associação, que a encaminhará para a apreciação da Assembleia Geral. Após a aprovação serão inscritos como associados, na categoria correspondente.

Art. 9º. Os associados serão distribuídos nas seguintes categorias:

a) Associados fundadores: pessoas presentes no momento de fundação da Associação, que tenham participado da Assembleia Geral de sua constituição e cuja assinatura esteja registrada na respectiva ata;

b) Associados efetivos: pessoas que se engajem, ativa e regularmente, nas atividades desenvolvidas pela Associação e que se disponham para a consecução de seus fins;

c) Associados contribuintes: pessoas que contribuam financeiramente com quantias, bens, direitos para a manutenção da Associação;

d) Associados honorários: pessoas que, no exercício de suas atividades particulares ou profissionais, tenham se destacado no campo de atuação da Associação, colaborando para a realização de seus fins.

Art. 10. São deveres do associado:

I. respeitar e observar as disposições deste estatuto, bem como demais normas aprovadas pela Assembleia Geral e pelo Conselho Diretor ou previstas na legislação brasileira;

II. agir com decoro e com respeito em relação à Associação;

III. cooperar para a efetivação dos objetivos da Associação e para o seu fortalecimento;

IV. quitar as suas contribuições pecuniárias periódicas, caso existam, de acordo com as datas e as quantias determinadas pela Assembleia Geral;

V. participar de maneira ativa, compromissada e zelosa das comissões de trabalho e demais atividades para as quais tenha sido designado;

VI. exercer com responsabilidade os cargos para os quais tenha sido indicado pela Assembleia Geral, inclusive e especialmente aqueles de administração.

Art. 11. São direitos do associado:

I. participar das atividades da Associação;

II. apresentar propostas de atividades ou programas compatíveis com os objetivos da Associação;

III. participar das principais deliberações da Associação, através de sua Assembleia Geral, com direito a voz e a voto.

Parágrafo único. Somente os associados fundadores, os efetivos e os contribuintes poderão se candidatar e ser eleitos membros do Conselho Diretor. 

Art. 12. Salvo quando expressamente autorizados pelo Conselho Diretor ou pela Assembleia Geral, os associados não poderão pronunciar-se em nome da Associação, representá-la em qualquer circunstância que seja ou contrair obrigações a serem por ela cumpridas.

Art. 13. Os associados, de qualquer das categorias supramencionadas, não responderão individualmente, de maneira solidária ou subsidiária, pelas obrigações da Associação ou pelos atos praticados pelo Conselho Diretor.

Art. 14. O associado poderá ser desligado da Associação:

I. a qualquer momento, por sua vontade, mediante requisição de demissão dirigida ao Conselho Diretor, desde que não esteja em débito com suas obrigações;

II. por exclusão devidamente analisada pelo Conselho Diretor;

III. pela dissolução da Associação;

IV. pelo seu falecimento.

Art. 15. A exclusão mencionada no inciso II do artigo anterior será decidida pelo Conselho Diretor, após realizado procedimento disciplinar interno, no qual tenham sido garantidos ao associado-acusado a ampla defesa e o contraditório e cuja conclusão demonstre ter ocorrido pelo menos uma das seguintes hipóteses de exclusão por justa causa:

I. praticar atos lesivos à Associação, que podem provocar-lhe prejuízo moral ou material;

II. descumprir as normas contidas neste estatuto ou decididas em Assembleia Geral ou pelo Conselho Diretor;

III. deixar de arcar com as parcelas de contribuição associativa, nos termos previstos pelo Regulamento Interno e pelos órgãos de deliberação, administração e fiscalização;

IV. apresentar conduta incompatível com os objetivos da Associação, como a prática de atividades criminosas ou ilícitas.

§ 1º. O procedimento de exclusão será instaurado pelo Conselho Diretor, mediante requisição de qualquer associado.

§ 2º. O Conselho Diretor deverá averiguar as alegações apresentadas contra o associado-acusado, inclusive notificando-o para a apresentação de defesa, e, após, deverá elaborar o relatório final sobre o caso, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, a contar do início de sua tramitação.

§ 3º. Concluído o procedimento disciplinar, o Conselho Diretor poderá optar pela expulsão ou aplicação de outras penalidades, a depender das circunstâncias do caso. Notificado desta decisão, o associado-acusado poderá recorrer à Assembleia Geral, no prazo de 15 (quinze) dias.

§ 4º. A confirmação da expulsão do associado dependerá do voto favorável da maioria simples dos associados presentes na Assembleia Geral.

CAPÍTULO III – DA ADMINISTRAÇÃO

Art. 16. São órgãos de deliberação e de administração da Associação:

I. a Assembleia Geral dos associados;

II. o Conselho Diretor.

Seção 1 – Da Assembleia Geral

Art. 17. A Assembleia Geral constitui-se no órgão máximo de deliberação da Associação e será composta por todos os associados regularmente registrados, independente de sua categoria, desde que em dia com as suas obrigações.

Art. 18. A Assembleia Geral se reunirá, no mínimo, uma vez ao ano, nos 4 (quatro) meses seguintes à finalização de cada exercício fiscal, para:

I. apreciar o relatório anual de atividades, o balanço patrimonial e demais documentos relativos aos movimentos financeiros e contábeis do período;

II. eleger os membros do Conselho Diretor, findo o seu mandato;

III. apreciar o plano de ação anual proposto pelo Conselho Diretor.

Parágrafo único. No caso do inciso II, a Assembleia Geral Ordinária deverá ser realizada com antecedência mínima de 30 (trinta) e máxima de 60 (sessenta) dias, a contar da data em que se finaliza o mandato dos membros do Conselho Diretor.

Art. 19. A Assembleia Geral poderá, ainda, ser convocada a se reunir extraordinariamente, a qualquer tempo, sempre que os interesses da Associação o exigirem e, especialmente, para tratar das seguintes questões:

I. propor e apreciar alterações neste estatuto social;

II. destituir membros do Conselho Diretor.

III. instituir e modificar o Regulamento Interno e outras normas da Associação;

IV. decidir sobre a dissolução da Associação;

V. decidir sobre o recurso interposto contra decisão do Conselho Diretor que determinou a exclusão de associado;

VI. deliberar sobre a contribuição financeira dos associados;

VII. autorizar a alienação ou a oneração, a qualquer título, de bens patrimoniais da Associação;

VIII. deliberar sobre a instauração de novos escritórios, representações ou unidades da Associação, além das expressamente mencionadas neste estatuto.

Art. 20. A convocação da Assembleia Geral será realizada pelo Conselho Diretor ou por pelo menos 1/5 (um quinto) dos associados em pleno gozo dos seus direitos.

§ 1º. Os associados deverão ser convocados com, no mínimo, 5 (cinco) dias de antecedência da realização da Assembleia Geral.

§ 2º. A convocação conterá indicações precisas do local, da data e do horário em que ocorrerá a Assembleia Geral, bem como das pautas que serão nela discutidas.

§ 3º. A convocação será realizada pessoalmente, mediante mensagem enviada via correio eletrônico ou físico diretamente ao associado, através dos endereços e contatos por ele informados.

Art. 21. Para a instalação da Assembleia Geral, será necessária a presença de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) dos associados, em primeira chamada. Na segunda chamada, que será realizada após decorridos, no mínimo, 30 (trinta) minutos do horário marcado para o início, a Assembleia Geral será instaurada com qualquer número de presentes, exceto nos casos em que outro quorum seja exigido.

Art. 22. Salvo disposições em contrário, as deliberações da Assembleia Geral serão tomadas por maioria simples dos presentes.

Seção 2 – Do Conselho Diretor

Art. 23. O Conselho Diretor constitui-se em órgão colegiado, de natureza executiva e administrativa, responsável por formular e organizar as atividades da Associação.

Art. 24. Eleito em Assembleia Geral, o Conselho Diretor será formado por 3 (três) membros e será dividido nos seguintes cargos:

a) Diretor-Presidente;

b) Secretário;

c) Tesoureiro.

Art. 25. O mandato dos membros eleitos para o Conselho Diretor será de: 2 anos, sendo permitida a reeleição por até 3 (três) vezes, por períodos iguais e consecutivos.

Art. 26. São atribuições do Conselho Diretor, dentre outras que lhe forem designadas pela Assembleia Geral:

I. coordenar e dirigir as atividades gerais da Associação;

II. formar comissões especiais de trabalho, quando estas forem necessárias às atividades da Associação;

III. elaborar e apresentar à Assembleia Geral o relatório anual de atividades, o balanço patrimonial e demais documentos relativos aos movimentos financeiros e contábeis da Associação durante o exercício fiscal anterior;

IV. elaborar e apresentar à Assembleia Geral o plano de ação anual, com previsão de despesas e de receitas para o exercício fiscal seguinte;

V. receber o pedido de demissão dos associados e tomar as providências cabíveis;

VI. instaurar procedimento disciplinar para averiguar possíveis condutas gravosas dos associados, podendo, ao final, estabelecer-lhes penalidades, inclusive a expulsão;

VII. convocar a Assembleia Geral;

VIII. cumprir e fazer cumprir este estatuto, bem como as suas próprias deliberações e aquelas proferidas pela Assembleia Geral;

IX. representar e defender os interesses dos associados;

X. administrar os bens patrimoniais da Associação;

XI. contratar e demitir funcionários, de acordo com as necessidades da Associação.

Art. 27. O Conselho Diretor se reunirá:

I. ordinariamente, mensalmente; 

II. extraordinariamente, sempre que houver necessidade ou interesse da Associação.

Parágrafo único. A convocação para as reuniões será feita pelo Diretor-Presidente da Associação ou por 50% (cinquenta por cento) dos membros do Conselho Diretor.

Art. 28. Compete ao Diretor-Presidente:

I. representar ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente a Associação, sempre que notificado ou quando for conveniente aos interesses desta;

II. presidir a Assembleia Geral e o Conselho Diretor;

III. nomear procuradores e delegar poderes, para fins específicos, quando houver necessidade;

IV. executar demais funções a ele designadas pela Assembleia Geral ou pelo Conselho Diretor.

Art. 29. Compete ao Secretário:

I. organizar e coordenar os serviços de secretaria;

II. manter, sob sua guarda e responsabilidade, os livros e demais documentos relativos à secretaria;

III. secretariar as reuniões do Conselho Diretor e a Assembleia Geral, redigindo e subscrevendo as suas respectivas atas;

IV. responsabilizar-se pelos serviços de relações públicas e de divulgação da Associação, prestando os devidos esclarecimentos e mantendo contato constante com órgãos de imprensa e de comunicação;

V. executar demais funções a ele designadas pela Assembleia Geral ou pelo Conselho Diretor.

Art. 30. Compete ao Tesoureiro:

I. organizar e coordenar os serviços de tesouraria e de contabilidade, zelando por sua transparência e equilíbrio orçamentário;

II. manter sob sua guarda os livros e demais documentos relativos à tesouraria;

III. arrecadar a receita e realizar o pagamento das despesas;

IV. apresentar relatórios de receitas e despesas sempre que solicitado;

V. executar demais funções a ele designadas pela Assembleia Geral ou pelo Conselho Diretor.

Seção 3 – Das eleições

Art. 31. A organização das eleições ficará a cargo do Conselho Diretor, que deverá designar uma Comissão Eleitoral, composta de 3 (três) ou mais associados isentos, que não estejam concorrendo aos cargos competidos.

Art. 32. Para se candidatarem aos cargos, os associados deverão se organizar em chapas.

Art. 33. A Comissão Eleitoral divulgará, com a antecedência necessária, edital de convocação em que estarão especificadas as datas de inscrição de chapas, de campanha eleitoral e de votação, dentre outras questões relevantes.

Art. 34. A votação será secreta.

Seção 4 – De outras disposições

Art. 35. Pelo exercício dos cargos mencionados neste capítulo, não serão atribuídas aos associados remunerações, de qualquer espécie ou natureza.

Art. 36. Os associados que, devidamente eleitos em Assembleia Geral, ocupem os cargos mencionados neste capítulo poderão ser destituídos, com justa causa, mediante a verificação de uma das seguintes hipóteses:

I. mal uso ou dilapidação do patrimônio social;

II. abandono do cargo, entendido como a ausência injustificada em 3 (três) reuniões consecutivas do órgão do qual faça parte;

III. ocupação de outro cargo ou função que seja incompatível com aquele ocupado na Associação;

IV. prática de atos lesivos à Associação, que podem provocar-lhe prejuízo moral ou material;

V. desobediência às normas contidas neste estatuto ou decididas em Assembleia Geral ou pelo Conselho Diretor;

VI. conduta incompatível com os objetivos da Associação, tais como a prática de atividades criminosas ou ilícitas.

§ 1º. O procedimento de destituição será instaurado pela Assembleia Geral, mediante requisição de qualquer membro do Conselho Diretor ou de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) dos associados.

§ 2º. A Assembleia Geral designará comissão especial composta por 3 (três) ou mais associados isentos, que serão responsáveis pela averiguação das alegações apresentadas contra o gestor-acusado, inclusive devendo notificá-lo para a apresentação de defesa, e pela elaboração de relatório final sobre o caso, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, a contar do início de sua tramitação.

§ 3º. Concluído o procedimento disciplinar, a Assembleia Geral deverá ser convocada imediatamente, para analisar o relatório final e deliberar sobre a destituição do associado-acusado.

§ 4º. A destituição dos membros do Conselho Diretor dependerá do voto favorável de, no mínimo, 2/3 (dois terços) dos associados.

Art. 37. Além das práticas de gestão administrativa descritas neste estatuto, a Associação poderá, ainda, adotar outras que sejam necessárias e suficientes para coibir a obtenção, de forma individual ou coletiva, de benefícios ou vantagens pessoais, em decorrência da participação no respectivo processo decisório.

CAPÍTULO IV – DO PATRIMÔNIO E DA FONTE DE RECURSOS

Art. 38. O patrimônio da Associação será composto e mantido por:

I. bens móveis e imóveis que lhe tenham sido doados ou que tenham sido por ela adquiridos; 

II. contribuições dos associados.

Art. 39. A Associação não distribuirá entre seus associados ou entre seus gestores lucros, bonificações ou vantagens, a qualquer título ou de qualquer natureza.

Art. 40. Todo o patrimônio e todas as receitas percebidas pela Associação de seus associados serão aplicadas na realização e no desenvolvimento de seus objetivos sociais, incluindo os gastos e bens necessários à sua manutenção e ao seu funcionamento administrativo.

Art. 41. A Associação manterá escrituração contábil de suas receitas e despesas em livros dotados da formalidade necessária para assegurar a sua exatidão, de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e com as Normas Brasileiras de Contabilidade.

CAPÍTULO V – DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

Art. 42. A prestação de contas da Associação observará os princípios fundamentais de contabilidade e das Normas Brasileiras de Contabilidade;

CAPÍTULO VI – DAS ALTERAÇÕES ESTATUTÁRIAS

Art. 43. As cláusulas do presente estatuto social poderão ser modificadas, no todo ou em parte, em Assembleia Geral especialmente convocada para este fim.

Parágrafo único. Para que passem a integrar o texto do estatuto, as modificações propostas deverão ter a aprovação de, no mínimo, 2/3 (dois terços) dos associados.

CAPÍTULO VII – DA DISSOLUÇÃO

Art. 44. A dissolução da Associação poderá ocorrer a qualquer tempo, caso se verifique não ser mais possível a realização de seu objeto social ou a continuação de suas atividades.

Art. 45. Em qualquer hipótese, a dissolução da Associação será deliberada em Assembleia Geral especialmente convocada para este fim e dependerá da aprovação de, no mínimo, 2/3 (dois terços) dos associados.

Art. 46. Em caso de dissolução, o patrimônio social eventualmente remanescente deverá ser doado a instituição sem fins lucrativos com objetos e atividades similares à da presente Associação e com atuação na mesma região.

Parágrafo único. Inexistente instituição com estas especificações, a Assembleia Geral deverá definir o destino do patrimônio remanescente.

CAPÍTULOS VII – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 47. Os casos omissos serão decididos pelo Conselho Diretor e referendados pela Assembleia Geral.

Art. 48. O presente estatuto entrará em vigor na data de sua aprovação pela Assembleia Geral e revogará todas as disposições contrárias.


Estatuto social aprovado pela Assembleia de Fundação, realizada em Vinhedo (SP), na data de 07 de julho de 2022, conforme ata e lista de presença em anexo.

Francisco Drumond Marcondes de Moura Neto 

Diretor- Presidente

Memorial de Aníbal Silveira

Composto com o Memorial apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo por ocasião do concurso à docência-livre de Clínica Psiquiátrica – Inscrito em 15 de janeiro de 1941; e com o apresentado à Escola Paulista de Medicina por ocasião do concurso para Livre-Docência em Psiquiatria, em 1963.

1941

_______________

1963

ANÍBAL SILVEIRA

(Dr. Aníbal Cipriano da Silveira Santos – CRM 2025)

(17/03/1902 – 16/08/1979)

Psiquiatra do Hospital de Juqueri, SP (1931-1951). Livre-docente de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Fellow em fisiologia do córtex cerebral da John Simon Guggenheim Memorial Foundation (1941). Assistente de Pesquisas Psiquiátricas da Universidade de Illinois, Chicago )1942-1943). Encarregado de Serviço de Higiene Mental, Departamento de Saúde do Estado. Professor de Psicopatologia na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (desde 1954); Professor-visitante em 1954, Professor-auxiliar desde 1958, Professor-colaborador em 1962.

INDEX

  1. Índice-Catálogo Médico Paulista (J. de Andrade Maia) – 1938
  2. Índice-Catálogo Médico Paulista (J. de Andrade Maia) – 1939
  3. Guggenheim Fellow, Biennial Reports (H. Allen Moe) – 1941 -1942 (e seguintes)
  4. Alumni – Instituto Brasil-Estados unidos (M. Bastos Belchior) – 1949
  5. Dicionário Bio-Bibliográfico Médico Brasileiro (J. de Andrade Maia) – 1951
  6. Repertório de Científicos Latino-Americanos – UNESCO (E. Establier) – 1951
  7. Dicionário de Autores Paulistas (L. Corrêa de Melo) – 1954
  8. International Directory of Psychologists (E. H. Jacobson) – 1957

EXPOSIÇÃO DAS ATIVIDADES

A – DADOS BIBLIOGRÁFICOS

  1. Filho do Prof. Joaquim da Silveira Santos e de D. Amélia Augusta da Silveira Santos, naturais de São Roque SP, nasceu naquela cidade a 17 de março de 1902 (ver docs. de 1 a 7). Casou-se em Piracicaba SP, a 28 de abril de 1932m com D. Thais Pinto da Silveira Santos e do consórcio tem três filhos, Hume Aníbal, Marina Amélia e Cid Vínio.
  2. Fez os estudos primários na cidade natal, depois em Piracicaba, no mesmo Estado. Nesta cidade, cursou, de 1918 a 1921, a Escola Normal Oficial, diplomando-se nesse ano (doc. n.°8); em 1924 completou o curso de propedêutica, no Ginásio do Estado da Capital (S. Paulo), mediante exames de madureza, o que lhe conferiu o grau de bacharel em Ciências e Letras (doc. n.° 9). No ano seguinte, 1925, matriculou-se na Faculdade de Medicina e Cirurgia de S. Paulo (capital) – hoje integrada à Universidade do Estado, cujo curso concluiu em dezembro de 1930 (doc. n.°9). Defendeu tese na Cadeira de Clínica Psiquiátrica e Neuriátrica. Foi aprovado com distinção – 9,5 – e colou grau a 28 de janeiro de 1931 (doc. n.°9). Obteve, assim o diploma de doutor em Medicina (doc. n.°10).

B – FORMAÇÃO TÉCNICA E SITUAÇÃO FUNCIONAL

  1. A partir do 1. ° ano do curso clínico trabalhou efetivamente como interno voluntário na 2.ª Cadeira de Clínica Médica, sob direção do Professor Ovídio Pires de Campos (doc. n.°11), na 3.ª Enfermaria de Homens da Santa Casa de Misericórdia – 1928 a 1930.
  2.  Durante o último ano do curso médico (1930) ingressou, na qualidade de interno acadêmico nomeado (abril de 1930), para o corpo clínico do Hospital de Juqueri (depois ampliado, com os desdobramentos de serviço, em Departamento de Assistência a Psicopatas do Estado) (doc. n.°11). 
  3. Em março de 1931 foi nomeado médico anatomopatologista (doc. 12b), em regime de tempo integral, em substituição ao titular do cargo. No ano seguinte, cessado o impedimento do substituído, passou a exercer o cargo de alienista, em regime de tempo parcial, na Clínica Psiquiátrica da Assistência a Psicopatas, recém-criada. Exerceu tais atividades de clínica de agudos no Hospital Psicopático da Imigração – como parte dessa Clínica; em julho desse mesmo ano o referido Hospital foi evacuado para se transformar em “hospital de sangue”; transferiu-se, então, com os assistidos, para a 2.ª Colônia de Homens do Hospital de Juqueri. A partir de 1932 trabalhou sempre como psiquiatra, na Assistência a Psicopatas, embora sob denominações diversas: médico-alienista – 1933 (doc. n° 12c), médico-interno residente, sob regime de tempo integral – 1935 (doc. n.° 12d), médico psiquiatra em tempo parcial – 1938 (doc. n.°12e).
  4. Em 1935 criaram-se no já então Hospital Central de Juqueri, da Assistência a Psicopatas, pavilhões para admissão de doentes agudos, um para cada sexo; respondeu por ambos naquele ano, passando depois a dirigir o Pavilhão de Observações de Homens (8.°). Apenas interrompeu essa atividade clínica no Hospital durante o período de outubro de 1941 a 4 de março de 1943, em que se afastou para cumprir bolsa de estudos nos Estados Unidos da América (ver doc. n.°s 7, 13, 17 a-e).
  5. Pode nesse estágio, em Chicago, efetuar pesquisas de neurofisiologia e de eletroencefalografia (docs. 13, 17, 29), bem como a seguir dois cursos trimestrais no Institute for Psychoanalysis, de Alexander (doc. n.° 14).
  6. Em 1947, instituídas no Hospital Central duas Chefias de Clínica, para a Secção Masculina (1.°) e para a Feminina (2.°), foi designado para assumir a primeira. Nesse cargo, que exerceu até 22 de janeiro de 1951 (doc. 15d), procurou organizar os serviços internos de rotina, sistematizando o trabalho dos médicos e da enfermagem, bem como instituindo pesquisas no âmbito clínico (docs. 15 a-c), segundo refere no inciso III-A.
  7. Depois de 22 anos de atividades no Hospital de Juqueri passou para o Departamento de Saúde do Estado em outubro de 1951, posto inicialmente à disposição do Departamento (doc. 16 a), depois mediante relocação (doc. 16b). Menciona igualmente no inciso III, secção B, os trabalhos de interesse coletivo desenvolvidos neste setor da Saúde Pública.

I

ESTUDOS CLÍNICOS, PESQUISAS EM FISIOLOGIA CEREBRAL

ASPECTOS CLÍNICOS

Por orientação doutrinária, que precedeu de muitos anos o início dos estudos médicos (1925) e mesmo os de psicologia que fizera na Escola Normal de Piracicaba (1918-1921), o Autor sempre considerou as doenças mentais como reflexo das condições anormais de coletividade, traduzidas no desgaste emocional permanente. Não no sentido de resultado direto das atribuições momentâneas, mas como decorrência, através dos séculos, da desagregação social em que a espécie humana se debate desde os últimos séculos da era precedente e mais nítida a partir do século XIV de nossa era. Sempre manteve também que dentro dessa gênese geral, em sentido abstrato, numerosos fatores se entrelaçam para produzir em cada paciente os caracteres particulares do desenvolvimento e da configuração do quadro clínico: é o que permite reunir os desvios mórbidos em entidades nosológicas, fazendo-se a abstração as peculiaridades individuais. Ademais, todo conjunto mórbido, ainda quando seja de ordem intrinsecamente lesional, é inicialmente funcional e mantém sempre, mesmo que mascaradas, expressões funcionais e positivas que poderão ser utilizadas para o reajustamento social do paciente. 

A consideração dessas condições genéricas e especiais, levou o autor a orientar os estudos e a atividade psiquiátrica em três direções prevalentes:

  1. Compreensão dinâmica da psiquiatria, como investigação e como recurso terapêutico; daí a necessidade de estudar psicologicamente os pacientes, de os mobilizar e integrar no processo terapêutico, para o qual é necessário o concurso do médico, do psicólogo, do assistente social e da enfermagem. Por isso aderiu prontamente à chamada ortopsiquiatria, tornando-se membro da American Orthpsychiatric Association (1941); e apresentou moções ao 5.° Congresso Brasileiro da especialidade (1948) e a reuniões anuais da World Federation for Mental Health (1950, 1952); para que nossos hospitais psiquiátricos assumissem essa prática (1948) e que todas nossas escolas médicas instituíssem o estudo da psicologia, da higiene mental e da genética humana (1950, 1952). 
  2. Prevenção dos desajustamentos mediante o aconselhamento baseado na Genética humana. Interessou-se por este ramo da Genética desde muito antes de se haver ele constituído e afirmado como campo específico: na época em que ainda se denominava heredobiologia, setor psiquiátrico do qual se originou a Genética humana, a qual não deriva da Genética Geral, só iniciada no começo do século. Antes ainda de encetar os estudos médicos, em 1923, manteve correspondência com Charles B. Davenport, nos Estados Unidos, com N. H. Nilson-Ehle e com Hermann Lundborg, na Suécia, diretores dos três únicos institutos que se consagravam especificamente à heredobiologia. Nesse domínio combateu entre nós a chamada esterilização eugênica compulsória (trabalhos n.°s 1-3, 1927, 1929; 5, 1929; 10, 1931; 80, 1945). É nesse sentido, amplo, como disciplina integrada à Saúde Pública e nos moldes do sanitarismo, que entende a Higiene Mental e é dentro dessa concepção que tem procurado levá-la à prática, mais sistematicamente desde 1951.
  3. Investigação dos dinamismos cerebrais, a qual subentende dois aspectos, solidários entre si:
  1. Mediante a chamada neuro farmacologia e a eletroencefalografia; a primeira, à qual consagrou uma revisão geral como parte de um estudo sobre esquizofrenia – n.° 25, 1937 – transformou-se rapidamente no extenso campo atual de investigações neurofisiológicas, farmacodinâmicas e terapêuticas a que a psiquiatria deve poderoso surto de progresso; a atividade bioelétrica oferece também oportunidade para largos desenvolvimentos, neurofisiológicos e clínicos, que todos os psiquiatras e neurologistas reconhecem. Desde 1937 o Autor fez sentir à Direção do Hospital de Juqueri a necessidade inadiável de promover ambas as ordens de pesquisas, para as quais não conseguiu recursos materiais indispensáveis.
  2. Mediante os dinamismos neurofisiológicos e neuropatológicos, interligados. Estes últimos, viáveis apenas com o recurso clínico, foram os mais acessíveis à investigação do Autor, o que fez com que os Colegas em geral lhe interprestassem a orientação como “localizatória”, no sentido organicista, quando em verdade o Autor tem mostrado publicamente, desde o primeiro trabalho sobre o assunto (n.° 10, 1933, publicado em 1934), que tal concepção das “localizações” anatômicas era anacrônica já no início do século passado, desde as pesquisas de Gall. Encara as “localizações” quanto a órgãos cerebrais, não quanto a funções; e procurou sempre os mostrar como integrando sistemas funcionais cujo dinamismo é paralelo ao das funções psíquicas. 

Sempre manteve o Autor que não existe antagonismo entre o plano psicológico da personalidade e o plano dinâmico das estruturas cerebrais, conquanto sejam diversos os métodos para investigar aquele e este. Da mesma forma, não ocorre discordância entre a psicopatologia e a patologia cerebral. 

Essa maneira dinâmica de interpretar os distúrbios mentais e os distúrbios da harmonia cerebral permitiu o Autor tentar a sistematização de alguns quadros clínicos da patologia cerebral. Dirá em abreviado na Secção III. Mas foi principalmente com o advento da leucotomia de Egas Moniz, depois ampliada com lobotomia, que se apresentou oportunidade maior para a aplicação clínica desses princípios. Procurou interpretar sob essa luz os resultados e as indicações da leucotomia – a que chamou “seletiva” em acepção algo diversa da de neurocirurgiões argentinos. Também a isto se referirá na Secção III. 

Procurou, ainda em 1937, realizar com esse objetivo algumas verificações experimentais – acessíveis à organização do Hospital de Juqueri – em companhia do Dr. Aloysio de Mattos Pimenta. 

FISIOLOGIA CEREBRAL

A precariedade de recursos de pesquisa no Hospital de Juqueri não permitia resolver duas questões de neurofisiologia que o Autor tinha em mente: 

  1. Comprovar os dinamismos intercorticais e subcórtico-corticais de regência em plano fisiológico, presumidos pelo Autor; seriam eles a base da regência patológica admitida clinicamente. Exatamente a interrupção dessa regência, ainda na hipótese do Autor, explicaria os resultados da leucotomia “seletiva”
  2. Verificar, topisticamente, as camadas do córtex cerebral das quais partiriam os impulsos, nas áreas reguladoras, ou às quais chegariam eles, nas áreas regidas.

Entendeu o Autor que poderiam ser verificados ambos os tipos de dados, mediante o recurso ao método de coagulação local do córtex, de Dusser de Barenne, associada ao estudo do eletroencefalograma experimental. Ademais essa verificação lhe pareceu indispensável para esclarecer outros problemas gerais da patologia clínica. Para elucidar esses aspectos decidiu candidatar-se em 1940 a uma bolsa de estudos da Guggenheim Foundation, que em 1939 se estendera a pesquisadores da América Latina. Formulou então um programa de pesquisas (ANEXO I e doc. n.°17) para cuja apreciação teve a honra de contar com Dusser de Barenne, Foerster, Kleist, Vogt, e entre autoridades nacionais, com Aloysio de Castro, Adherbal Tolosa e Paulino Longo. Dusser de Barenne o honrou sobremaneira ao lhe oferecer o Laboratório de Neurofisiologia da Universidade de Yale, em New Haven para as pesquisas e ao aceder em orientá-lo. Com igual oferta o distinguiu Spiegel, para a experimentação e o serviço clínico na Universidade Temple, Filadelfia. Obtida a bolsa de estudos – a que concorreram 400 candidatos da América Latina (Biennial Report, Guggenheim Foundation, 1941-1942), não pode alcançar a supervisão de Dusser de Barenne, que falecera recentemente. Orientou-o porém o eminente sucessor de Dusser de Barenne, W. S. McCulloch, que passou a dirigir o Laboratório, transferindo-se para Chicago, e que teve a deferência de ratificar a oferta primitiva. 

  1. No Laboratório de Neurofisiologia do Illinois Neuropsychiatric Institute, pode verificar que os problemas teórico-experimentais que propunha já constituíam objeto de cogitação por parte de McCulloch e Bailey (docs. 17 b e c). O método de coagulação laminar (Dusser de Barenne) já estava sendo ali associado ao de aplicação local de estricnina (Dusser de Barenne). Assim, a interrelação córtico-cortical, a que visava investigar, veio a entrosar-se com o programa de pesquisas de Bailley, McCulloch e von Bonin.
  2. Ao método inicial de coagulação das camadas corticis superficiais (Dusser de Barenne) começava a combinar-se o de coagulação profunda, descoberto por Craig Goodwin. Coube ao autor do curriculum obter, em companhia de Roseman e de Goodwin, os primeiros resultados positivos com a nova técnica (docs. ns. 18, página 3, 5 últimas linhas; 17 d, página 2, §3. °).
  3. Estabeleceu pela associação dos três métodos – termocoagulação laminar, ação da estricnina, eletrocórticograma – a identidade entre o estímulo neurofisiológico e o estímulo psíquico (auditivo, no caso), pesquisando o córtex auditivo do gato (doc. 17d, página2).
  4. Conseguiu verificar experimentalmente que há relações de regência da área 7 (equivalente à parieto-temporal humana) sobre a área 6, frontal, no macaco; e que após duas semanas a regência desaparecera por efeito da termocoagulação na área 7 – retorna, embora de modo imperfeito (docs. ns. 17 d e 18); não verificou, porém, relação de regência em sentido inverso, isto é, da área 6 para com o campo 7.
  5. Teve igualmente o privilégio de mostrar o comportamento diverso das camadas corticais III e V, quanto à emissão dos estímulos e ao recebimento deles (ver doc. n.° 18, página 229, § 2. ° e 3.°).
  6. Ampliando-se-lhe de modo inesperado e honroso o domínio dos estudos a que se propusera, participou das pesquisas de Bailey, McCoulloch e von Bonin para estabelecer o mapa funcional do córtex no macaco e no chimpanzé (doc. 18, página inicial, inciso Acknowlegement; e doc. 17 c, penúltimo parágrafo.

II

ATIVIDADE DIDÁTICA

A – EM ÂMBITO UNIVERSITÁRIO

  1. Obteve em 1941 o título de docente-livre na Cadeira de Clínica Psiquiátrica na Faculdade de Medicina da Capital, hoje da Universidade de São Paulo, mediante concurso de títulos e de provas (doc. n.°20)
  2. No mesmo ano de 1941 viajou para os Estados Unidos da América do Norte, sob os auspícios da Fundação Guggenheim. Passou a trabalhar assim no Illinois Neuropsychiatric Institute, como referido na Secção I.

Nessa ocasião foi distinguido com a nomeação para o cargo de Assistente de Pesquisas Psiquiátricas na Universidade de Illinois, “em caráter excepcional por não ser cidadão norte-americano nem pretender residência no país” (doc. 21 a), para o ano letivo iniciado em fevereiro de 1942. E foi honrado ainda com a renovação do termo, por um ano, sem continuação, a partir de 1.° de setembro (doc. n.°21 b), embora o Colégio Médico e a Universidade conhecessem oficialmente que o estágio no Illinois Neuropsychiatric Institute expiraria em dezembro daquele ano. Teve assim oportunidade de integrar oficialmente o importante grupo de pesquisas do Illinois Neuropsychiatric Institute, sob a chefia de Bailey e McCulloch.

Retornando ao país, conseguiu efetuar oficialmente, na qualidade de docente-livre, três cursos de aperfeiçoamento na Faculdade de Medicina: dois em 1946 e o terceiro em 1947 (doc. n.°22 a-c).

  1. Em 1953, o Prof. Eurípedes Simões de Paula, Diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, convidou o Autor – por proposta da Prof.ª Annita Cabral, aprovada pela Congregação – para integrar a Comissão Examinadora de doutoramento (doc. n.°23).
  2. Ainda por parte daquele Diretor, e no mesmo ano, foi distinguido com o convite para ministrar aulas na Cadeira de Psicologia, por designação da Profª Annita Cabral. Como professor visitante encarregou-se então da disciplina do Curso de Especialização em Psicologia da Cadeira III (doc. n.° 24 a). Com isso teve a honra de figurar entre os docentes da Faculdade, distinção essa que tem sido renovada (doc. n.° 24, c-e).
  1. Entre as atividades técnicas que nessa condição exerceu, integrou a Congregação Especial para o concurso de livre-docência da Cadeira de Psicologia Educacional, em 1954 (doc. n.° 24 b).
  2. Até 1959 as atividades propriamente docentes consistiram nas de professor auxiliar (desde 1956) da Cadeira III, Psicologia, regida pela Profª Annita Cabral. Prosseguindo nos encargos iniciais participava de dois tipos de curso:
  3. No de Especialização em Psicologia Clínica incumbia-se de três programas:

– Psicologia fisiológica, 1.° ano de especialização;

– Psicopatologia, nos dois anos de especialização;

– Método de Rorschach, também nos dois anos.

  1. Lecionava aquelas mesmas disciplinas, como programa avulso nos cursos de bacharelado, ou nos parcelados, ou ainda como matéria optativa para os alunos de Filosofia, ou de Pedagogia, ou de Ciências Sociais, que as escolhessem.
  2. A partir de 1960 acrescentou àquelas tarefas a de lecionar no Curso de Psicologia, pois teve a honra de ser proposto para a disciplina de Psicopatologia – na época denominada “Psicologia Patológica e do Anormal” – integrante da terceira série do currículo. Ministrou-a assim aos alunos de Psicologia desde a 1.ª turma do 3.° ano, pois o Curso fora instalado em 1958.

Ao lecionar a 2.ª turma do 3.° ano de Psicologia, em 1961, pode contar com o auxílio da Lic. Elsa Lima Gonçalves Antunha, a qual se encarregou de seminários, podendo então ser iniciado o estudo sistemático de fenômenos parapsicológicos. No ano seguinte conseguiu o auxílio de mais um assistente, o Dr. Isaias Hessel Melsohm, com o que todos os programas se desenvolveram largamente, atingindo em 1963 o total de 20, incluído aí o de trabalhos práticos de neuroanatomia no Departamento do Prof. O. Machado de Souza na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (ver ANEXO II-A).

  1. Em fins de 1963 foi estruturado o Curso de Psicólogo da Faculdade, como parte profissional do Curso de Psicologia; e o Autor obteve contrato de outra assistente no cargo de Instrutora, a Lic. Sarita Joselina de Féo. Encarregou-a dos trabalhos práticos de “Técnicas projetivas”, especialmente da “Prova de Rorschach”. Com a estrutura do novo setor de ensino, a disciplina a cargo do Autor – Psicopatologia – desenvolverá mais 4 programas planejados para 1964, com o que o total de seriações se eleva para 28 (ANEXO II-A).

A cargo pessoal do Autor ficam nesse conjunto, dez programas: fls 1, 2, 5, 8, 11, 15, 18, 20 e 24 do ANEXO II-A. E no todo a disciplina Psicopatologia participa de cinco cursos da Faculdade de Filosofia: (a) currículo básico de Psicologia, (b) orientação educativa, (c) mestrado, (d) formação de psicólogo, (e) bacharelado e “de matérias optativas” (ANEXO II-A).

Deseja salientar que com esse entrosamento de aulas teóricas, de trabalhos práticos e de seminários, a seriação de todos os programas que constituem a disciplina Psicopatologia permitirá aos discentes sólida base para o exercício da profissão. Em ordem crescente de dependência e de especialização, encontram-se aí no setor básico: (1) Psicologia fisiológica; (2) estudo da personalidade pelo método de Rorschach; (3) dinamismos gerais da psicopatologia; (4) patogênese dos distúrbios nos vários quadros psiquiátricos; (5) problemas especiais de aprendizado. No nível de especialização profissional o conjunto abrange: (6) patogênese diferencial nas diversas condições psiquiátricas; (7) dinamismos cerebrais fundamentais (neurofisiologia); (8) psicologia dinâmica; (9) psicoterapia como orientação especializada; (10) noções de psiquiatria essenciais para o psicólogo. Deseja frisar que com essa base serão, seguramente evitados os graves inconvenientes de se aventurar o psicólogo não médico a corrigir distúrbios que seriam da alçada do psiquiatra.

  1. Além dessas tarefas de ordem docente, planejou o Autor, no âmbito da Faculdade, pesquisas em psicologia, pelas quais os alunos têm mostrado interesse, e que ao mesmo tempo envolvem questões de utilidade prática como métodos de trabalho e quanto aos resultados que possam produzir:
  1. Estudo científico de fenômenos chamados parapsicológicos;
  2. Investigações sobre o eidetismo;
  3. Estudo experimental da dinâmica sensorial.

Apenas a primeira dessas verificações pode ser iniciada, pois as outras dependem de local de trabalho, do qual a disciplina ainda não dispõe. 

B – CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO

Teve ocasião de organizar e ministrar 15 cursos de aperfeiçoamento na especialidade e de participar de 22 outros.

  1. Dentre os que organizou e proferiu inteiramente (15) ou organizou em colaboração (8), menciona no primeiro grupo o de fisiologia cerebral, em 1945 (doc. n.° 26 c), o qual parece ter sido o primeiro no gênero, entre nós; e no segundo caso o de extensão universitária de neuropsiquiatria (doc. n.°26 b), na Faculdade de Medicina da Bahia, Cadeiras de Psiquiatria (Prof. Mário Leal) e de Clínica Neurológica (Prof. Carlos Gama), também em 1945. Parece igualmente haver sido o primeiro dessa modalidade, em São Paulo, o curso público sobre o método de Rorschach que organizou e ministrou em 1945 (doc. n.° 26 d).
  2. Contribuiu com número variável de aulas para 14 cursos de aperfeiçoamento, entre os quais três de Higiene Mental na Faculdade de Higiene e Saúde Pública, a cargo do Prof. Vicente de Sampaio Lara (doc. n.° 26 e), o de Diagnóstico e Terapêutica Psiquiátrica da Escola Paulista de Medicina, em 1951 (doc. n.° 26 f), o de Fatores do Comportamento Humano, Museu de Arte de São Paulo, 1955 (doc. n.° 26 g), e o mais recente, o de Genética aplicada à Neurologia, no Hospital das Clínicas, Serviço do Prof. Adherbal Tolosa, em setembro do corrente ano (doc. n.° 26 h).

III

ORIENTAÇÃO CLÍNICA

I – CONCEPÇÕS TEÓRICAS

Em decorrência da orientação doutrinária que segue, sempre considerou as doenças mentais sob a luz da psicodinâmica, segundo resumiu na Secção I. Daí procurar estabelecer em cada paciente, mesmo sem lesões cerebrais, a patogênese do quadro clínico – não a mera verificação dos sintomas – como ponto de apoio para o possível reajustamento, ainda que à comunidade do hospital. Essa orientação de “nunca cruzar os braços”, mesmo ante pacientes de psicose residual, fez adeptos entre os Colegas jovens, em número crescente. Alguns anos depois, a mentalidade terapêutica inaugurada por Meduna e – mais recentemente – a descoberta dos compostos neurotrópicos vieram retificar-lhe o acerto.

A orientação psiquiátrica do Autor pode ser identificada, desde os primeiros trabalhos, em três direções:

  1. Como finalidade precípua, visa à prevenção das desordens mentais mais que ao tratamento individual; e entende a chamada Higiene mental como aplicação clínica e não como difusão de preceitos (trabalhos de ns. 1 a 10, 1927-1931; n.° 69, 1944; 80, 1945 e demais do tópico inicial da rubrica IX do Curriculum)
  2. Em sentido doutrinário, recorre à Genética humana – de início denominada heredobiologia e heredopatologia – como compreensão do quadro clínico em causa, o que permite fazer com que a atuação corretiva preceda, muita vez, à eclosão dos distúrbios (trabalhos ns.9, 1928; 10, 1931; 13, 1935; 17, 1936; 259, 1952; 307, 1954; e demais da rubrica IX do Curriculum, tópico inicial);
  3. No estudo propriamente individual do paciente, a patogênese e a análise psicopatológica norteiam a compreensão do quadro em causa (trabalhos ns. 11, 1934; de 14 a 18, de 21 a 23, 1936; de 28 a 34,1938; e outros três últimos tópicos, rubrica IX, do Curriculum).

Desde os primeiros trabalhos procurou frisar a íntima solidariedade entre o plano subjetivo da personalidade humana e os planos estrutural e dinâmico do cérebro na exteriorização dos quadros mórbidos (trabalhos 2, 8, 13-18, 21, 22, 25-28, 30-33, 38-41, 44-50, 82, 168). E, por outro lado, que todos os dados – filogenéticos, fisiológicos, estruturais, psicológicos têm que ser utilizados em semiologia para compreender o quadro mental (21, 24, 27, 39, 168, 223).

Com esse critério estudou e analisou o fenômeno do automatismo mental de Clérambault, em 29 pacientes, depois em mais 9 (12, 1935; 14, 17, 1936). Ao que parece somente um trabalho de Teixeira Lima e Guerner, não publicado, focalizara o assunto. Tive também ocasião de estudar a encefalite “psicótica” de Marchand (15, 20, 1936). Ainda no campo da Semiologia, em colaboração com João Baptista dos Reis, então Assistente de Laboratório do Hospital de Juqueri, procurou estudar em bases precisas e de modo sistemático grupos de alterações liquóricas globais em doentes com encefalite toxi-infecciosa, tóxica, ou com amolecimento cerebral (35). A julgar pelas análises na Zentralbl. Neur. u. Psychiatrie e nos Fortschr. Neurol., foi esse o primeiro trabalho sobre o assunto, na literatura. Cumpre acentuar que aquele ilustre Colega, hoje na Escola Paulista de Medicina, Clínica Neurológica, levou a notáveis refinamentos a técnica e chegou a concepções muito mais amplas e definidas. 

Outro recurso semiológico – a pneumoencefalografia – foi utilizado pelo Autor de modo algo diverso que o habitual: em pacientes com distúrbios “focais” estritamente psiquiátricos. Com ele chegou a conclusões concordantes em esquizofrênicos de quadro “residual” 926, 1937; 31, 31, 1938; 51, 1941), em pacientes com lesões cerebrais comprovadas (28, 30, 36, 1936; 82, 1945; 230, 1950; 240, 243, 1951) e principalmente em casos nos quais havia indicação para intervenção cirúrgica no cérebro (22, 23, 1936; 33, 36, 1938).

Com esse modo de interpretar a patogênese, estudou, no caso da esquizofrenia: o modo de ação dos processos de Meduna e de Sakel (26, 1937; 38, 39, 1939); sugestões para a escolha do tratamento conforme o quadro clínico (29, 34, 1938; 37, 42, 1939; 51, 1941); e causas de erro passíveis de falsear o resultado terapêutico (34, 36, 37, 1938; 38, 40-43, 1939; 44, 1940; 51, 1941). Em relação ao modo de ação e às indicações dos métodos em causa, chegou a conclusões mais precisas que as da literatura respectiva, na opinião de Meduna (ver ANEXO V). Pode ainda precisar o biótico em relação às remissões terapêuticas (42, 44, 1946), sistematizar a análise dos fenômenos motores e vegetativos no choque de Meduna (26, 1937; 31, 32, 1938; 39, 43, 1939) e principalmente da psicopatogênese no processo (26, 1937; 40, 42, 1939). Isolou vários distúrbios perceptivos durante a fase final do acesso provocado, os quais lhe pareceram assumir significado prognóstico (43, 1939). Valeu-se de cintas cinematográficas para documentar vários desses fenômenos. 

No campo da dinâmica cerebral procurou estabelecer as relações de dependência entre funções de áreas do lobo frontal e funções de zonas corticais posteriores (11, 1934; 12, 13, 1935; 14, 18-23, 1936; 24-27, 1937; 28, 1938; 45, 1940; 168. 1948). Dessas deduções resultou o recurso à leucotomia “seletiva” na acepção do Autor; para a fundamentação desta empreendeu pesquisas neurofisiológicas em Chicago, como específica na Secção I. Os resultados de tal processo neurocirúgico têm correspondido ao pressuposto teórico (76, 1944; 147, 1946;107, 1948; 226, 228, 230, 232, 1950).

Sob essa luz, da psicopatologia associada à fisiologia cerebral, pode estabelecer quadros sindrômicos particulares do lobo frontal (11, 1935; 12, 1935;20, 1936), o que lhe valeu citação de Aloysio de Castro (11, ANEXO V-B, II); e identificar a síndrome do lobo frontal consequente a lesões distantes, na região parieto-temporal (24, 25, 1937; 30, 33, 1938; 82, 1945; 420, 1963). A noção de sistemas cerebrais, como correlato de sistemas funcionais subjetivos, na qual se calca a doutrina das funções cerebrais que o Autor segue, coincide em muitos aspectos com a que foi instituída por Kleist.  E análises que fez de síndromes “topísticas” do cérebro e dos vários quadros mórbidos endógenos, baseado nela (11-14, 17, 22-25) mereceram aprovação daquele insigne inovador da psiquiatria (ver cartas de Meduna e de Kleist, transcritas no ANEXO V-A).

II – SERVIÇOS A CARGO DO AUTOR

Durante os 34 anos de serviço público na especialidade – dos quais 22 no Hospital de Juqueri – o Autor tem tido responsabilidade, variável embora, na orientação de Colegas e de auxiliares.

  1. NO HOSPITAL DE JUQUERI

Desde o início da carreira profissional entendia que as atividades de rotina não podem isolar-se da pesquisa. Teve que exercer a ambos os misteres, isoladamente, como autodidata, pois a precária organização do Hospital de Juqueri, não permitia trabalho em conjunto nem troca de ideias como parte do serviço clínico. Logo, porém teve o prazer de orientar jovens internos acadêmicos que foram sendo sucessivamente designados para os pavilhões – um em cada secção do Hospital – a cargo do Autor. Mais tarde pode associar-se a Colegas também empenhados no trabalho de pesquisa como integrante da atividade hospitalar – especialmente A. de Mattos, Pimenta, A. Sette Jr., C. Pereira da Silva, C. Roberto Alves, J. B. dos Reis, M. Robortella, P. Pinto Pupo.

Com o ingresso de novos psiquiatras para o Hospital de Juqueri veio a formar-se espontaneamente, por iniciativa de Colegas, um grupo de trabalho com reuniões de enfermaria, sob a orientação do Autor. A esse grupo se reuniram logo depois Colegas da Capital, de modo a ampliar as primitivas discussões de enfermaria; continuaram, todavia, com o característico de extraoficiais. 

Quando designado Chefe de Clínica na Secção Masculina do Hospital Central teve ocasião de tornar sistemática a orientação dos Colegas. Foi possível organizar o trabalho nos pavilhões confiados à Chefia, de modo que o labor cotidiano permitisse também pesquisas de ordem clínica. Com isso o tirocínio psiquiátrico poder-se-ía firmar sem que fosse necessário aos Colegas dispender energia e tempo alheio ao esforço da rotina. Ao mesmo tempo procurou sistematizar o serviço nos pavilhões, quer dos auxiliares médicos, que da enfermagem (ver ANEXO III-A e doc. 15 a-d).

O grupo a que teve a honra de orientar veio a tornar-se, a seu torno, orientador de outros Colegas, de modo que aquelas linhas gerais de trabalho têm tomado amplitude e difusão que – cumpre ressaltar – não traduzem o esforço real do Autor. Por mérito desses Colegas tem-se afirmado tal orientação em congressos nacionais e internacionais de maneira honrosa para a psiquiatria local. Salienta o Autor que na reunião do Centro de Estudos “Franco da Rocha”, em homenagem a Kleist (31-1-1949); foram apresentados 9 temas e 30 apresentações clínicas, a cargo de 16 Colegas. No fascículo de Arq. Neuro-Psiquiat. Dedicado a Kleist (vo. 17, n.°2, 1959), figuram 9 trabalhos. E na sessão de homenagem póstuma da Associação Paulista de Medicina em honra do grande pesquisador 9 trabalhos, com 15 autores, foram apresentados (fevereiro de 1961). 

  1. EM CENTROS DE SAÚDE DA CAPITAL

Transferiu a atividade para o Departamento de Saúde da Capital em outubro de 1951 (doc. n.°16). Foi encarregado aí do Serviço de Higiene Mental no Serviço de Centros de Saúde da Capital, trabalhando inicialmente na unidade de Santana. Em outubro de 1955 assumiu igual cargo na de Santa Cecília, atendendo daí por diante a ambas, em dias alternados.

Já no decênio fina da carreira pública pode assim dedicar-se ao trabalho preventivo da psiquiatria, tratando de perto – e em grande escala – os problemas de ajustamento psicológico e social de grande parte da população aí assistida. Entende que deve ser justamente essa a principal função do psiquiatra: dinamizar e dar sentido humano aos conhecimentos técnicos da especialidade, surpreendendo os desajustamentos psíquicos em fase inicial ou em vias de eclodir e procurando corrigi-los. Os dados que afloram à consulta comum – não psiquiátrica – nos Centros de Saúde mostram quanto a população necessita dessa orientação, a qual procura com avidez. E revelam quanto é falho ainda, o aparelhamento de assistência preventiva. Sugerem, por outro lado, modificações na estrutura da unidade em causa – o Centro de Saúde – como aliás o sentem os médicos e as educadoras que aí militam. 

O tipo de trabalho nos Centros de Saúde não permite aos médicos a atividade em conjunto como a de hospital psiquiátrico; mas a troca de experiência a propósito das ocorrências clínicas – no ritmo de intensa movimentação que caracteriza a assistência educativa – leva, de certa maneira, à formação de grupos de trabalho. Ao contrário, a atividade das educadoras tem como traço essencial a atuação planejada e em grupo. A experiência do Autor nesse ambiente faz ver que o Serviço da chamada Higiene Mental constitui o elemento de ligação de cuja ausência se ressentem ambos os planos de atividade e pode aumentar a eficiência dos serviços internos do Centro de Saúde. 

Nesse campo de ação procurou o Autor estruturar o serviço de modo a preencher as seguintes finalidades: (a) consultas de orientação ao público que frequenta o Centro de Saúde, e que procura o Serviço por iniciativa própria ou por encaminhamento interno; (b) “agrupamentos” educativos para consulentes que apresentem problemas em comum ou para mães de consulentes-índice; reuniões com as educadoras da unidade para ventilar problemas técnicos e para orientá-las na psicologia aplicada à higiene mental e à genética humana.

Torna-se oportuno reformular a finalidade do Serviço como de Orientação da Família para que corresponda ao cunho que lhe é próprio. E é necessário ampliá-lo de modo a abranger todos os Centros de Saúde da Capital, a fim de suprir as necessidades da população. Tal reformulação constitui objetivo atual do Autor. 

IV

EMPREENDIMENTO DE INTERESSE COLETIVO

A estruturação do atual Serviço de higiene Mental dos Centros de Saúde, tal como referida na Secção III-B, ganharia em eficiência se integrada em organização mais ampla, que permitisse uniformizar e centralizar os trabalhos. O Autor tinha em mente organização desta ordem quando em 1951 se transferiu para o Departamento de Saúde do Estado. Pensava então em um instituto voltado á Genética Humana, que parece indispensável ao aparelhamento de Saúde Pública do Estado. Tal instituto compreenderia um departamento central, de pesquisa, e outro periférico, de captação e atuação junto ao público. Este último – a experiência atual o mostra – assumiria eficiência máxima se localizado nos Centros de Saúde, como o atual Serviço de Higiene Mental. 

O projeto do Autor mereceu acolhida pronta e franca do Diretor Geral do Departamento de Saúde, Dr. Luiz Morata Proença. Todavia não poderia ser realizado sem a reestruturação do Departamento, como é óbvio. Para efeito prático seria estabelecida a secção periférica – o atual Serviço de Higiene Mental, que permitiria verificar, como organização piloto, a viabilidade e a utilidade dessa orientação.

Com o fito de obter dados concretos para estabelecer o projeto viajou para os Estados Unidos da América em 1951 e para a Europa em 1952, sob os auspícios do Departamento de Saúde e mediante bolsa de viagem do Conselho Nacional de Pesquisas. Visitou na primeira viagem o Departamento de Genética Médica de Kallmann, no Instituto Psiquiátrico da Universidade de Columbia, em Nova York; e o Pavilhão de Convulsões, de Lennox, no Centro Médico Infantil, de Boston. Na Europa percorreu os Serviços de Dahlberg (Uppsala), Gedda (Roma), Gianferrari (Milão), Kemp (Copenhagem), Scultz (München), von Verschuer (Münster). Pode assim discutir com as principais autoridades atuais no ramo da Genética Humana a estrutura proposta, cuja inovação – a de associar o trabalho de pesquisa e a finalidade de aconselhamento – mereceu aprovação. Entende o Autor que a Genética Humana já se acha de há muito em condições de sair do âmbito das pesquisas para o campo de atuação ampla como instituição de Saúde Pública. 

Como a restruturação do Departamento de Saúde dependeria de providências legislativas, o Autor procurou contornar a dificuldade propondo criação análoga na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo. Poderia ser estruturada assim a secção de pesquisas, estabelecendo-se um convênio com o Departamento de Saúde a fim de instalar nos Centros de Saúde da Capital a secção de ligação como no projeto anterior (doc. n.°19 a).

O Reitor da Universidade de São Paulo, Prof. Alípio Correa Netto designou uma comissão para estruturar o projeto – da qual o Autor fez parte (doc. n.°16 c) -, porém este não chegou a se concretizar. No mesmo sentido ainda, o Autor entrou em contacto com a Fundação Rockefeller (doc. n.°19 b).

Finalmente, o Deputado Dr. Fernando Mauro apresento à Assembleia Legislativa, em 1961, um projeto de Lei, que se acha em segunda discussão, relativo ao assunto (doc. n.° 19 c). Tal projeto altera a estrutura do Departamento de Saúde do Estado no sentido de incluir-lhe entre as finalidades as de pesquisa e de assistência pública no campo da genética humana. Cria assim as condições para que seja integrada no âmbito da Saúde Pública essa aparelhagem de prevenção que parece indispensável à luz dos conhecimentos atuais (doc. n.° 19 d).

V

REFERÊNCIAS A PUBLICAÇÕES DO AUTOR

  1. APRECIAÇÕES DE AUTORIDADES CIENTÍFICAS

Tem constituído extraordinário estímulo para a orientação clínica e de pesquisas, opiniões de autoridades como Kleist, Krapf, McCulloch, Meduna, Mira y López, Morel, Morgenthaler, Rees, Stokvis (ANEXO V e docs. de ns. 66 a 74). Toma a liberdade de transcrever no ANEXO V alguns trechos dessas apreciações, por se ligarem a tópicos mencionados no presente memorial. Quando em 1940 se candidatou a bolsa de pesquisas em neurofisiologia teve a honra de contar com expressões igualmente honrosas de Aloysio de Castro, de Dusser de Barenne, de Foerster, de Chr. Jakob, de Jasper, de Spiegel, de O. Vogt. A estas faz apenas alusão, pois os documentos respectivos se extraviaram quando, no início de 1943, foram enviados ao Autor, de volta ao Brasil, pelo Serviço de Inteligência da Marinha Americana.

  1. Sobre o primeiro trabalho que publicou em relação ao tratamento de esquizofrênicos crônicos pelo cardiazol, recebeu de Meduna, antes ainda de se tornar conhecido pessoalmente do criador do método, expressões elogiosas. Dois anos depois, em 1939, pode Meduna acompanhar de perto o modo de o Autor efetuar o tratamento convulsivante e de anotar a crise convulsiva, as pesquisas psicopatológicas e o resultado terapêutico. E teve então a amabilidade de ratificar a opinião prévia, em carta de 20-7-1939, de Buenos Aires, para onde se achava em trânsito.

Ainda sobre o tratamento de esquizofrênicos, o Autor mereceu apreciação muito benevolente de Krapf, ao lhe analisar a tese de docência – o método de Meduna em esquizofrênicos crônicos – no Index de Neurologia y Psiquiatría, de Buenos Aires.

  1. Quanto às pesquisas em fisiologia cerebral, MacCulloch se exprimiu de modo sumamente honroso a respeito do Autor, não somente em cartas à direção da Faculdade de Medicina de São Paulo e à do Hospital de Juqueri, mas também em capítulo que redigiu para o livro de Bucy – The precentral motor córtex, 1943, 1949.
  2. Com relação à atividade propriamente psiquiátrica, recebeu referências que sobremodo o honram de Kleist – a princípio indiretamente, em comunicação pessoal de Meduna (doc. 69 b); de Mira y López, no prefaciar-lhe a monografia publicada em colaboração; e de Morel, quando propôs o Autor à eleição para sócio correspondente da Societé Suisse de Psychiatrie; de Stokvis, ao convidá-lo para integrar o corpo de redação das Acta Psychotherapeutica, Psychosomatica, Orthopaedagogica (1952) e das Acta Psychotherapeutica et Psychosomatica (1963).
  3. Sobre o trabalho clínico-preventivo no Serviço de Higiene Mental, em Centros de Saúde da Capital, recebeu a aprovação de Rees, de quando o Diretor da World Federation for Mental Health se inteirou pessoalmente do modo como aí se desenvolve a atividade do Autor. 
  4. Finalmente em referência ao método de Rorschach, Morgenthaler, a principal figura do psicodiagnóstico depois de Rorschach, acolheu com especial generosidade os trabalhos que o Autor lhe dedicou por ocasião do 80.° aniversário. E propõe que o último destes, que resume o modo de o Autor encarar o método, seja vertido para o alemão e publicado em Rorschachiana.
  1. CITAÇÕES DE TRABALHOS

Tem chegado ao conhecimento do Autor numerosas fontes que lhe citam diversos trabalhos. Dessas fontes, 21 são monografias e 38 são livros (ANEXO V-B). 

Monografias – Nos estudos monográficos, 15 devidos a autores estrangeiros, são citados trabalhos do Autor, pertencentes às seguintes categorias: higiene e eugenia em um (n.° 1 do ANEXO V-B); prova de Rorschach em um (n.° 18); dinâmica de funções cerebrais em dois (ns. 3 e 12); tratamento de esquizofrênicos em seis (ns. 2, 4, 5, 7, 9, 16); neurofisiologia em onze (ns. 6, 8, 10, 11, 13, 14, 15, 17, 19, 20, e 21). 

Livros – Cabem nas seguintes rubricas os trabalhos mencionados em livros – 21 deles de autores estrangeiros – biotipologia em dois (ns. 9 e 28 do ANEXO V-B, II); psicologia em geral, em dois (ns. 24 e 28); clínica psiquiátrica, em quatro (ns. 12, 16, 34 e 37); psicodiagnóstico, principalmente o método de Rorschach, em cinco (ns. 15, 20, 25, 33 e 35); neurofisiologia, em nove (ns. 10, 14, 17, 18, 21, 22,29, 31 e 32); tratamento de esquizofrênicos, em onze (ns. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 13, 19 e 27).

  1. RESUMOS DE PUBLICAÇÕES DO AUTOR

Deixa de arrolar os especialistas que têm citado o Autor em artigos técnicos, porque muito numerosos e porque são em geral referências incidentes. Reporta-se, porém, a resumos e análises publicadas em revistas médicas, quer nacionais, quer estrangeiras, no total de 26. Destas, 18 são publicadas no exterior (ANEXO V-C).

Dentre estes periódicos, oito se publicam na Europa, cinco na América Latina e cinco nos Estados Unidos da América. Dos oito nacionais, cinco se editam nesta Capital. Entre as revistas nacionais, quatro acolhem trabalhos de clínica geral; três se dedicam à neurologia e à psiquiatria conjuntamente, uma à psiquiatria somente. Entre os periódicos do exterior um é de orientação clínica, outro especializado em genética humana, três se consagram à neurologia, cinco à psiquiatria e oito à neurologia e psiquiatria simultaneamente. 

VI

ATIVIDADE PROFISSIONAL E TÍTULOS

Embora tenha sido mero autodidata em todos os trâmites da carreira propriamente psiquiátrica, um feliz conjunto de circunstâncias fez com que esta se moldasse à seriação e aos padrões normais de formação. Assim, antes de praticar a psiquiatria como especialidade, teve a ventura de contar com mestres e guias excepcionais durante o aprendizado médico e neurológico. Contou, a partir do 4.° ano médico com a orientação de Ovídio Pires de Campos e do grupo qualificado que o assistia na 3.ª Enfermaria de Homens da Santa Casa. Ainda no período de estudos – em que não existia internato – frequentou com assiduidade e com empenho a 1.ª Enfermaria de Almeida Prado onde além das aulas daquele eminente clínico lhe foi ministrada o incomparável ensino neurológico de Vampré e do extraordinário conjunto de Assistentes, logo depois tornados chefes de escola. Dessa forma apreendeu da maneira mais completa o verdadeiro sentido da neurologia, ou, melhor, da neuropsiquiatria, em que a mesma manifestação, seja somática, seja neurológica, seja psíquica, terá de ser investigada sob todos os aspectos da complexa unidade humana. Antes de ultimar o curso médico, em 1930, foi nomeado interno-acadêmico no Hospital de Juqueri – onde, como rotina, atendia a todo o serviço clínico de dois pavilhões, um na Secção Masculina, outro na Feminina. 

Ao concluir o curso médico, 1931, ficou vago por um ano o cargo de anátomo-patologista do Hospital e o Autor foi nomeado para o preencher. Teve, assim, por um ano, a tarefa de efetuar necropsias e superintender todos os trabalhos de laboratório, o que lhe permitiu completar os estudos de citoarquitetonia e de patologia cerebral que ele empreendera por conta própria durante o internato acadêmico. A excelente biblioteca especializada do Hospital de Juqueri – em que existia o célebre atlas arquitetônico de von Economo e Koskinas – supria a carência de orientação teórica de que se ressentiam então os trabalhos hospitalares de rotina. A seguir, exerceu na Capital temporariamente o serviço de agudos da recém-criada Clínica Psiquiátrica de Assistência a Psicopatas, como foi dito na Secção I. Votada à atividade psiquiátrica de pavilhão, efetuou-a ainda em colônias de crônicos e, durante 5 anos, como médico-interno residente. Foi depois designado chefe de pavilhão e afinal chefe de clínica psiquiátrica. Transferido para o Departamento de Saúde do Estado em 1951, foi-lhe dado aplicar-se ao campo mais fértil e mais útil da psiquiatria: a prevenção dos desajustamentos e a orientação da família.

Salvo em relação ao período de trabalho em tempo integral, exerce desde 1932 a clínica da especialidade na Capital, bem como a atividade de perícia psiquiátrica.

Na carreira universitária, conquistou em 1941, o título de Docente-livre de Clínica Psiquiátrica na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; foi honrado com o de Assistente de Pesquisas Psiquiátricas na Universidade de Illinois, em Chicago; e a partir de 1954 tem sido honrado com o cargo de Professor, sob contrato, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo. Em 1956 recebeu da Faculdade Nacional de Medicina o honroso convite para integrar a Banca Examinadora do Concurso à Cátedra de Clínica Psiquiátrica, a realizar-se no ano seguinte. 

Foi honrado com a inclusão no corpo de redação de 6 revistas técnicas, duas delas locais: desde 1934 pertence à Redação da Revista de Neurologia e Psiquiatria de São Paulo (doc. n.° 27) e em 1946 foi designado membro da Comissão de Redação dos Arquivos da Assistência a Psicopatas de São Paulo (doc. n.°32). No plano internacional, tornou-se redator da Revista Latino-Americana de Psiquiatria, Argentina (1950); Contributing editor do International Journal of Group Psychotherapy, USA (1951); membro da Comissão de Redação das Acta Psychotherapeutica, Psychosomatica, Orthpaedagogica, Amsterdam (1952) e das Acta Psychotherapeutica et Psychosomatica, Basel (1963) (doc. ns. 39, 40, 42, 51).

VII

SOCIEDADES CIENTÍFICAS PARA AS QUAIS FOI ELEITO

Em decorrência da orientação que lhe tem norteado a atividade clínica, foi eleito membro de sociedades científicas de espírito diverso. Podem elas ser reunidas em 8 tipos:

  1. Em primeiro lugar as que se votam à psiquiatria clínica, no total de seis: as de n.° 1, 4, 5, 10, 13, 25, no ANEXO VII; 
  2. (2) seguem-se-lhes as sociedades dedicadas a ciências humanas assim chamadas, cinco ao todo: ns. 6, 14, 17, 22, 24;
  3. A seguir, as que se dedicam à psicologia, quatro: 2, 12, 18, 21, 27, de;
  4. À genética humana, também quatro: 2, 12, 18, 21;
  5. Em número de três, as que visam a higiene mental – 8, 15, 20; 
  6. Duas de psicoterapia de grupo, 7, 23; e
  7. Duas de índole neurológica – 19 e 26; e finalmente, 
  8. A de ortopsiquiatria, n.° 3.
  1. Desse total de 27 sociedades, 14 são nacionais com sede nesta Capital. Em cinco delas foi, além disso, escolhido para o cargo de direção. Por ordem cronológica, foi presidente do Departamento de Neuropsiquiatria da Associação Paulista de Medicina (1941); do Centro de Estudos “Franco da Rocha” (1946); da Sociedade Rorschach de São Paulo (1952-1953); vice-presidente da Sociedade Pavlov de Fisiologia e Medicina (1955); e presidente do Instituto Paulista de Parapsicologia, para o período inicial, de 1963 a 1965. Foi também distinguido com o título de sócio honorário do Centro de Estudos “Franco da Rocha”, em 1959. De duas agremiações científicas é sócio fundador: Sociedade Rorschach de São Paulo (1952) e Departamento de Psiquiatria da Associação Paulista de Medicina (1960).
  2. Dentre as sociedades estrangeiras foi fundador da American Group Psychotherapy Association, 1945. Foi eleito membro correspondente da Sociedad de Neurologia y Psiquiatria de Buenos Aires (1949), da American Genetic Association (1953); e, como único psiquiatra brasileiro, da Société Suisse de Psychiatrie (1950). 

VIII

CONGRESSOS CIENTÍFICOS PARA OS QUAIS CONTRIBUIU

Até o momento apresentou trabalhos em 39 congressos da especialidade, à maioria dos quais, porém não pode comparecer pessoalmente. Desses 25 foram de caráter internacional, embora cinco deles realizados em território brasileiro (ANEXO VIII). Quanto ao tema geral que reuniu tais congressos, agrupam-se estes em 7 categorias:

  1. Psiquiatria clínica, com 8 reuniões (ns. 5, 7, 12, 16, 17, 31, 34, 28 do ANEXO VIII).
  2. Psicologia geral e aplicada, 7 reuniões (ns. 2, 13, 14, 21, 23, 28. 29).
  3. Neurologia e ramos afins, 7 reuniões (ns. 1, 6, 10, 18, 19, 27, 39)
  4. Genética humana, 6 reuniões (ns. 26, 30, 32, 33, 35, 37).
  5. Medicina e higiene, 5 reuniões (ns. 3, 4, 8, 9, 22).
  6. Higiene mental, 4 reuniões (ns. 11, 15, 20, 24).
  7. Psicoterapia, 2 reuniões (ns. 25 e 36).
  1. No âmbito dos congressos nacionais foi distinguido com a designação para relatar temas oficiais no 5.° Congresso Brasileiro de Psiquiatria de Medicina Legal (Rio, 1948), com a vice-presidência de Secção na 1.ª Reunião Brasileira de Genética Humana (Curitiba, 1958), para discussão em mesa redonda no 6.º Congresso nacional de Neurologia, Psiquiatria e Higiene Mental (Belo Horizonte), 1962). 
  2. Em referência aos conclaves no exterior, participou como Delegado Brasileiro do Congresso Internacional de Rorschach, Zürich (1949); da 3.ª Reunião Anual da Federação Mundial de Saúde Mental, do 2.° Congresso Internacional de Criminologia e do Congresso Internacional de Psiquiatria, todos em Paris, 1950; da 5.ª Reunião Anual da Federação Mundial de Saúde Mental em Bruxelas (1952) e do 2.° Congresso Internacional de Rorschach, Berna (1952). No Congresso Internacional de Psiquiatria foi designado Diretor Brasileiro da Secção III; e, em Paris, Presidente da sessão, orador em sessão plenária e, para a sessão de encerramento, eleito pelo plenário Delegado brasileiro.

Concorreu como membro da comissão organizadora, para dois destes congressos, de psicoterapia de grupo: o do Canadá, e 1954, no qual também foi orador oficial; e o de Buenos Aires, em 1956.

No 5.° Congresso Internacional de Psicoterapia, em Viena, 1961, foi eleito para vice-presidência de sessão.

IX

TRABALHOS CIENTÍFICOS

Teve ocasião de apresentar, em reuniões científicas de sociedades e congressos da especialidade ou em cursos de aperfeiçoamento, 345 comunicações, não publicadas na íntegra. Com o total de artigos publicados – 74 – e 6 estudos monográficos (inciso IV), perfazem assim o total de 425 intervenções públicas especializadas. Não se incluem nesse computo os laudos psiquiátricos – que perfazem 2 volumes datilografados, conservados inéditos – nem as análises de livros e revistas, que publicou.

Esse conjunto de 425 trabalhos (ver ANEXO IX) pode ser distribuído em 7 rubricas:

  1. Higiene mental e eugenia; genética humana, com 60 unidades;
  2. Patologia cerebral; localizações cerebrais – 36; 
  3. Psiquiatria clínica, em geral – 125;
  4. Psicologia em geral; antropologia aplicada – 52;
  5. Fisiologia cerebral; eletroencefalografia – 30; 
  6. Psicodiagnóstico de Rorschach – 112;
  7. Leucotomia cerebral – 10 trabalhos

Do total, 19 se reportam à organização hospitalar e 209 ao ensino da especialidade; não se acham incluídas neste grupo as aulas proferidas na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (USP), as quais, conforme vai assinalado no inciso IX do Curriculum vitae, não foram arroladas.

***

Como Extrato da presente exposição, ao qual se apensam a título de peças justificativas os ANEXOS de I a IX, inclui a seguir o Curriculum vitae. 

CURRICULUM VITAE

(atualizado até 1963)

  1. PESQUISAS E CURSOS APÓS DOUTORAMENTO
  1. Pesquisas sobre fisiologia do córtex cerebral, em gatos, macacos e chimpanzés, realizadas no Illinois Neuropsychiatric Institute, isoladamente e em colaboração com os Profs. McCulloch (neurofisiologia), Bailey (neurocirurgia) e von Bonin (citoarquitetonia cerebral – Chicago, de 7-11-1941 a 24-12-1942.
  2. Curso de eletroencefalograia, experimental e clínica, no Illinois Neuropsychiatric Institute, de 7-11-1941 a 24-12-1942, Chicago. Efetuado mediante bolsa de estudos da Fundação Guggenheim e sob a orientação dos Profs. McCulloch (Departamento de Psiquiatria, Laboratório de Neurofisiologia) de Bailey (Departamento de Cirurgia Neurológica).
  3. Cursos no Institute for Psychoanalysis, Chicago: a) “Casos clínicos”, trimestre de outono, 1942 (Prof. Alexander, Dr. French); b) “Problemas especiais de técnica” (por exceção: curso reservado aos candidatos do Instituto e aos sócios da Sociedade Psicoanalítica de Chicago), trimestres de outono e inverno, 1942 (Prof. Alexander, Dr. Weiss). 
  1. ATIVIDADE DIDÁTICA
  1. CURSOS NA FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS (USP)

Por designação do douto CTA da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, em 1960, está lecionando Psicopatologia no Curso de Psicologia desde a primeira turma de alunos do referido Curso, criado em 1958. Encarrega-se dessa disciplina na qualidade de Professor-colaborador, sob contrato. De início – de 1954 a 1956 – exerceu-a como Professor-visitante na Cadeira III, Psicologia (Profª Annita de Castilho e Marcondes Cabral), depois como Professor auxiliar da Cadeira, contratado, até 1959.

  1. Programas iniciais da disciplina Psicopatologia

De início – no Curso de Especialização em Psicologia Clínica daquela Cadeira – desenvolveu três programas, dois deles abrangendo dois anos de curso:

  • Fundamentos de Psicologia fisiológica – 20 aulas, 1.° ano
  • Dinamismos gerais em Psicopatologia – 20 aulas, 1.° ano
  • Método de Rorschach, noções básicas – 20 aulas, 1.° ano
  • Dinamismos psicopatológicos nos vários quadros mórbidos – 18 aulas, 2.° ano
  • Elementos de interpretação no método de Rorschach – 18 aulas, 2.° ano.
  1. Auxiliares de ensino

Com a ampliação das atribuições, em 1960, conseguiu para a disciplina no Curso de Psicologia o concurso de 3 assistentes, com os quais divide as atribuições do ensino. São, por ordem cronológica:

Lic. Sra. Elsa Lima Gonçalves Antunha, contratada

Dr. Isais Hessel Melsohn, colocado à disposição da Faculdade

Lic. Srta. Joselina de Féo, contratada

  1. Programas atuais de Psicopatología

Graças a essa importante colaboração foi possível ampliar os trabalhos da disciplina, desdobrando os programas teóricos e planejando seminários e trabalhos práticos, no total de 12 até 1962, de 20 em 1963 e agora de 28 para 1964 (ver ANEXO II-A) e documentos respectivos

  1. Programas a cargo do Autor

Desse último total são desenvolvidos pelo Autor os seguintes programas teóricos, numerados de acordo com a seriação seguida na disciplina Psicopatologia ao relatar na Faculdade os cursos a que se propõe:

1 – Psicologia fisiológica – 34 aulas (n.°1)

2 – Psicopatologia: Dinamismos gerais – 30 aulas (n.°2)

3 – Problemas básicos da prova de Rorschach – 30 aulas (n.°5)

4 – Psicopatologia: Dinamismos particulares – 15 aulas (n.°8)

5 – Técnica de elaboração do psicograma de Rorschach – 15 aulas (n.°11)

6 – Psicopatologia aplicada à orientação educativa – 26 aulas (n.°15)

7 – Psicopatologia diferencial: Dinamismos cerebrais – 16 aulas (n.°18)

8 – Dinamismos psicopatológicos nos diferentes quadros mórbidos – 16 aulas (n.°20)

9 – Fundamentos de interpretação na prova de Rorschach – 15 aulas (n.°22)

10 – Psiquiatria para o psicólogo – 16 aulas (n.°24)

  1. Cursos para os quais a disciplina Psicopatologia contribui

São os seguintes os cursos da Faculdade em que a disciplina colabora:

  1. Curso básico de Psicologia

     3.° ano – 2 semestres

     4.° ano – 1.° semestre

  1. Curso de Orientação Educativa (Prof.ª Maria José Garcia Werebe):

      4.° ano

  1. Curso de Mestrado em Psicologia:

      A partir do 4.° ano

  1. Curso de Psicólogo, organizado para 1964:

      5.° ano de Psicologia

  1. Cursos de Bacharelado e Cursos optativos:

      4.° ano dos vários cursos da Faculdade

  1. Curso de Especialização em Psicologia Clínica (em vias de extinção):

      4.° ano do Curso de Filosofia da Faculdade

  1. CURSOS DE APERFEIÇOAMENTE NA ESPECIALIDADE

Lecionou até o fim de setembro de 1963 em 37 cursos de aperfeiçoamento na especialidade, dos quais 23 foram organizados pelo Autor:

  1. Organizou e proferiu 15 desses cursos: 5 no Centro de Estudos “Franco da Rocha”, 3 na Faculdade de Medicina de São Paulo, 2 na Sociedade Rorschach de São Paulo, 2 na Escola de Sociologia e Política de São Paulo, 1 na Sociedade de Psicologia de São Paulo, 1 no Serviço de Medidas e Pesquisas Educacionais, 1 no Centro Acadêmico “Oswaldo Cruz”.
  2. Organizou em colaboração 8 outros cursos: 3 no Centro de Estudos “Franco da Rocha”, 1 no Hospital de Juqueri, 1 na Faculdade de Medicina da Bahia, 1 na Escola Paulista de Medicina, 1 na Sociedade Rorschach de São Paulo, 1 no Centro Acadêmico “Oswaldo Cruz”, em cada um dos quais deu número variável de aulas.
  3. Proferiu aulas em 14 cursos outros: em 3 de Higiene Mental da Faculdade de Higiene de São Paulo (1949 a 1951), a convite do Diretor interino, Prof. Dr. Vicente Lara; em 3 no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (1952, 1959 e 1963); na Associação Paulista de Medicina (1953); na Escola de Sociologia e Política de São Paulo, no Centro de Estudos “Dom Vital”, na Associação dos Médicos dos Centros de Saúde da Capital (1960; no Instituto de Psicologia da Faculdade de Filosofia Sedes Sapientiae (1961); no Departamento Cultural de “A Tribuna”, Santos SP (1962).

Tais cursos versaram sobre Psiquiatria Clínica (11), Psicodiagnóstico de Rorschach (8), Psicologia Médica (7), Semiologia Psiquiátrica (4), Higiene Mental (3), Fisiologia Cerebral (2), Genética Humana (2).

  1. ORIENTAÇÃO CLÍNICA
  1. TRABALHOS NO HOSPITAL DE JUQUERI

Inicialmente, quando encarregado do serviço de psiquiatria em pavilhões de tratamento, orientou espontaneamente o trabalho de Colegas que ali ingressavam como internos ou como assistentes de psiquiatria. Formou-se mais tarde um grupo de estudos psiquiátricos, também espontâneo, no qual orientou desde 1945 em reuniões de enfermaria

Desde 1948, como Chefe de Clínica da Secção Masculina, organizou no Hospital de Juqueri reuniões psiquiátricas sistemáticas, de três tipos: 

  1. Conferências semanais,
  2. Seminários mensais,
  3. Simpósios anuais.

Organizou o serviço interno da Chefia, médico e de enfermagem; metodizou o trabalho clínico e estabeleceu normas para as atividades de rotina e para a pesquisa psiquiátrica

  1. SERVIÇO DE HIGIENE MENTAL, CENTROS DE SAÚDE DA CAPITAL

Prevenção eugênica – Procurou organizar para o Departamento de Saúde do Estado, desde novembro de 1951, um Instituto de Prevenção Eugênica e de Genética Humana. Para verificar aspectos práticos dessa organização viajou em 1951 para os Estados Unidos e em 1952 para a Europa, de ambas as vezes sob os auspícios do Conselho Nacional de Pesquisas, do Rio. Tal Instituto aguarda a reestruturação do Departamento, a qual está em vias de realização.

Em 1955 apresentou, no mesmo sentido, ao Sr. Secretário da Saúde Pública e da Assistência Social, um anteprojeto de organização de um Serviço de Higiene Genética. 

Higiene Mental – Como parte inicial desse Instituto organizou no Centro de Saúde de Santana, em 1952, o Serviço de Higiene Mental. Esse serviço, sob as normas da Genética Humana, se estendeu desde 1955 para o Centro de Saúde de Santa Cecília.

Ao todo, matriculou no Serviço de Higiene Mental, até a presente revisão, 7.025 consulentes, que prefizeram até aquela data 28.035 consultas individuais. No período abrangido pela atual revisão, o Serviço efetuou um total de 603 encaminhamentos de consulentes para serviços externos, médicos e assistenciais.

  1. TRABALHOS PUBLICADOS

Dos 425 trabalhos enumerados no ANEXO IX publicou 80, dos quais seis constituem estudos monográficos (ANEXO IV).

  1. MONOGRAFIAS 

No primeiro de tais estudos – 265 páginas, 1929 (n.° 5 do ANEXO IX) – o capítulo VI discute a necessidade de criarem-se “Sociedades de Eugenia”, como dispositivo de assistência pública: deveriam entrosar-se com organismos que propunha para planejar, selecionar e orientar os esportes: escolas normais de fisicultora (capítulos VI e VII), departamentos de educação física e conselho de fisicultora (capítulos XII e XIII), o que não existia, que no Estado, quer no país.

Outra monografia (n.°10) focaliza a criação de Clínica psiquiátrica para agudos, de que carecia a assistência psiquiátrica do Estado. Depois de estudar os aspectos médicos e estruturais da Clínica, procura caracterizar, na terceira parte, as vantagens do Ambulatório de Higiene Mental; entende a esta como conjunto de atuações assistenciais preventivas, inclusive com a “instituição de exames pré-nupciais ranqueados – porém nunca compulsórios ao público” e com a conquista da colaboração ativa da população. 

Em outros dois estudos se voltam a temas essencialmente psiquiátricos: respectivamente, a tratamento da esquizofrenia e à pneumoencefalografia. Expõe no primeiro deles (n.° 51 – 150 páginas, 1941), além de resultados obtidos em 100 pacientes, o modo como encara a esquizofrenia e o modo de ação do choque de Meduna. No segundo, em colaboração, estabelece várias síndromes psiquiátricas “localizatórias”, mostra o valor semiológico da pneumoencefalografia nos quadros estritamente psiquiátricos – em 4 pacientes – e define a maneira essencialmente dinâmica como entende a patologia cerebral e interpreta os distúrbios psiquiátricos nas lesões cerebrais (n.° 82 – 101 páginas, 1947).

Passa em revista os aspectos gerais da psicologia fisiológica, em um capítulo do livro “Psicologia Moderna” (n.°168). Acentua aí que as diferentes funções subjetivas exprimem o entrosamento das diversas estruturas cerebrais sem que, entretanto, possam reduzir-se diretamente a processos vegetativos destas. 

A última publicação monográfica (n.°425), ainda no prelo ao redigir-se o presente memorial, apresenta o modo de o Autor considerar a elaboração do psicograma de Rorschach, como passo intermediário para a interpretação.

  1. TRABALHOS AVULSOS

Dos 74 trabalhos avulsos publicados, que se enquadram nas 7 rubricas do inciso IX, dispõe de separata em relação a 52. Reunidos estes pela afinidade do tema de cada artigo, podem ser assim distribuídos: 

  1. Psicologia e provas psicológicas, 152 páginas;
  2. Higiene mental e genética humana, 164 páginas;
  3. Esquizofrenia, 168 páginas
  4. Psiquiatria clínica, em geral, 170 páginas
  5. Psicologia cerebral, 172 páginas
  6. Psiquiatria e dinamismos psicopatológicos, 180 páginas
  7. PUBLICAÇÕES QUE ESTAMPARAM ARTIGOS DO AUTOR

Os artigos do Autor foram publicados em 23 revistas no todo: 15 nacionais – 9 em São Paulo, 1 de Recife, 5 do Rio de Janeiro; 8 estrangeiros – 2 em alemão, 2 francesas, 1 holandesa, 2 norte-americanas, 1 peruana. 

  1. REFERÊNCIAS A PUBLICAÇÕES DO AUTOR

Dos trabalhos referidos no inciso anterior, alguns mereceram apreciação de autoridades em Psiquiatria, outros têm sido citados por autores nacionais e estrangeiros, quer em estudos monográficos, quer em livros; quase todos foram resumidos em periódicos científicos (ANEXO V).

  1. APRECIAÇÃO DE AUTORIDADES CIENTÍFICAS

Distinguiram-no opiniões de autoridades como Kleist, Krafp, McCulloch, Meduna, Mira y López, Morel, Morgenthaler, Rees, Stokvis; sobre o plano de pesquisas (ANEXO I) recebeu também apreciações de Aloysio de Castro, de Dusser de Barenne, de Foerster, de Chr. Jakob, de Spiegel, de Vogt, em relação às quais, porém, não dispõe de documentos. 

  1. CITAÇÕES DE TRABALHOS

O Autor tem conhecimento das seguintes fontes em que se acha citado:

I – Monografias – 21, das quais 15 de autores estrangeiros: 1 em português, 4 em alemão, 9 em espanhol, 8 em inglês.

II – Livros – 38, dentre os quais 21 publicados no exterior: 1 em português, 3 em alemão, 9 em espanhol, 3 em francês, 7 em inglês.

  1. RESUMOS DE PUBLICAÇÕES DO AUTOR

Resumos e análises de trabalhos do Autor têm aparecido em revistas com a seguinte distribuição, no total de 26: nacionais, 8; alemãs, 4; argentinas, 3; equatoriana, 1; francesas, 2; holandesa, 1; inglesa, 3; norte-americanas, 5; peruana, 1.

  1. ATIVIDADE PROFISSIONAL E TÍTULOS
  1. Quando estudante de medicina foi interno de Clínica Médica por 3 anos (1928-1930) e, ainda nessa condição, interno-acadêmico por 1 ano do Hospital de Juqueri (1930), encarregado da assistência médica em 2 pavilhões simultaneamente – um na Secção Masculina, outro na Feminina. Em 1931 foi Anátomo-patologista do Hospital. Exerceu aí, depois, a residência médica sob tempo integral (1935-1938). Trabalhou em serviço de agudos e em colônias para crônicos (1932). Como psiquiatra em tempo parcial foi Chefe de Pavilhão (1932-1934, 1938-1947) e finalmente Chefe de Clínica (1947-1951).

Passando em 1951 para o Departamento de Saúde do Estado, foi encarregado do Serviço de Higiene Mental em Centros de Saúde da Capital. Pode votar-se aí aos aspectos essencialmente preventivos da psicologia e da psiquiatria no sentido de reajustamento, de atuação sobre problemas psicológicos e psiquiátricos nascentes e de orientação da família.

  1. No domínio da atividade profissional deseja mencionar alguns dados:
  1. Exerce na Capital a clínica especializada e é perito no Forum da Capital, desde 1932.
  2. Foi escolhido para integrar o corpo de redação de revistas técnicas:
  1. Revista de Neurologia e Psiquiatria de São Paulo (1934);
  2. Arquivos da Assistência a Psicopatas de São Paulo (1946);
  3. Revista Latino-Americana de Psiquiatria Argentina (1950);
  4. International Journal of Group Psychotherapy, USA (1951);
  5. Acta Psychotherapeutica, Psychosomatica, Orthopaedagofica, Amsterdam (1952);
  6. Acta Psychotherapeutica et Psychosomatica, Basel (1963).
  1. Obteve em concurso bolsa de estudos em neurofisiologia da John Simon Guggenheim Memorial Foundation (1941);
  2. Em concurso de títulos e provas obteve a Docência-livre em Clínica Psiquiátrica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (1941).
  3. Foi distinguido, em Chicago, com o cargo de Assistente de Pesquisas Psiquiátricas da Universidade de Illinois (1942-1943).
  4. Exerce, mediante contrato, o cargo de Professor de Psicopatologia, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, da Universidade de São Paulo (desde 1954).
  5. Teve a honra de ser convidado, em 1956, para integrar a Banca Examinadora do Concurso à Cátedra de Clínica Psiquiátrica em 1957, Faculdade Nacional de Medicina, Rio, Gb.
  1. SOCIEDADES CIENTÍFICAS PARA AS QUAIS FOI ELEITO

Foi eleito membro de 27 sociedades científicas, 13 das quais no exterior:

  1. Entre as 14 sociedades nacionais, desta Capital, foi honrado com a vice-presidência em uma – Sociedade Pavlov de Fisiologia e Medicina (1955); com a presidência em quadro outros; Departamento de Neuropsiquiatria da Associação Paulista de Medicina (1941), Centro de Estudos “Franco da Rocha” (1946), Sociedade Rorschach de São Paulo (1952-1953), Instituto Paulista de Parapsicologia (1963); foi ainda distinguido com a eleição para sócio honorário do Centro de Estudos “Franco da Rocha” (1959).
  2. Salienta entre as sociedades estrangeiras, 10 nos Estados Unidos, a American Orthopsychiatric Association, USA (1941), para a qual foi eleito antes ainda de viajar para a America do Norte: na época eram Carlos Seguin e o Autor os dois únicos membros estrangeiros; a Sociedad de Neurología y Psiquiatría de Buenos Aires (1949) e a American Genetic Association (1953), nas quais foi eleito membro correspondente; a International Rorschach Society, Suíça, da qual é membro fundador (1949); e especialmente a Societé Suisse de Psychiatrie, que o honrou de modo particular ao elegê-lo, membro correspondente (1950), distinção que até aquela data, no 80.° aniversário da Sociedade, só fora conferida a 30 psiquiatras não suíços e pela primeira vez a um brasileiro.
  1. CONGRESSOS CIENTÍFICOS PARA OS QUAIS CONTRIBUIU

Contribuiu com trabalhos para 39 congressos – 25 de tipo internacional, dos quais 5 efetuados no Brasil – conforme o ANEXO VIII.

Foi distinguido, com a Vice-presidência de Secção ou com a designação para Relator Oficial, em 3 conclaves nacionais; 5.° Congresso Brasileiro de Psiquiatria, Neurologia e Medicina Legal, Rio, 1948 (Relator oficial), 1.ª Reunião Brasileira de Genética Humana, Curitiba, PR, 1958 (Vice-presidente da Secção de Genética Médica), 6.° Congresso Nacional de Neurologia, Psiquiatria e Higiene Mental, Belo Horizonte, MG, 1962 (Relator em Mesa Redonda).

Em congressos internacionais participou como Delegado Brasileiro em 6 – em Zürich (1949), 3 em Paris (1950), em Bruxelas (1952), em Berna (1952); foi Membro organizador de Secção, Encarregado de discutir tema oficial, Presidente de Sessão e Delegado Estrangeiro, no Congresso Internacional de Psiquiatria (Paris, 1950); ainda membro da Comissão organizadora de dois congressos de Psicoterapia de Grupo (Canada 1954, Buenos Aires, 1956), no primeiro dos quais foi também orador oficial; e foi eleito Vice-presidente de Sessão do 5.° Congresso Internacional de Psicoterapia, em Viena (1961).

  1. TRABALHOS PSIQUIÁTRICOS (Publicações, Comunicações, Conferências)

Apresentou ou publicou até a data da presente revisão 425 trabalhos sobre a especialidade, entre comunicações, monografias, conferências científicas e cursos. É a seguinte a distribuição desses trabalhos por ordem cronológica segundo os diferentes setores da especialidade:

Higiene mental e eugenia; genética humana (60 trabalhos) – N.°s 1-10, 69, 80, 190, 207, 208, 224, 234-237, 241, 245-248, 251-254, 257, 259, 260, 264-266, 268, 301, 302, 307, 312-315, 316, 320, 323, 352, 355, 356, 360, 364, 368, 371, 393, 402, 413, 421-423.

Patologia cerebral: localizações cerebrais (36 trabalhos) – N.°s 11, 12, 19, 22-25, 30, 33, 36, 48, 68, 82, 85, 87, 150, 151, 188, 198, 200, 201, 209, 227, 231, 240, 243, 249, 250, 303, 354, 363, 394, 396, 401, 420.

Psiquiatria clínica, em geral (125 trabalhos) – n.°s 13-18, 20, 26-29, 31, 32, 34, 35, 37-40, 42, 43, 45, 47, 49-52, 55, 57, 60, 61, 64, 65, 67, 71-74, 79, 81, 122-131, 144-146, 148, 149, 152-167, 185, 189, 192, 193, 195, 199, 211, 212-223, 238, 239, 242, 244, 256, 262, 305, 308, 318, 351, 353, 359, 367, 370, 373-382, 395, 397, 403, 406, 406, 409, 410, 416-418.

Psicologia em geral; antropologia aplicada (52 trabalhos) – N.°s 21, 41, 44, 103, 104, 143, 168, 170-184, 186, 191, 194, 202, 203, 210, 225, 255, 306, 319, 334, 335, 337-349, 365, 404, 405, 408, 412.

Fisiologia cerebral; eletroencefalografia (30 trabalhos) – N.°s 53, 54, 56, 59, 70, 75, 84, 88-102, 105, 233, 322, 336, 369, 398, 399.

Psicodiagnóstico de Rorschach (112 trabalhos) – N.°s 62, 63, 66, 77, 78, 83, 106-121, 132-142, 169, 204-206, 258, 263, 267, 269-280, 281-300, 304, 309-311, 317, 324-333, 350, 357, 361, 362, 366, 372, 383-392, 400, 407, 411, 414, 415, 419, 424, 425.

Leucotomia cerebral (10 trabalhos) – N.°s 76, 147, 187, 196, 197, 226, 228, 229, 230, 232.

Desta relação, a qual não abrange as aulas na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, os trabalhos que se referem ao ensino de neuropsiquiatria, bem como os relativos à organização hospitalar, somam 228, assim distribuídos:

Organização hospitalar (10 trabalhos) – N.°s 6-8, 70, 81, 121, 144, 145, 189, 192, 195, 203, 224, 238, 248, 253, 257, 320, 371.

Ensino da psiquiatria (209 trabalhos) – N.°s 57, 61, 62, 64, 71, 72, 83-86, 88-104, 106-120, 122-141, 146, 148, 149, 153-167, 170-184, 202, 206, 212-223, 236, 237, 244, 246, 247, 249, 250, 261, 262, 269-280, 281-300, 306, 318, 319, 322, 324-333, 334, 337-340, 360, 370, 373-382, 383-392, 393, 398, 399 408, 412, 417, 418, 421-423.

ANEXO I 

PROGRAMA DE PESQUISAS EM FISIOLOGIA CEREBRAL

3 “Programa de estudos 

  “(enviado aos referentes)

“Desde 1930 temos estudado a patologia cerebral e procurado conhecer-lhes as bases neurofisiológicas. No projeto que se segue, acentuamos o aspecto experimental de tais pesquisas: as verificações clínicas são meramente subsidiárias e se efetuarão apenas se houver tempo disponível. Em ambos os campos, experimental e clínico, temos em vista a eletroencefalografia como instrumento da fisiologia cerebral. Pretendemos focalizar em nossa pesquisa: 

  1. Camadas corticais que originam ou que recebem os impulsos sensoriais – ou que perfazem ambas as funções; 
  2. Regência de regiões corticais posteriores ou de estruturas profundas sobre o córtex frontal.

“Base experimental proposta – Animais de experiência devem ser submetidos a dois processos: 

  1. Termocoagulação laminar segundo Dusser de Barenne e 
  2. Excisão da substância branca subcortical como na leucotomia de Egas Moniz; antes e depois destas operações deveríamos pesquisar:
  3. O quadro eletroencefalográfico local e o provocado à distância e
  4. O limiar de convulsão (método de Spiegel).

“Base clínica proposta – no caso de supormos de tempo e de material clínico adequado, serão pesquisadas as alterações de potencial bioelétrico do córtex, em doentes de tipo Alzheimer e de tipo Peck, igualmente quanto às ondas locais dos campos e às de repercussão. 

Importância do trabalho proposto

“O eletroencefalograma constitui um dos métodos mais sensíveis e talvez o mais seguro, com que a fisiologia do córtex cerebral humano possa ser investigada. Muitas conclusões em patologia cerebral, na prática médica, derivam dele, uma vez que os dados experimentais têm mostrado que diferenças de potenciais bioelétricos dependem clamente de variação nas estruturas cerebrais. Entretanto, esse recurso deve ser estudado cuidadosamente, em bases experimentais, para se aplicar à patologia humana. Entre as condições mais importantes nesse estudo figura a de evitar os desvios que zonas corticais distantes possam acarretar nas áreas estudadas. Fenômenos devidos a edema, a aumento de pressão intracraniana, a reações inflamatórias, por exemplo, que ocorrem em condições clínicas, podem constituir séria causa de erro. Para afastar tais fatores de distorção pensamos em traças experimentalmente correlações entre diferentes áreas corticais mediante a destruição seletiva de campos arquitetônicos ou de camadas deles. A comparação ente o limiar de Spiegel e os quadros eletroencefalográficas em tais condições parece constituir importante contribuição nesse domínio da fisiologia e da patologia do cérebro. 

“Pelo aspecto prático lembraríamos que o eletroencefalograma vem completar, no campo da neurocirurgia, os recursos localizatórios habituais, como por exemplo a ventriculografia direta, a pneumoencefalografia, a arteriografia cerebral de Egas Moniz. Não é necessário salientar o valor dos métodos acima referidos, de Dusser de Barenne e de Spiegel. 

“Em relação ao trabalho clínico proposto, poderá ser complemento útil ao programa, porque poderá permitir que se conjuguem os dados “localizatórios” psiquiátricos e os bioelétricos, à luz da patologia cerebral.”

ANEXO II

ATIVIDADE DIDÁTICA

  1. CURSOS NA FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS (USP)

Cargo: Professor colaborador, sob contrato, no Curso de Psicologia

Disciplina: Psicologia e Técnicas projetivas

Auxiliares: Lic. Elsa Lima Gonçalves Antunha, instrutora

        Lic. Joselina de Féo, instrutora

        Dr. Isaias Hessel Melsohn, assistente

Programas a cargo dos docentes:

  1. Curso básico de Psicologia

3.° ano (2 semestres)

  1. Psicologia fisiológica – 34 aulas
  2. Psicopatologia: Dinamismos gerais – 30 aulas
  3. Seminário de parapsicologia – a cargo da Lic. Elsa L. G. Antunha
  4. Seminário de psicopatologia – a cargo do Dr. Isaias H. Melsohn
  5. Problemas básicos da prova de Rorschach – 30 aulas
  6. Exercícios práticos com a prova de Rorschach – a cargo da Lic. Joselina De Féo
  7. Estágio em hospital psiquiátrico – sob orientação do Dr. Isaias H. Melsohn (n.° 6 em 1963)

4.° ano (1.° semestre)

8. Psicopatologia: dinamismos particulares – 15 aulas (n.°7 em 1963)

9. Seminário sobre distúrbios de aprendizado – a cargo da Lic. Elsa L. G. Antunha (n.° 8 e, 1963)

10. Seminário sobre psicologia – a cargo do Dr. Isaias H.  Melsohn (n.°9 em 1963)

11. Técnicas de elaboração do psicograma de Rorschach – 15 aulas (n.° 10 em 1963)

12. Tratamento do protocolo de Rorschach – a cargo da Lic. Joselina de Féo

  1. Curso de orientação Educativa (4.° ando de Didática Geral e Especial)

13. 

e

14. Higiene Mental aplicada – aulas teóricas e seminário, a cargo da Lic. Elsa L. G. Antunha (n.°11 em 1963)

15. Psicopatologia aplicada – 26 aulas (n.°12 em 1963)

16. 

e

17. Temas de Psicologia dinâmica – 15 aulas teóricas e seminários, a cargo do Dr. Isaias H. Melsohn (n.° 13 em 1963)

  1. Curso de Mestrado em Psicologia (a partir do 4.° ano)

1.° semestre: Programas de 8 a 12

2.° semestre:

18. Psicopatologia diferencial: Dinamismos cerebrais – 16 aulas (n.°16 em 1963)

19. Trabalhos práticos de anatomia cerebral – Laboratório do Departamento de Anatomia Descritiva, Fac. Med. USP, sob orientação daquele Departamento (gentileza do Prof. Odorico Machado de Souza)

20. Dinamismos psicopatológicos nos diferentes quadros mórbidos – 16 aulas (n.° 18 em 1963)

21. Estágio em hospital psiquiátrico – sob orientação de Dr. Isaias H. Melsohn

22. Fundamentos de interpretação na prova de Rorschach – 15 aulas (n.° 20 em 1963)

23. Exercícios práticos de avaliação do Rorschach – a cargo da Lic. Joselina de Féo

  1. Curso de Psicologia, organizado para 1964

 5.° ano de Psicologia

24. Psiquiatria para o psicólogo – 16 aulas (a ser confiado a novo assistente, logo que possível)

25. Aspectos particulares do aprendizado – aulas teóricas a cargo da Lic. Elsa L. G. Antunha

26. Problemas especiais de psicoterapia – aulas teóricas a cargo do Dr. Isaias H. Mensohn

27. Seminário de Psiquiatria – a cargo do Dr. Isaias H. Melsohn

28. Estágio em hospital psiquiátrico – sob orientação do Dr. Isaias H. Melsohn

  1. Curso de bacharelado e de matérias optativas

4.° ando dos Cursos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras:

  1. Em Psicopatologia:
  1. Em nível básico: Programa 1 ou Programas 1, 2 e 4
  2. Em nível adiantado: Programas 8 e de 18 a 20
  1. Em Técnicas projetivas:
  1. Em nível básico: Programas 5 e 6
  2. Em nível adiantado: Programas 11, 12, 22 e 23
  1. Curso de Especialização em Psicologia (Cadeira III) – (Extinto a partir de 1964, com a estruturação do Curso de Psicólogo)

1.° ano de especialização (4.° ano da Faculdade):

  1. a) Fundamentos da Psicologia fisiológica – 20 aulas (a partir de 1960. Igual ao programa n.° 1)

2 – b) Dinamismos gerais em Psicopatologia – 20 aulas (a partir de 1960, igual ao programa n.°2)

3 – a) Método de Rorschach: Noções básicas – 20 aulas (a partir de 1960, igual ao programa n.°5)

2.° ano de especialização:

4 – a) Dinamismos psicopatológicos nos vários quadros mórbidos – 18 aulas (substituído em 1961 pelos programas de n.°s 8 e 20)

5 – a) Elementos de interpretação no método de Rorschach – 18 aulas (a partir de 1961, igual ao programa n.° 22)

  1. CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO
  1. Curso de Psiquiatria, no Hospital de Juqueri, São Paulo, para psiquiatras do estabelecimento e da Capital – de junho a dezembro de 1943. Organizado, em colaboração, para o Hospital de Juqueri e o Centro de Estudos “Franco da Rocha” – 31 temas seriados. Três conferências a cargo do Autor (b).
  2. Curso de Psiquiatria de Guerra, em 15 aulas, São Paulo – 25-4 a 13-6, 1944. Organizado em colaboração, para o Centro de Estudos “Franco da Rocha” e o Departamento de Medicina Militar da A.P.M. – Duas aulas a cargo do Autor (b).
  3. Curso de Extensão Universitárias na Faculdade de Medicina, Universidade da Bahia. Organizado em colaboração, para as Cadeiras de Neurologia (Prof. Carlos Gama) e Psiquiatria (Prof. Mário Leal), Salvador, BA – Três aulas a cargo do Autor, em maio de 1945 (b).
  4. Curso sobre “Elementos de fisiologia cerebral aplicáveis à clínica” – 15 aulas. Organizado pelo Autor. São Paulo, 6-7 a 13-8, 1945 (a).
  5. Curso sobre “Problemas atuais de psicologia médica” – 15 aulas. Organizado e dirigido pelo Autor – São Paulo, de 6-7 a 13-8, 1945 – Duas aulas a cargo do Autor (b).
  6. Curso sobre “Aplicação clínica da prova de Rorschach”. Organizado e proferido pelo Autor, em caráter intensivo, teórico-prático, para o Centro de Estudos “Franco da Rocha” – São Paulo, de 21-11 e 21-12, 1945 (a)
  7. “Noções práticas de psicoterapia”. Curso de Aperfeiçoamento na Cadeira de Clínica Psiquiátrica, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 12 aulas. Organizado e proferido pelo Autor. São Paulo, de 7-1 a 4-2, 1946. Duas aulas a cargo do Dr. Paulo Lentino (a)
  8. “Diagnóstico diferencial com o método de Rorschach”. Curso de Aperfeiçoamento na Cadeira de Clínica Psiquiátrica, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 10 aulas. Organizado e proferido pelo Autor. São Paulo, de 28-1 a 18-2, 1946 (a)
  9. Curso de “Semiologia Psiquiátrica”. Organizado, em colaboração, para o Centro de Estudos “Franco da Rocha”, no Hospital de Juqueri – Série de 20 aulas. Hospital de Juqueri, de 4-5 a 26-10, 1946 – Três aulas a cargo do Autor (b)
  10. “Semiótica aplicada à Psiquiatria” – Curso de Aperfeiçoamento na Cadeira de Clínica Psiquiátrica, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – 15 aulas. Organizado e proferido pelo Autor – São Paulo, de 14-5 a 16-6, 1947 (a)
  11. Curso prático de “Psiquiatria Clínica”. Organizado e dirigido pelo Autor, em colaboração, para o Centro de Estudos “Franco da Rocha” e os hospitais da área de Juqueri – 20 temas seriados, apresentados à turma de psiquiatras e psicólogos inscritos com o Autor (12), sob forma de discussão doutrinária e demonstração clínica de enfermaria – Hospital de Juqueri, de 4-5 a 26-10, 1947 (a)
  12. Curso sobre “Nível psicológico da fisiologia cerebral” – 15 aulas. Organizado e proferido pelo Autor, para o Centro de Estudos “Franco da Rocha”, São Paulo, de 26-1 a 8-3, 1948 (a)
  13. Curso sobre “Medicina Psicossomática”. Organizado, em colaboração, para o Centro Acadêmico “Oswaldo Cruz”, USP, São Paulo, 1949 – Aula inaugural a cargo do Autor (b)
  14. Curso teórico-prático, em aulas semanais sobre “Psicodiagnóstico de Rorschach”. Organizado e proferido pelo Autor para o Grupo de Rorschach da Sociedade de Psicologia de São Paulo, durante o ano de 1949 (Monitores: Drs. A. Barradas, I. Mathias, O. B. Salles e S. Vizzotto) (a)
  15. Participação no Curso de “Higiene Mental para Educação Sanitária”, Faculdade de Higiene e Saúde Pública – São Paulo. Duas aulas a cargo do Autor em novembro de 1949 (c)
  16. Curso sobre “Semiologia Psiquiátrica” – 12 aulas. Organizado e proferido pelo Autor para o Centro de Estudos “Franco da Rocha”, Hospital de Juqueri, de 4-3 a 19-8, 1950 (a)
  17. Participação no Curso de Higiene Mental (Prof. Vicente Lara), Faculdade de Higiene e Saúde Pública, USP, São Paulo, 1950 – Duas aulas a cargo do Autor, em novembro de 1950 (c)
  18. Curso de “Diagnóstico e Terapêutica Neuro-psiquiátrica”. Organizado, em colaboração, na Escola Paulista de Medicina para o Centro Acadêmico “Pereira Barreto” – Aula a cargo do autor em 10-9-1951 (b)
  19. Participação no Curso de Higiene Mental para Educadoras Sanitárias (Prof. Vicente Lara), Faculdade de Higiene e Saúde Pública, USP – Duas aulas a cargo do Autor, em outubro de 1951 (c)
  20. Participação no Curso de Semiologia Psiquiátrica (Dr. José Longman), Clínica Neurológica da Faculdade de Medicina, USP (Prof. Adherbal Tolosa), Hospital das Clínicas – Duas aulas a cargo do Autor, em fevereiro de 1952 (c)
  21. Participação no curso de férias para médicos, “Especialidades em clínica”. Departamento Científico da Associação Paulista de Medicina – Duas aulas a cargo do Autor, em fevereiro de 1953 (c)
  22. Curso sobre “Questões básicas do método de Rorschach” – 12 aulas. Organizado e proferido pelo Autor. Patrocínio conjunto da Sociedade de Psicologia de São Paulo, da Sociedade Rorschach de São Paulo e do Centro de Estudos “Franco da Rocha”. São Paulo, de 8-6 a 8-7, 1953 (a)
  23. Curso teórico-prático sobre o método de Rorschach – 20 aulas. Organizado e proferido pelo Autor no Serviço de Medidas e Pesquisas Educacionais. (Prof. Adolfo Packer). São Paulo, de 8-9 a 20-11, 1953 (a)
  24. Curso sobre “Fatores do comportamento humano”. Organizado em colaboração para o Centro de Estudos “Franco da Rocha” – Aula em 111-10-1955 (b)
  25. Participação no Curso de “Psicologia patológica” da Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Prof. A. Rubbo Müller) – Aula em 13-6-1956
  26. Participação no Curso sobre “Personalidades Psicopáticas”, do Centro D. Vital, a Universidade Católica de São Paulo – Aula em 27-8-1956 (c)
  27. Participação no Curso sobre “Atividade nervosa superior” da Sociedade Pavlov de Fisiologia e Medicina, São Paulo – Aula a 15-10-1956 (c)
  28. Curso sobre “Interpretação no método de Rorschach” – 10 aulas. Organizado e proferido pelo Autor na Escola de Sociologia e Política de São Paulo – de 22-4 a 23-5, 1957 (a) 
  29. Curso sobre “Teoria da personalidade segundo o ensino de Augusto Comte” – 13 aulas. Organizado e proferido pelo Autor na Escola de Sociologia e Política de São Paulo – de 4-3 a 15-4, 1958 (a)
  30. Participação no Curso sobre “Genética Humana”, Hospital as Clínicas, USP – Aula em 20-10-1959 (c)
  31. Participação no Curso sobre “Escolas de orientação psicoterápica”, do Centro de Estudos “Franco da Rocha” – Aula em 12-9-1960 (c)
  32. Curso sobre “Semiologia dos distúrbios mentais” – 10 aulas. Organizado e proferido pelo Autor no Centro Acadêmico “Oswaldo Cruz” – São Paulo – de 27-9 a 11-11, 1960 (a)
  33. “Curso teórico-prático intensivo sobre o método de Rorschach” – 10 aulas. Organizado e proferido, em colaboração, para o Centro de Estudos “Franco da Rocha”. Uma turma a cargo do Autor (Aulas práticas para essa turma, a cargo dos Drs. Tomchinsky e D’Andretta) – São Paulo – de 24 a 28-10, 1960 (a)
  34. Participação no “Curso sobre Radiações” da Associação dos Médicos dos Centros de Saúde da Capital – Aula em 10-11-1960 (c)
  35. Participação no Curso sobre “Medicina Psicossomática”, Instituto de Psicologia da Faculdade de Filosofia Sedes Sapientiae (Prof. Bachir Haidar) – Aula a 22 e 29, maio de 1961 (c)
  36. Participação no Curso “Depoimentos sobre Parapsicologia”, Departamento Cultural de “A Tribuna”, Santos SP, aula a 24-31962 (c)
  37. Participação no Curso sobre “Genética aplicada à Neurologia” (Dr. A. B. Lefèvre), da Clínica Neurológica (Prof. Adherbal Tolosa), Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Hospital das Clínicas, São Paulo – Três aulas a cargo do Autor, em 10, 13 e 17 de setembro, 1963 (c)

ANEXO III

ORIENTAÇÃO CLÍNICA

  1. – NO HOSPITAL DE JUQUERI
  1. Orientação de Colegas – Foram os seguintes os Colegas que teve a honra de iniciar na psiquiatria, quando estudantes internos, ou de orientar, segundo a ordem cronológica: Prof. José Ribeiro do Valle, Drs. Enéas de Assis Saes, Joy Arruda, Nilo Trindade da Silva, Orestes Barini, Eduardo Guedes Casimiro, Caetano Trapé, Mario Robortella, Spartaco Vizzotto, Ibrahim Mathias, Luís de Barros Salles, Thomas Blaizes (Panamá), Noemio Wenniger, Paulo de Tarso Monte Serrat. 

A partir de 1947, como Chefe de Clínica, veio a estender essa orientação aos Colegas dos demais pavilhões da Secção Masculina. Tal orientação, quanto às pesquisas cabíveis em âmbito hospitalar e quanto à atividade de rotina, pode ser assim resumida:

  1. Métodos de investigação – a) Prova de Rorschach: Organizou desde 1945, um grupo de Colegas para estudo sistemático da prova de Rorschach, como meio de melhorar o nível de observação psiquiátrica no Hospital. Tal grupo se reunia semanalmente, durante o ano todo, a partir de 1945. Foram integrantes desse grupo inicialmente: Drs. Coriolano Roberto Alves, Orestes Barini, Anthero Barradas Barata, Edmundo Maia, Antonio Carlos de Moraes Passos, Paulo Simioni, Caetano Trapé, Atila Ferreira Vaz. Em 1946 vários dentre eles deixaram o Hospital e foram substituídos no grupo, pelos Drs. José Longman, Ibrahim Mathias, Isaías Hessel Melsohn, Octavio L. de Barros Salles, Spartaco Vizzoto. Desde 1947 vários colegas e estudantes de psicologia, da Capital, bem como psiquiatras da Secção Feminina do Hospital, também se incorporaram ao grupo.

                                                              b) Provas psicológicas e pesquisa heredológica: Designado Chefe de Clínica, em 1947, estabeleceu para o corpo médico de cada pavilhão comum (4) a lotação de 5 psiquiatras, um deles como Chefe. E procurou faze com que em cada grupo um Colega se dedicasse ao método de Rorschach, outro ao de Mira, outro à heredologia, em caráter sistemático; ao quarto integrante do grupo caberia a supervisão da laborterapia, para a qual, entretanto não houve recursos disponíveis.

  1. Reuniões Clínicas – Até 1945 as revisões de pacientes para diagnóstico e tratamento eram feitas apenas com o interno ou com o assistente, único tirocínio compatível com a organização precária do Hospital. Desde 1946 o interesse de Colegas fez com que se formasse espontaneamente um grupo de estudos prático: pode então instituir reuniões semanais de enfermaria a fim de orientar aqueles Colegas.

Desde que se tornou Chefe de Clínica sistematizou essas reuniões clínicas, as quais a partir de 1948 passaram a obedecer a três tipos:

a) Conferências clínicas semanais – de tipo essencialmente prático, destinadas ao exame de doentes e à discussão do diagnóstico, cada uma assim disposta: 1.°) uma observação clínica de especial interesse; 2.°) duas outras, para esclarecer dados ou a conclusão diagnóstica; 3.°) exposição de tema prático para orientação da rotina hospitalar, pelo Chefe de Clínica.

b) Seminários mensais – destinados a focalizar pesquisas clínicas de âmbito hospitalar: 1.°) apresentação do tema por um Psiquiatra ou pelo Chefe de Clínica; 2.°) discussão pelos Colegas previamente inscritos; 3.°) discussão sem prévia inscrição; 4.°) resumo e conclusões, pelo Chefe de Clínica.

c) Simpósio anual – para conhecer-se o andamento de pesquisas clínicas realizadas numa mesma direção nos pavilhões da Chefia; efetuado com a participação de todos os Colegas da Chefia.

  1. Serviço clínico do Hospital – Orientação seguida como Chefe de Clínica: 1.°) Procurou unificar o critério diagnóstico dos Colegas. 2.°) Adotou como norma examinar com o respectivo psiquiatra todo doente cuja alta fosse proposta. 3.°) Refez, uniformizando-as, fórmulas para requisitar exames subsidiários. 4.°) Institui registros para provas psicológicas e para leucotomia. 5.°) Instituiu boletins de admissão, de alta e de remoção, que não havia no Hospital. 6.°) Remodelou o relatório mensal dos Pavilhões, dando-lhes novo tipo que permite avaliação mensal dos Pavilhões, dando-lhes novo tipo que permite avaliação fácil e objetiva do movimento clínico e de todos os serviços. 7.°) Institui o relatório anual da Chefia. 8.°) Organizou e fez imprimir folhas especiais para ambos os tipos de relatório. 9.°) Redigiu normas provisórias para o serviço dos psiquiatras e dos auxiliares. 10.°) Organizou em anteprojeto as atribuições do corpo clínico e da enfermagem.
  1. – EM CENTROS DE SAÚDE DA CAPITAL
  1. Serviço de Higiene Mental – Instalado no Centro de Saúde de Santana desde fevereiro de 1952 e no de Santa Cecília desde outubro de 1955, o Serviço a cargo do Autor constitui atualmente o único votado a esse mister no Serviço de Centros de Saúde da Capital.

Orientação – A Higiene mental é praticada aí não como disciplina de divulgação para o público sob a forma de conselhos ou de campanhas, porém como especialidade essencialmente médico-assistencial, que estuda cada paciente sob os diferentes prismas psicossociais, com a intenção de corrigir os fatores de desajustamento e de prevenir-lhes a atuação.

  1. Centro de Saúde de Santana – Desde o início (1952), tem como funções:
  1. Consultas para os matriculados no Centro: inicial, destinada à matrícula; e de revisões frequentes.
  2. Encaminhamentos de consulentes do HM, sempre que oportuno, para dispensários, para organizações assistenciais, para institutos de previdência.
  3.  – Orientação em grupo, dos matriculados: como “agrupamento” psicológico – sob a luz da psicoterapia em grupo – quer para mães de consulentes-índice, quer para grupos de consulentes com problemas em comum.
  4. Colaboração nos “Cursos para Noivas” e em “Cursos educativos” esporádicos, promovidos pelas Educadoras sanitárias da Universidade.
  5. Reuniões internas com as Educadoras sanitárias, a fim de orientá-las no campo da psicologia aplicada e no da genética humana.

Atuação – Funciona apenas em caráter interno, sem divulgação oficial, o que evita que o público o procure como “ambulatório de psiquiatria”:

  1. Assume o aspecto de departamento de ligação para com os 5 serviços mínimos que integram os Centros de Saúde: Higiene Pré-Natal, Higiene Infantil, Higiene Pré-Escolar, Higiene Escolar, Exames Médicos Periódicos.
  2. Os consulentes matriculados em Higiene Mental provêm dos demais Serviços agora mencionados;
  3. Os que o procuram diretamente – por indicação de outros consulentes ou de organização médica externa – são encaminhados para o serviço interno correspondente, que os atenderá em conjunto com o de Higiene Mental.
  1. Centro de Saúde de Santa Cecília – Embora sob as mesmas normas gerais resumidas em a), o Serviço aí difere em um aspecto em particular: tornou-se espontaneamente, departamento de ligação para os demais Centros de Saúde da Capital. Assim, pelo fato de atender a consulentes de todos os bairros da Capital, a função descrita nos itens 1.° e 2.° acima lhe absorvem por completo a atividade, não deixando margem para as demais.
  1. Condições atuais do Serviço – A procura crescente por parte dos consulentes de todos os bairros – encaminhados pelos Serviços respectivos e, em maior quantidade, pelos próprios consulentes – tornou totalmente insuficiente a capacidade atual do Serviço de Higiene Mental.
  1. Frequência de consulentes – o total de 7.025 matriculados, que com o qde revisões perfaz 28.035 consultas – em 10 anos – representa apenas pequena parte da população que tem procurado matrícula no Serviço. Em geral as admissões aí só podem ser feitas um mês após o pedido inicial. Da mesma forma, os que foram encaminhados para outros locais (a, 2.°), 601, constituem somente parte dos que necessitariam de encaminhamento. 
  2. Estrutura – Essa morosidade lamentável decorre de ser o Autor o único médico do Serviço para toda a Capital e de contar apenas com duas Educadoras sanitárias como auxiliares, uma em Santana e outra em Santa Cecília.
  1. Estrutura proposta – O Autor propôs à Direção dos Centros de Saúde da Capital a organização e a amplitude que a experiência de 12 anos parece recomendar como o mínimo compatível com a eficiência.
  1. Localização – É mister que se instale o Serviço de Higiene Mental em cada Unidade Sanitária, pelo menos em cada uma das principais.
  2. Lotação – Cada Centro desses principais deve contar com um Psiquiatra, encarregado e com uma Educadora sanitária; e para cada dois Centros contíguos o Serviço deve ter uma Visitadora domiciliar e um Psicólogo.
  3. Funções – Em essência, as funções atuais – uma vez que sejam plenamente preenchidas – darão completa eficiência ao Serviço:
  1. Consultas, para matrícula e para revisões;
  2. Encaminhamento para serviços externos sempre que haja indicação;
  3. “Agrupamentos” de orientação;
  4. Psicoterapia de grupo;
  5. Orientação do pessoal do Serviço e da Unidade Sanitária:

a) para técnica de “agrupamento”

b) para aperfeiçoamento técnico;

  1. Colaboração nos cursos internos, especialmente o de preparação para o casamento e em campanhas de atuação sobre a comunidade no bairro.
  2. Rotina de serviço – Também aqui, o esquema atual de trabalho adquirido e amplitude com o desdobramento do Serviço:
  1. 3 dias destinados às consultas individuais;
  2. 1 dia para psicoterapia de grupo;
  3. 1 dia reservado para serviços técnicos: semanalmente para reuniões com o pessoal da Unidade Sanitária e para pesquisas de interesse do Serviço; mensalmente, para troca de ideias entre os integrantes do Serviço nas várias Unidades.
  4. Denominação – Corresponde melhor às finalidades que parecem adequadas a esse campo da Saúde Pública o nome de Orientação da Família, que o de Higiene Mental.
  1. Genética Humana – Incomparavelmente mais amplo e eficiente se tornará o trabalho visado por esse Serviço se integrado nos princípios da Genética Humana. O Autor propôs, por isso, a introdução de um órgão dessa natureza no aparelhamento preventivo do Departamento de Saúde do Estado. Tal organização compreenderia – na parte de atuação junto ao público, portanto além dos dispositivos de direção e administração – dois Departamentos: 
  1. Secção de Pesquisas Clínicas – com todos os elementos habituais para coleta e tratamento dos dados relativos ao cabedal genético da população da Capital. É indispensável aí o entrosamento com os demais institutos de investigação clínica, o que se faria através do Departamento de Ligação, e do Ambulatório destinado ao público, em serviços externos e serviços internos.
  2. Secção propriamente assistencial – com centralização da atividade de aconselhamento genético. Este adquire o máximo de eficiência – como meta principal de Saúde Pública – exatamente nos organismos de ação médica preventiva, que são os Centros de Saúde com os do Departamento de Saúde do Estado. A atuação aí se faria através do Serviço de Orientação da Família, cujo esboço atual, a cargo do Autor, permite afirmar que o público procura com avidez esse tipo de assistência médica e que com este colabora de maneira integral. 

ANEXO IV

PUBLICAÇÕES DO AUTOR

  1. – MONOGRAFIAS
  1. Educação Física – 265 págs., São Paulo: A. Tisi; 1929 (n.°5) (Caps. VI, XI, XIII, parte II, relativos à Higiene Mental e Eugenia).

Em seu primeiro Memorial, o autor se referiu a este trabalho com as seguintes palavras: Nosso livro “Educação Física” (265 págs., Tisi, S. Paulo, 1929) considera aspectos de eugenia e de higiene mental (v. Parte II, Caps. VI, VII, IX-XIII), da mesma forma que os artigos de 1 a 8 e nossa tese de doutoramento (n.°9). Todos os demais trabalhos visam estritamente a neuropsiquiatria.

Nos capítulos mencionados o A. estuda respectivamente a organização de escolas normais de educação física (VI), de escolas de fisicultura infantil (VII), de sociedades de eugenia, de um departamento de educação física e do conselho nacional de fisicultura (XI – XIII).

Mostra que a fisicultura necessita de ser orientada pelos princípios biológicos, especialmente médicos, a fim de preencher a finalidade precípua que é a formação eugênica das populações nacionais. Para isso, propõe a criação de escolas normais especializadas, analogamente ao que já existe no estrangeiro e mostra de que forma o critério médico, essencialmente visando a higiene psíquica, deve presidir a instituição dos educadores neste setor. 

Com o mesmo critério de uniformização e de orientação racional deveriam ser superintendidos os trabalhos de propaganda da fisicultura e a efetivação dos diferentes esportes já em prática no país. Estuda os diversos tipos de departamento acima enunciados, analisando a estrutura que sob esse aspecto da higiene mental e da eugenia lhes deveria corresponder.

Detém-se particularmente no capítulo referente à eugenia, cujo sumário é o seguinte: “Sociedades de eugenia – Campanha a executar – Organização – Dois exemplos – A antropometria nacional” (Cap. XI, págs. 225-238).

  1. Da Clínica Psiquiátrica e do ambulatório de Higiene Mental – 83 páginas. Tese de doutoramento. Tese inaugural. Aprovada com distinção – grau 9,50. Fac. Medicina; São Paulo; 1931 (n.°10).

O A. estuda aí a organização desse importante instituto como parte integrante da assistência a doentes mentais, de que carecia a aparelhagem do Estado.

Na primeira parte focaliza o papel preponderante dessa instituição na assistência psiquiátrica, como hospital aberto, donde decorrem os seguintes característicos: a) acesso fácil aos doentes, sem formalidades especiais; b) proteção social eficiente, ao enfermo e à família; c) seleção de encaminhamento para hospitais fechados correspondentes; d) maior eficiência terapêutica em razão da precocidade da intervenção médica e ao mesmo tempo menor dispêndio com assistência e pessoal de enfermagem. Lembra em seguida as principais causas desencadeantes das psicoses agudas; alude à incidência percentual desses estados agudos em relação às psicoses autóctones e de evolução crônica; e por fim analisa os inconvenientes acarretados pela assistência fechada quando represente regime exclusivo. Ilustra com 10 casos resumidos as considerações sobre a assistência psiquiátrica imediata. 

A segunda parte destina-se ao estudo da instalação material da clínica. O A. estuda a lotação de doentes, baseando-se na de institutos correspondentes norte-americanos, alemães, franceses, húngaro e apoiando-se em estatística de psicoses agudas que levantou no Hospital de Juqueri e relativa ao quinquênio 1925-1930. Passa a localização urbana do instituto e finalmente às particularidades de estrutura, de orientação arquitetônica e higiênica, bem como às instalações destinadas ao pessoal médico e de enfermagem.

A organização médica é focalizada na parte terceira. Analisa aí as diferentes funções do serviço proposto, bem como os tipos de assistência respectivos.

A secção final destina-se a estudar as funções, a organização técnica, as dependências e os meios de ação social terapêutica, preventiva e investigatória, do ambulatório de higiene mental.

  1. O Método de Meduna em esquizofrênicos crônicos – 150 págs. Tese de docência, Fac. Medicina: São Paulo; 1941 (n.°51).
  1. Contribuição para a semiologia psiquiátrica: a Pneumoencefalografia – 100 págs., 1 quadro no texto, 16 tabeças e 96 figuras (Colab. com M. Robortella e C. P. da Silva) – Arq. Assist. Psicopatas: São Paulo; 1948 (n.°82).
  1. Psicologia fisiológica, Cap. III in O KLINEBERG – Psicologia Moderna – págs 73-100 – Agir: São Paulo; 1953 (2.ª ed. no prelo) (n.° 168).
  1. Método de Rorschach: Elaboração do psicograma, 308 págs. (no prelo, 1963). EdBras, Editora Brasileira, Ltda, São Paulo: 1985. 
  1. – TRABALHOS AVULSOS
  1. Eugenismo do aborígene – Correio Paulistano, 10-1-1927 (1).

Aníbal Silveira nos apresenta o seguinte resumo referente a esta publicação:

Em resposta à tese publicada por Oliveira Viana o A. procura mostrar como é ilusório o critério meramente antropológico para a classificação das raças. Depois de lembrar a hierarquia étnica quanto aos fatores subjetivos da personalidade, aduz exemplos com os quais mostra a eugenicidade do aborígene brasileiro, quer considerado como grei, quer como expressão individual. Em seguida cita estudos de sertanistas contemporâneos, em que se focalizam alguns tipos eminentes, suja pela espantosa capacidade de assimilação intelectual, seja pelas excepcionais qualidades artísticas, seja pela inteireza de caráter, seja ainda pelo alto nível moral; todos esses exemplos como frisa, são colhidos entre aborígenes de nossos dias, em estado de estrito primitivismo, pertencentes a tribus que se acreditavam ferozes. Recorda ainda estudos como os de Roquete Pinto, relativos ao elevado nível de higidez física e mental dos nossos selvagens. 

  1. Higiene e eugenia à luz da moral – Gaz. Clín. (São Paulo) 26, n.°s 2 e 3: 180-191; 1928 (2). 

O autor nos fornece o seguinte resumo deste trabalho:

Em contraste com os aspectos experimentais da genética, os de ordem clínica não puderam ser ainda estabelecidos com o rigor de leis naturais. Por isso, o A. tem como ilusória a aplicação dos princípios da genética à legislação médico-social. Estuda rapidamente as causas que interferem na harmonia mental e, portanto, na chamada higiene psíquica. Mostra depois a complexidade que o problema eugênico assume na espécie humana e lembra como se torna difícil apreciar em cada caso clínico concreto o grau de eugenismo ou de cacogenismo. O padrão de eugenicidade há de consistir em qualidades subjetivas e não nas de ordem somática. Recorda que as taras cacogênicas de origem social são inacessíveis à esterilização eugênica e que, por outro lado, pessoas individualmente hígidas podem ser heredologicamente indesejáveis por contar com a avalanche de ascendentes elementos francamente aneugênicos. Daí insurgir-se contra a “esterilização eugênica compulsória”, a qual deve ser substituída pelo trabalho de educação eugênica sistemática. 

  1. De eugenia – Correio Paulistano, 8, 15, 25, 29-9; 9, 15-3; 1928 (3).

Relativamente a este trabalho, o A. apresenta o seguinte resumo:

Nessa série de artigos destinados à propagação dos princípios eugênicos, o A. define o que se deve entender por tipo eugênico relativamente à espécie humana. Depois faz comentários sobre os diversos aspectos antropológicos e biossociais das populações nacionais. Revela-se depois ainda aos princípios da eugenia e à relevância deste ramo ao mesmo tempo biológico e social para o aperfeiçoamento da espécie. Por fim faz ver quais as providências que se deveriam adotar desde logo para solucionar os importantes problemas nacionais da miscigenação racional e da clarificação progressiva da população.

  1. Bases fisiológicas da fisiocultura – Rev. Med. (São Paulo) 12:330-338; 1927 (4).

Mostra que a educação corporal não deve cuidar-se como finalidade, mas antes como meio de aperfeiçoamento étnico. Encarada sob esse aspecto a atividade esportiva deverá ser norteada não pelas preferências individuais, porém ao contrário pela utilidade que os diversos ramos atléticos apresentam em relação ao escopo eugênico. Depois de analisar os princípios científicos que regem o aperfeiçoamento somático mediante a cultura física e a repercussão do exercício físico sobre os diversos setores da personalidade examina, com exemplos concretos, algumas das modalidades esportivas que devem considerar-se “construtoras” e algumas das que seriam condenáveis à luz da eugenia.

  1. Do ambulatório de higiene mental. Colaboração na campanha social – Bol. Hig. Mental (São Paulo) 23:2-5; 1930 (6).
  1. Assistência geral aos psicopatas – Bol. Hig. Mental (São Paulo) 25:1; 1931 (7).
  1. Reeducação de doentes mentais – Bol. Hig. Mental (São Paulo) 25:2; 1931 (8).
  1. Esporte e higiene mental – Bol. Hig. Mental (São Paulo) 25: 3-4; 1931 (9).

Relativamente a estas últimas três publicações, afirma o autor:

Nesses artigos, dedicados a vários aspectos da higiene mental, o A. estuda respectivamente: a) o papel educativo que no ambiente das famílias de doentes mentais os psiquiatras e os auxiliares do serviço social de ambulatórios psiquiátricos devem exercer; b) a necessidade da ampliação, então em via de se organizar em nosso Estado, dos institutos públicos de psiquiatria; dessa maneira, as diversas modalidades da medicina mental terapêutica, preventiva e corretiva poderiam ganhar em extensão e em profundidade, distribuindo-se por organizações várias as tarefas até o momento confiadas unicamente ao Hospital de Juqueri; c) a necessidade de incluir no plano de assistência psiquiátrica instituições capazes de prover as necessidades imediatas dos egresso de hospitais psiquiátricos; o ambulatório de higiene mental e o serviço de investigações sociais permitiriam o satisfatório estudo dos egressos no próprio ambiente, bem como a prevenção de novos surtos; d) a interferência dos princípios de higiene mental no domínio da cultura esportiva, de modo a racionalizar a prática dos esportes e transformá-la em meio de educação eugênica. 

  1. Síndromo do lobo frontal – São Paulo Med. 7, vol. I:167-183; 1934 (11).

As relações entre inteligência e córtex cerebral – principalmente frontal – não estão ainda estabelecidas de maneira unânime, a-pesar-de investigados há vários séculos. O A. lembra em rápido apanhado que isso se deve à complexidade do assunto, à diversidade do espírito científico dominante nas diferentes épocas e da orientação doutrinária dos diversos pesquisadores. Em todo o caso, a diretriz dominante é atualmente a de estudar os fatos pelo aspecto fisiológico e não segundo os conceitos psicológicos. 

Dos numerosos trabalhos contemporâneos, que cita de passagem, ressalta que se pode depreender a existência de verdadeiro síndromo psiquiátrico do lobo frontal. Insiste apenas aos sintomas de “carência de iniciativa” (Mangel an Antrieb) (Kleist) de “desorientação no espaço” (Pierre Marie e Béhague), ao déficit global da inteligência (Anglade), depois na tríade – “amnésia de fixação, apatia, irritabilidade”. Reputa relativamente frequente a ocorrência dessa síndrome em hospitais psiquiátricos: em 144 doentes que observou ao acaso no decorrer de 1933, no Hospital de Juqueri, o A. encontrou 7 casos bem averiguados dessa modalidade.

A gravidade das perturbações mentais não depende da etiologia da lesão nem da natureza do processo patológico, mas da topografia e da extensão dele no cérebro. São esses dois últimos fatores ainda que determinam a fisionomia clínica do síndromo. Nesse estudo o A. segue a doutrina fisiológica segundo a qual as funções intelectuais irredutíveis são a observação – concreta e abstrata, a meditação indutiva e dedutiva, e a expressão – verbal, gráfica e mímica. Não faz aqui a crítica dessa doutrina, o que deixa para outro trabalho, onde mostra que as mais recentes investigações anátomo-clínicas a confirmam. Tais funções são exercidas por órgãos, e não centros, situados na córtex frontal. Mas o desvio delas é também ligado à patologia dos gânglios da base e à das demais regiões da córtex, o que o A. reserva igualmente para discutir em outros escritos.

Analisando as observações pessoais e as constantes da literatura mundial, o A. divide o síndromo do lobo frontal em vários grupos clínicos, que correspondem a diferenças de sede das lesões: mais rara é a sintomatologia puramente intelectual, que pode apresentar aspectos parciais – desorientação alopsíquica (funções rudimentares), autopsíquica mais apatia (funções superiores), desordens da expressão, e enfim aparência demencial (todas as funções do intelecto); em regra ao quadro mental se associam perturbações da atividade (irritabilidade, turbulência, impulsividade, timidez), e da afetividade; simples ou complexo, tal quadro psíquico pode apresentar-se em concomitância a desordens neurológicas: perda de equilíbrio, ataxia, paralisias, parestesias, convulsões epileptiformes.

Nos doentes cuja observação é relatada, a pneumoencefalografia permitiu evidenciar lesões nos lobos frontais, em sedes diferentes para os diferentes quadros psiquiátricos.

  1. As funções do lobo frontal bibliografia – Rev. Neurol. Psiquiatria, São Paulo 1:196-228; 1935 (12)

O A. recapitula os trabalhos que têm focalizado a correlação entre a inteligência e o lobo frontal, desde os primitivos, de ordem filosófica, até os que recorrem à morfologia e à anatomia comparadas; detém-se especialmente nas recentes pesquisas arquitetônicas (Economo, O. Vogt, Rose). Depois de fazer as críticas dos que aceitam o paralelismo e dos que o negam, conclui pela dependência das funções intelectuais para com a região pré-frontal.

Entretanto os dados anatômicos não bastam para conduzi à localização dessas funções. É preciso conhecê-las previamente, isto é, decompô-las nas categorias irredutíveis. Mostra o A. que esta operação custou grandes esforços à coletividade humana, a qual só chegou à conclusão definitiva após séculos de tentativas e de soluções prematuras. Deixa para outro artigo o desenvolvimento dessa questão, e focaliza somente as linhas gerais, quanto à inteligência.

Da Enciclopédia do século XVIII faz derivar as três escolas atuais: a psicológica, a anátomo-clínica e a que recorre ao método subjetivo. Comenta os numerosos trabalhos da escola objetivista, a partir das experiências com a excitabilidade elétrica e as mutilações até as mais recentes observações neuropsiquiátricas de após-guerra. Analisa, também, rapidamente as produções da escola psicológica (as clássicas, as dos psicanalistas, as pavlovianas). Alude a seguir ao rumo que tomaram os estudos anátomo-clínicos, cujo resultado foi demolir a teoria dos “centros cerebrais” (v. von Monakow, Sciamanna, Brugia, entre outros).

Faz ver o A. como os dados objetivos, experimentais e clínicos, ao mesmo tempo que infirmam o “centrismo”, vêm em apoio da terceira escola antes aludida. Esta divide as manifestações da alma humana em sentimentos (afetividade), atividade e inteligência. Neste último domínio, as funções simples são a observação, concreta e abstrata, a meditação – indutiva e dedutiva, e a expressão (linguagem) verbal, gráfica ou mímica. Os órgãos que desempenham essas funções mantêm conexões com os de outras regiões corticais e com os núcleos cinzentos da base, fato que é essencial para se compreender a fisiologia do cérebro. 

Tais órgãos, passíveis de localização, foram situados segundo o método subjetivo, método este que encontra aplicação crescente nas próprias investigações anátomo-clínicas e experimentais. Ele só foi, porém, empregado de maneira perfeitamente científica, sistematizada, por Augusto Comte. O A. mostra como as pesquisas citoarquitetônica e mieloarquitetônicas vêm confirmar as sedes relativas indicadas por aquele filósofo; são analisadas principalmente os estudos anátomo-clínicos de Kleist e de Rose.

Lesões da córtex frontal realizam, conforme a extensão e a topografia, mais ou menos completamente o síndrome do lobo frontal, cuja expressão clínica depende assim dos órgãos atingidos. Devido às conexões anatômicas raramente a sintomatologia é de ordem intelectual exclusivamente. Quase sempre a ela se associam desordens da afetividade, ou da iniciativa, ou perturbações neurológicas. 

  1. Síndromo de automatismo mental de Clérambault – Rev. Neurol. Psiquiatria. São Paulo 1:374-382; 1935 (13)

O A. salienta o grande alcance teórico e o valor prático do síndromo isolado por De Clérambault. Descreve os traços essenciais dessa variedade mórbida, a patogenia e a etiologia, assinalando a seguir as condições gerais adequadas ao estudo dela.

Faz depois algumas restrições a respeito do mecanismo, algum tanto excessivo, bem como sobre a seriação – automatismo, alucinação, delírio. Julga mais acorde à fisiologia cerebral relacionar estes fenômenos ao funcionamento anormal respectivamente de gânglios da base, dos órgãos corticais da observação e dos da meditação. 

O estudo anátomo-clínico de casos típicos de automatismo poderia, segundo crê, fornecer preciosas indicações quanto às funções de certos núcleos cinzentos centrais, bem como subsidiar a terapêutica psiquiátrica.

O presente artigo foi sugerido pela meditação dos casos de automatismo mental que o A. observou no Hospital de Juqueri. Entre 400 alienados que ali examinou no decorrer de aproximadamente 3 anos, 29 exibiam o referido síndromo. Das respectivas observações serão publicadas em excertos, no próximo número nesta Revista, as 20 mais ilustrativas. Vão elas da simples sensação de automatismo até a formação de uma “personalidade segunda”.

  1. Síndromo de automatismo mental de Clérambault. Observações clínicas e comentários. – Rev. Neurol. Psiquiatria, São Paulo 2:1-31; 1936 (14).

O A. crê justificada a sua contribuição pessoal diante da pobreza que apresenta a literatura nacional e sul-americana a respeito do importante síndromo de G. de Clérambaul. Vinte observações feitas no Hospital de Juqueri, são publicadas resumidas. Foram escolhidas entre a vinte e nove que apresentavam este quadro psíquico, em um total de 400 doentes que o A. examinou durante quase 3 anos. Os excertos estão grupados segundo a complexidade crescente dos fenômenos, desse a simples sensação de automatismo até o aparecimento de “personalidade segunda”.

Em um indivíduo encontrou fenômenos ainda não registrados na literatura: são o eco somente da alucinação e a “transmissão invertida” do pensamento, fatos que ensaia explicar de acordo com a doutrina seguida. Nos dois outros houve a organização de uma “personalidade segunda”, porém desprovida do caráter hostil descrito por De Clérambault; o A. mostra que a observação generalizada poderá talvez confirmar a existência desta variedade. 

Em apoio de suas observações o A. procura distinguir, mediante a análise clínica, os casos em que a perturbação se limita aos núcleos cinzentos da base, dos outros em que fere também os órgãos situados na córtex. Baseando-se nos mesmos fatos estabelece distinção entre o “automatismo mental” devido a perturbações intelectuais primitivas e o que diz respeito a distúrbios no domínio da atividade prática. Acredita ter mostrado que os processos mórbidos desta última modalidade condicionam o síndromo de influência exterior. Considera ainda duas hipóteses respectivamente para explicar a sensação de fenômenos intelectuais em regiões extra-cerebrais diversas e para fornecer uma base fisiológica à organização da “personalidade segunda”. 

Os comentários são deduzidos dos fatos clínicos. Na realidade apenas o confronto anatômico em casos análogos poderá esclarecer sobre a objetividade das concepções sobre as quais o A. se apoia, e que são revalidadas pelos estudos anátomo-clínicos pessoais e pelos já estabelecidos na bibliografia. 

  1. Homicídio como reação psicopática em uma septuagenária com lesão cerebral orgânica – Diagnóstico diferencial e conclusões médico-legais (em colaboração com o Dr. Luiz Pinto de Toledo) – Rev. de Neurol. e Psiquiatria de São Paulo, 2, págs. 128-134, 1936. (15)

Trata-se de uma mulher de 77 anos que, recolhida a um asilo de inválidos, aí veio a matar uma companheira de infortúnios, sendo então internada no Manicômio Judiciário do Estado para exame de sanidade mental. 

O único interesse do laudo está em que apesar da extrema escassez de dados referentes aos antecedentes da examinanda a observação direta permitiu aos peritos afastar diversas hipóteses diagnósticas. Eles mostram que é possível estabelecer intra vitam o diagnóstico diferencial entre as psicopatias da senilidade; depois de recapitular as diversas formas mórbidas, decidem-se por alienação devida a lesões cerebrais provavelmente artério-escleróticas, com estado demencial apenas em início.

  1. Reação antissocial (fratricídio) prodrômica de encefalite. Diagnóstico diferencial. Considerações clínicas de ordem localizatória. Conclusões médico-legais(em colaboração com o Dr. J. de Andrade Silva Jr.) – Rev. de Neurol. e Psiquiatria de São Paulo, 2, págs. 246-257, 1936. (16)

O laudo estuda um armênio, de 35 anos, que matou a tiros de revólver o irmão, em cuja oficina trabalhava. Arguido em seguida pelas autoridades policiais prestou declarações verossímeis embora em parte contraditórias. Cerca de 4 meses após entrava para o Manicômio Judiciário do Estado para perícia médico-legal. O quadro mental então assinalado era o de confusão com ideias delirantes de grandeza e ao mesmo tempo com atitudes reticentes. Em fase consecutiva as desordens mentais eram do tipo estúpido; havia, porém, discordâncias de atitudes e mesmo negativismo. Pelo aspecto neurológico notavam-se: tics faciais consistentes em movimentos alternados de enrugamento da fronte com abertura extrema das pálpebras e a seguir contração do sobrecenho; atitude habitual ficada em semi-flexão da cabeça e do tronco; vivacidade de reflexos periósticos, tendinosos e idiomusculares; marcha lenta, sem sincinesia dos braços. Mau estado geral. Exames biológicos sem dados anormais. Embora sem a prova de Jung-Bleuler e a da eterização, então inaplicáveis, os peritos excluem a hipótese de simulação e a de pitiatismo. No segundo mês de internação, surto febril de tipo encefalítico, com as seguintes consequências: aprofundamento da apatia; mutismo total; carência de iniciativa; sitiofobia, espurcícia, intensificação do tic facial; hipertonia, predominante no lado direito, agravamento do estado somático. Algumas semanas depois, reerguimento das condições gerais; desaparecimento do tic facial, despertável só mediante emoção; hipertonia nos membros do lado direito, onde há também vivacidade de reflexos, incipientes atrofias musculares e esboço do sinal de Babinski; carência de atividade prática, negativismo, mutismo, desinteresse pelo ambiente, “apraxia de gesticulação complexa” (Kleist), irritabilidade, atitude de medo. Exames biológicos ainda sem dados anormais. A investigação dos peritos mostrou que seguramente 15 dias após o crime eram já patentes as desordens neurológicas e mentias evidenciadas quando o paciente foi internado no Manicômio Judiciário. Após considerações de ordem clínica no domínio das localizações cerebrais, os peritos concluem que se trata de “encefalite psicótica” de forma subaguda ou crônica, cujo período prodrômico se teria processado na época do crime.

  1. Valor semiológico do automatismo mental de Clérambault. Comentários em torno de alguns casos pessoaisSão Paulo Méd., 9, vol. II, págs. 67-80, 1936. (17)

O A. resume 9 casos pessoais inéditos de automatismo mental para justificar os seus comentários. Procura mostra: (a) que o síndromo merece individualização; (b) que corresponde a funções – normais ou em estado patológico – diversas das que são comprometidas na alucinação; (c) que é possível estabelecer para cada sentido os órgãos a que está ligado o fenômeno de automatismo; (d) que apresenta valor semiológico preciso, utilizável, conforme as circunstâncias, para prognóstico e ainda para orientar a terapêutica em psiquiatria e para ulteriores estudos anátomo-clínicos relativos principalmente aos núcleos cinzentos da base. 

  1. Catalepsia periódica concomitante a fenômenos de automatismo mental e distúrbios neurovegetativos episódicos (Observação clínica, com apresentação de doente) – Reunião neuropsiquiátrica do Hospital de Juqueri, 6-6-1936.

O A. apresenta a observação psiquiátrica de um paciente cujo comportamento exterior se caracteriza pelo autismo habitual e pela carência de iniciativa prática. Depois de expor os dados anamnésticos subjetivos e objetivos analisa o início da doença atual e o quadro psiquiátrico observado pelo A.; salienta aqui, entre os fenômenos intelectuais de incidência periódica, os que se filiam ao automatismo mental de Clérambault. Estes assumem a forma abstrata, de ordem negativa; verbal-auditiva, positiva e inibitória; motora, positiva e negativa; cenestésica, positiva e inibitória. Mostra ainda a incidência de fenômenos cataleptiformes, acompanhados de distúrbios neurovegetativos, os quais somente se objetivam quando se desencadeiam os transtornos perceptivos mencionados; entre os distúrbios neurovegetativos observados menciona sudorese de distribuição especial, tendência à cianose, sialorreia, taquicardia e colapso cardiovascular, periférico. Recorda, finalmente, o significado “localizatório” dos diferentes distúrbios neurológicos e psíquicos, bem como a probabilidade de se filiarem todos, pela concomitância, à mesma sede diencefálica. Para ilustrar a comunicação apresenta 6 esquemas relativos à fisiopatologia de núcleos diencefálicos e do sistema nervoso vegetativo.

  1. Tumor cerebral em menina de 7 anos (em colaboração com os Drs. Vicente Batista da Silva, A. Mattos Pimenta e P. Pinto Pupo) – Assoc. Paulista de Med., Secção de Pediatria, reunião de 19-6-1936.

Os AA. relatam os exames praticados em menina que tiveram oportunidade de observar no Hospital de Juqueri, onde esteve internada. 

Afirmam que apesar de se tratar de observação individual, além disso procedida no período final de grande hidrocefalia, julgam justificada por vários motivos a comunicação:

1°- Ocorria o Síndromo de Simmonds, o que pelos autores clássicos só foi assinalado até hoje 5 vezes na infância;

2°- Embora as neoplasias cerebrais na infância não sejam raras, no caso presente o era;

3°- O neoplasma era representado por duas massas independentes, de aspecto macroscópico semelhante, uma quiasmática e outra no hemisfério cerebral;

4°- Pela história clínica e pelo decurso pensam poder afastar a hipótese de craniofaringeoma e optar pela de glioma; o óbito ocorrera poucos dias antes da comunicação, pelo que não era possível aos autores apresentar os exames histológicos. 

Documentam a comunicação com 3 fotografias da doentinha, radiografia do crânio, 2 chapas de arteriografia cerebral e várias fotografias do encéfalo.

  1. Encefalites “psicóticas” de Marchand. A propósito de um caso médico-legalbibliografia – 11 págs. – A Folha Méd., Rio de Janeiro, 5-10-1936. (20)

O A. salienta a importância das encefalites para o estudo da neurologia e da psiquiatria nos moldes contemporâneos e particularmente para a verificação anátomo-clínica das localizações cerebrais. Estas últimas haviam sido focalizadas de modo prematura, mas agora entram novamente para a fase positiva, fértil, das pesquisas. Para esta orientação contribuiu grandemente o conhecimento das encefalites.

Lembra que além da encefalite epidêmica e de outros tipos já fartamente investigados cumpre considerar as encefalites que Marchand e colaboradores vêm estudando há mais de quinze anos. Faz rápidas considerações sobre os síndromos mentais encontrados nas formas aguda, subaguda e crônica, das encefalites psicótica; depois as estuda pelo aspecto propriamente histológico – quanto ao tipo das lesões e às sedes mais constantes -, pelo lado do sangue e do líquido céfalo-raquidiano, pela evolução clínica particular e pelo caráter nosológico. 

Finalmente cita o conceito de Marchand sobre a ausência de perturbações neurológicas por encefalites “psicóticas”. E discorda desse conceito, apoiando-se nos seguintes dados: (1. °) nas observações em que se basearam Marchand e seus colaboradores; (2. °) nas observações pessoais dessa variedade mórbida que o autor tem estudado no Hospital de Juqueri; (3. °) na acepção algo restrita em que Marchand parece empregar a designação de “neurológicas”.

Para ilustrar suas asserções resume o laudo de um doente que com o Dr. Julio de Andrade e Silva Jr. Observara para efeito médico-legal.

  1. Teoria das funções cerebrais segundo Augusto Comte. Apanhado geralAssoc. Paulista de Med., Secção de Neuropsiquiatria, reunião de 5-11-1936.

Salienta o A. a necessidade de conhecer-se o estado mental normal, o que só é possível mediante princípios científicos precisos e uniformes. A estes requisitos satisfaz plenamente a doutrina cerebral de Augusto Comte. Lembra que o estudo do encéfalo cabe em parte na biologia e em parte na moral, segundo o filósofo francês. Com relação às funções mentais o problema consiste: (1. °) em determinar quais as funções elementares; (2. °) em localizar os órgãos correspondentes. O método seguido por Comte baseia-se na filiação histórica, na verificação comparada através da escala zoológica e na comprovação pela patologia humana. São 3 os grupos principais de funções simples: afetividade (10), atividade (3), inteligência (5). Combinações de várias destas 18 funções representam atividades mentais complexas: memória, imaginação, atenção, vontade etc. Alude a cada uma delas rapidamente. Refere que Augusto Comte se limitou à localização relativa dos órgãos encefálicos; mas as verificações anatômicas finas de Vogt e Brodmann e as anátomo-clínicas de Kleist entre outros, têm demonstrado plenamente o acerto das concepções daquele pensador. 

  1. Tumor cerebral da fossa anterior (meningioma paramediano) em doente sexagenário. Observação clínica e anatômica(em colaboração com o Dr. P. Pinto Pupo) – Arq. Assist. a Psicopatas, São Paulo, I, págs. 57-76, 1936. (22)

Trata-se de um sexagenário internado a 30-1-1930 no Hospital de Juqueri. Um ano antes da internação começara a denotar desordens progressivamente graves no comportamento. A observação direta revelou: síndromo do lobo frontal com aparência demencial variável em intensidade e acrescido de agrafia e apraxia; hipotonia no território inferior facial direito; incoordenação nos membros inferiores e no superior esquerdo; assimetria de reflexos com predomínio dos tendinosos e periósticos à direita e diminuição dos cutâneo abdominais nesse lado; variações e por vezes retropulsão durante a marcha; estase papilar, sem edema, mais acentuada à direita; alterações liquóricas comuns nos tumores endocranianos. 

Feito o diagnóstico de tumor no lobo frontal esquerdo, possivelmente extracerebral, foi a situação precisada pela ventriculografia direta e pela pneumoencefalografia: ventrículo lateral esquerdo desviado para cima e para traz, direito grandemente dilatado em toda a extensão. O estado somático não permitia tentar então a intervenção cirúrgica. Óbito a 1-4-1936. Necrópsia: meningeoma paramediano na fossa orbitária; edema na córtex e no centro oval esquerdos; degeneração maciça de feixes longos no hemisfério esquerdo e, em consequência a focos de desintegração, de algumas vias longitudinais no direito. Baseados no estudo histológico minucioso procuram os autores estabelecer as correlações anátomo-clínica comportáveis no caso.

  1. Tumor do ângulo pontocerebelar com estase papilar tardia(em colaboração com o Dr. G. Junqueira Franco) – 7 figs. – 2 pranchas estereoscópicas – bibliografia – Arq. Assist. a Psicopatas, São Paulo, 1, págs. 77-89, 1936. (23)

Os autores apresentam o caso de um paciente com grande neoplasia do ângulo pontocerebelar, no qual a estase papilar só aparecera cinco dias antes do óbito: fato este que se explicava pela ausência do síndromo de hipertensão endocraniana. A finalidade do trabalho é chamar a atenção para este sinal objetivo importante o qual, todavia – embora raramente – pode faltar nos tumores da fossa posterior.

A necrópsia revelou hidrocefalia interna incipiente, sobretudo ao nível do 3. ° ventrículo, o que vem mais uma vez mostrar o mecanismo da estase papilar. Os autores encaram principalmente este papel patogênico.

Pelo aspecto neurológico tratava-se de síndrome piramido-extrapiramidal mais acentuado do lado oposto ao do neoplasma. O paciente fora internado no Hospital de Juqueri, onde os A.A. o examinaram.

Baseando-se ainda na observação pessoal e mormente no grande número de citações encontradas na literatura da especialidade julgam ter trazido algum esclarecimento a este problema, que tão de perto interessa à neurooftalmologia.

  1. Campos arquitetônicos do lobo frontal e funções da inteligência. Resumo anátomo-fisiológico crítico. Ensaio clínico baseado em observações pessoais26 figs. 1 em cores – bibliografia – Rev. de Neurol. e Psiquiatria de São Paulo, 3, págs. 131-161, 1937. (24)

O autor põe a questão da possibilidade de se localizarem anatomicamente as funções da inteligência e responde-a afirmativamente. Lembra que para esse efeito o método mais adequado é o anátomo-clínico e procura analisar as causas que têm levado os pesquisadores a conclusões grandemente variáveis, apesar de aplicarem o mesmo método de estudo. A principal dessas causas é não se levarem suficientemente em conta as ligações que a córtex do lobo frontal contrai com as demais partes do encéfalo, segundo procura demonstrar. 

Descreve resumidamente a estrutura fina do lobo frontal, comparando as áreas citoarquitetônica de Campbell e principalmente as de Brodmann e de Economo e Koskinas; da distribuição mielográfica de Flechsig passa para os campos mieloarquitetônicos de Vogt, que confronta aos de Brodmann e Economo.

Cita as experiências de excitação elétrica de Förster e as eletroencefalográficas de Kornmüller, passando em seguida à patologia cerebral de guerra. Analisa então as conclusões de Feuchtwanger e se detém principalmente nas de Kleist. 

Apresenta o conceito pessoal sobre a “carência de iniciativa”, a “apraxia de gesticulação complexa” e as “perturbações alógicas do pensamento”, de Kleist. Assinala a notável concordância – quanto à convexidade da córtex frontal – entre localizações demonstradas objetivamente por Kleist e as que Augusto Comte propusera em 1850, baseado no método subjetivo.

Para finalizar lembra que entre os doentes observados pelo autor no Hospital de Juqueri ocorre frequentemente o síndromo do lobo frontal, quer puro, quer acompanhado de desordens neurológicas. Apoiado nos seus casos pessoais julga poder distinguir o síndromo primitivo do cérebro frontal e o que resulta de lesões parieto-temporais. Para documentar esse fato reproduz muito abreviadamente os dados principais de 10 observações e os confronta com os da pneumoencefalografias respectivas. 

  1. Lesões casuais e lesões sistemáticas do cérebro nas doenças mentais40 figs. – bibliografia – Arq. Assist. a Psicopatas, São Paulo, 2, págs. 191-217, 1937. (25)

O A. salienta a importância semiológica e mesmo terapêutica dos conhecimentos anátomo-patológicos hoje acumulados a respeito das doenças mentais. 

Menciona as causas que têm dificultado a sistematização de tais dados: perturbações mentais chamadas endógenas, desordens consideradas funcionais, outras devidas a repercussão anatômica ou fisiológica, e finalmente a ausência possível de distúrbios em caso de lesões cerebrais mesmo extensas. Explica assim a diversidade de interpretação das diferentes escolas psiquiátricas, cujas concepções enumera rapidamente. 

Mostra como podem conciliar-se os fatos à luza da fisiológica cerebral; examina esta quanto aos elementos anatômicos propriamente e as condições fisiológicas principais, concluindo que as funções correspondentes aos diferentes órgãos do encéfalo representam fenômenos de categoria especial, regido por leis naturais particulares.

Explicam-se assim as variações mentais conforme a raça, o sexo, o indivíduo, por um lado; e por outro, os tipos de reação psicótica e a chamada “estrutura das psicoses”.

Alude, a seguir, às doenças mentais dinâmicas ou funcionais; e depois às de caráter irregressível, onde considera os sintomas locais e à distância, sejam eles funcionais assim chamados ou anatômicos.

Depois de mostra que as doenças dinâmicas são passíveis de tornar-se lesionais e que o mesmo pode suceder com os distúrbios expressos pelos sintomas, passa aos casos clínicos que constituem o motivo central da presente exposição.

Para documenta o trabalho o autor escolheu 12 fotografias de peças anatômicas referentes a observações pessoais e 20 cópias de pneumoencefalografias relativas a outros casos clínicos também de observação pessoal; todos os pacientes foram internados no Hospital de Juqueri, em cujo Arquivo Clínico figuram os protocolos em extenso.

  1. Contribuição para o tratamento convulsivante nos esquizofrênicos – I: Tentativa de explicação para os resultados. – 2 figs. – bibliografia – Arq. Assist. a Psicopatas, São Paulo, 2, 391-450, 1937. (26)

A presente comunicação inicia uma série, no total de 9, em que o autor relatará estudos que empreende desde o ano p. passado, sobre o assunto. 

Alude às medidas sistemáticas que emprega no estudo dos doentes: verificação do tipo clínico pela análise detida dos dados pré-mórbidos e da história clínica; observação psiquiátrica pelo test de Rorschach inclusive; tratamento prévio desintoxicante e piretoterápico; pneumoencefalografia; exames hematológicos minuciosos; análise completa do líquor céfalo-raquidiano; pode assim afirmar o diagnóstico da esquizofrenia e excluir a hipótese de remissão espontâneo ou casual.

Mostra que o método definitivo de von Meduna é o que mais convém para hospitais fechados e o mais facilmente aplicável em larga escala; e isso não só por não causar lesões no sistema nervoso central e por não ter contraindicações especiais, mas ainda porque dispensa a atuação psicológica do ambiente. 

A doutrina que adota sobre as funções cerebrais, os casos anátomo-clínicos acumulados na literatura psiquiátrica e finalmente os de sua observação pessoal permitem ao autor analisar os diversos quadros esquizofrênicos à luz da patologia cerebral. Julga poder distinguir aí 3 tipos: (1) desordens primárias da atividade; (2) desordens primariamente intelectuais; (3) distúrbios afetivos primários; em todos os tipos o caráter exterior fundamental é dado pelas perturbações da atividade. Descreve esses tipos em traços gerais e lembra que correspondem respectivamente às seguintes sedes primárias: (1) parieto-temporal; (2) parieto-occipital; (3) frontal. A forma lesional oferece caracteres histológicos típicos, que expõe; mas é a localização do processo que, a seu ver, confere a expressão clínica. 

Estribado nos mesmos dados acima referidos interpreta a insulina e o cardiazol como os medicamentos mais adequados para o tratamento; e expõe a sua concepção pessoal sobre a ação diversa de ambos: a insulina normaliza as funções de atividade agindo mediante o choque visceral, as regulações vegetativas diencefálicas e finalmente o instinto de conservação; o cardiazol chegaria ao mesmo efeito atuando diretamente sobre a córtex cerebral. Recorda então os trabalhos sobre a diversidade de respostas ante o “eletroencefalograma”, bem como a da composição química, a do “metabolismo intermediário” e a ação de vários medicamentos, conforme a área encefálica considerada. 

Essa maneira de encara a questão da esquizofrenia – articulando os dados psicológicos, psicopatológicos e localizatórios – permite-lhe, segundo crê, dois tipos de deduções de interesse prático: (a) interpretar o mecanismo de ação do choque insulínico e do cardiazol; (b) distinguir nos casos concretos qual deles deve ser o indicado. Chega assim às seguintes conclusões: (1°) O tratamento de von Meduna encontra indicação particular: (a) nos esquizofrênicos de tipo catatônico com deficiência predominante de iniciativa; (b) nos de tipo paranoide; (c) nos hebefrênicos; (2°) O choque insulínico deve ser aplicado especialmente: (a) nos da forma chamada “demência precoce”; (b) nos da catatonia ou da paranoide, quando predominam a hipercinesia, a incoordenação motora, a instabilidade intelectual; (c) nos esquizofrênicos em que dominam as desordens da afetividade; (3°) Se os transtornos não são recentes ou se o ambiente não se presta à reeducação psicológica, será preferível recorrer primeiro ao tratamento de von Meduna. (4°) O tempo de doença, para efeito de prognóstico, apenas vale como probabilidade de as lesões cerebrais já serem irremovíveis. 

  1. Das leis estáticas e dinâmicas da inteligência. Aplicação à patologia mental – bibliografia – Arq. Assist. a Psicopatas, São Paulo, 2, 571-582, 1937. (27)

Em complemento a comunicações anteriores, nas quais tem apreciado a influência das lesões encefálicas nos diversos quadros psiquiátricos, o A. relembra agora as leis que regem o funcionamento intelectual no estado hígido e no estado patológico.

Depois de frisar o conceito das localizações cerebrais segundo a doutrina que segue, passa a analisar as condições normais da inteligência. Alude aos fenômenos do mundo objetivo, como estímulo, alimento e regulador das funções intelectuais, mediante as vias sensoriais diversas. Recorda, então, os cinco atributos simples que constituem a inteligência (contemplação, concreta e abstrata; meditação, indutiva e dedutiva; expressão); e reproduz o enunciado das 3 leis estáticas e das 3 dinâmicas, estabelecidas por Augusto Comte em relação ao entendimento humano.

Finalmente exemplifica os diferentes estados mórbidos ocasionados pela ruptura das condições normais enumeradas. Passa em revista, previamente, o tipo mental da infância e do estado selvagem, depois a atividade psíquica durante o sonho; em seguida refere-se aos distúrbios de tipo esquizofrênico, depois aos do quadro paranoico, depois ainda ao síndromo de Clérambault e às alucinações para enfim deter-se um pouco em relação a certos particulares que surgem em neuroses e no mecanismo da psicanálise.

  1. Perversão de instintos e do caráter, consequente a encefalite epidêmica na infância. Homicídio. Considerações clínicas de ordem localizatória. Conclusões médico-legais(em colaboração com o Dr. Luiz Pinto de Toledo) – 1 fig. – bibliografia – Arq. Assist. a Psicopatas, São Paulo, 3, págs. 31-52, 1938. (28)

Trata-se de um indivíduo que assassinara na via pública, altas horas da noite, a uma mulher com quem casualmente se encontrara pouco antes. Conduzido horas depois à Polícia Central passou a alegar obstinadamente que de nada se recordava desde pouco antes de cometer o crime até o momento em que fora encarcerado. Ao exame psiquiátrico procedido naquele departamento persistia na alegação, a qual pareceu defensável porque a prova da hiperpneia determinou então convulsões, precedidas de estado crepuscular. Foi então internado no Manicômio Judiciário do Estado para exame de sanidade mental. 

A observação psiquiátrica prolongada, a prova da hiperpneia, repetida em condições plenamente satisfatórias e a do cardiazol em doses supraterapêutica segundo von Meduna, permitem aos atuais peritos excluir a hipótese de epilepsia; ao mesmo tempo a verificação dos sinais oculares e a análise dos antecedentes pessoais e sociais do criminoso os autorizam a diagnosticar encefalite de von Economo ocorrida na infância. Mostram que a pretendida amnésia não tem os caracteres do equivalente epilético nem os da intoxicação pela diamba (maconha) – de que o observando se diz fumador – e aludem rapidamente ao tipo psiquiátrico devido à encefalite na infância. Comentam em seguida os acidentes ocorridos durante aprova da pneumoencefalografia, os quais os conduzem a considerar lesados os núcleos cinzentos circunjacentes ao 3. ° ventrículo; esses fatos, bem com a diversidade de ação da hiperpnéia e a negatividade da prova do cardiazol, são analisados rapidamente à luza da fisiologia cerebral. Concluem então que o paciente apresenta perversão de instintos e de caráter consequente a encefalite epidêmica na infância.

O homicídio foi cometido em plena consciência, como reação habitual do observando; porém esse modo de agir traduz o feitio mórbido da personalidade e como consequência o observando deve permanecer internado no Manicômio Judiciário.

  1. Diretrizes para a escolha entre o coma insulínico e o choque convulsivante no tratamento de esquizofrênicos – Contribuição clínica pessoalJorn. Sul-amer. de Medicina e Especialidades. – Bibliografia – Arq. Assist. a Psicopatas, São Paulo, 3, págs. 53-65, 1938. (29)

Depois de salientar as divergências dos resultados até agora obtidos com ambos os métodos, na literatura mundial, o A. lembra que o principal fator das discordâncias consiste na diversidade das manifestações clínicas dos pacientes respectivos. É para este aspecto que chama a atenção: e refere que a seleção dos doentes para cada um desses métodos é possível à luz dos fatos clínicos. Resume o conceito pessoal sobre a ação dos dois métodos de tratamento, conceito esse que se baseia no estudo da fisiologia e da patologia do cérebro e que expôs pormenorizadamente em outro trabalho (Arquivos de Assist. a Psicopatas, São Paulo, II, 319-450; 1937). Não se limita a distinguir nos esquizofrênicos apenas a forma fundamental (simples, paranoide, catatônica, hebefrênica) mas procura verificar, dentro de cada um, a esfera psíquica mais atingida em cada caso concreto; a justificação dessa análise clínica acha-se no aludido artigo. 

Segundo o que pode estabelecer, são mais indicados para o tratamento convulsivante os esquizofrênicos que habitualmente apresentam embotamento simples da iniciativa, os desinteressados pelo meio ambiente, sem espontaneidade para falar; e aqueles cujas desordens afetivas consistem principalmente no embotamento, na agressividade, no negativismo. O choque insulínico seria mais propício aos doentes em que aparecem perturbações graves dos instintos, com ambivalência afetiva ou intelectual; àqueles em que predominam a hipercinesia ou a paracinesia; enfim àqueles cujos transtornos intelectuais não resultam só de deficiência de iniciativa. A experiência pessoal do A. a esse respeito tem sido confirmada implicitamente por trabalhos clínicos e experimentais da literatura psiquiátrica. Foi por isso que se resolveu expor suas ideias pessoas, dada a relevância capital do problema terapêutico aí referido. 

  1. Tratamentos modernos nos esquizofrênicos, em comparação com os métodos de rotina. Resultados estatísticos em duzentos casos pessoais. – Neurobiol. (Recife) 1:327-342; 1938 (34)

O A. lembra que na aplicação dos processos de von Meduna e de Sakel para o tratamento de esquizofrênicos pode ocorrer certo número de causas de erro, as quais não têm sido afastadas pelos psiquiatras em geral. Salienta apenas a diversidade de conceitos teóricos sobre as esquizofrenias, a possibilidade de remissão espontânea dos pacientes tratados e a viabilidade de outros meios medicamentosos.

Julga por esse motivo que possa ter interesse o estudo do material clínico pessoa, em cuja análise procura evitar aquelas causas de erro ao interpretar os resultados. Desde 1932 até o presente medicou pelos métodos comuns 240 esquizofrênicos, dos quais apresenta 200. Desse total obtiveram remissão completa, com alta, 18 doentes e melhoras acentuadas 15. Donde a proporção de 16,5% de melhoras duradouras. Somente depois que os meios comuns se mostraram ineficientes é que o A. aplica aos esquizofrênicos os métodos novos. Assim, daquele total de 200 passaram depois 40 pelos tratamentos: convulsivante – 35 – e hipoglicemiantes – 5. As remissões conseguidas desta forma foram em número de 14 e as melhoras acentuadas 11. Resultados apreciáveis, portanto, em 25 para 40, isto é, em número quatro vezes superior ao dos métodos usuais.

Nos pacientes a que se refere fica assim afastada não só a possibilidade de remissão espontânea (só 2 foram medicados no 1. ° semestre) como também a de êxito com outros processos, pois que todos haviam sido submetidos ao tratamento de rotina. Também não variaram as condições de ambiente e de observação, nem sequer o material clínico. 

  1. Doença de Alzheimer sob a forma de apraxia construtiva, alexia, agrafia e amnésia verbal (Observação clínica pessoal). Etiopatogenia dos sintomas. – Assoc. Paulista de Med., Secção de Neuropsiquiatria, reunião de 5-2-1938.

Trata-se de paciente observado pelo autor, no Hospital de Juqueri, desde 1937. Conta atualmente 62 anos e está doente há 7. O que motiva a apresentação do caso clínico é em primeiro lugar a raridade da incidência mórbida em si, no nosso meio; depois o fato de aparecerem aí fenômenos psíquicos que constituem verdadeira verificação experimental quanto a áreas corticais bem definidas; finalmente a particularidade de a perturbação capital ser passível de registro cinematográfico.

Chama a atenção para o tipo particular de apraxia, o “de construção”, para a alexia, que foi sintoma de início e para a perda total de localização neurológica no espaço real; fato este último que contrasta com a conservação do “esquema do corpo”, o que o filme respectivo demonstra. Discute os sintomas clínicos à luz da carta cerebral de Kleist e admite como atingidos os campos 40, 39, 10, provavelmente também o 18, todos de Brodmann; a região sobretudo lesada seria a parte superior de cada campo. Salienta a veracidade clínica das divisões funcionais que, segundo Kleist, correspondem a essas diferentes áreas. Projeta autógrafos do paciente e um esquema dos campos histológicos (Brodmann) que supõe interessados no processo. 

Alude, finalmente, aos elementos para diagnóstico diferencial com outros tipos de doença da senilidade. 

  1. Contribuição para o tratamento convulsivante nos esquizofrênicos – II: Modalidades do acesso provocado. Análise das observações pessoais à luz da patologia cerebralAssoc. Paulista de Med., Secção de Neuropsiquiatria, reunião de 5-4-1938.

O autor acredita ter encontrado na análise cuidadosa das convulsões provocadas elemento para orientar com certa segurança a prática do método de von Meduna. Como até agora não apareceu na literatura médica nenhum trabalho dedicado especialmente a essa questão, a seu ver fundamental, chama a atenção para o assunto, baseando-se nas observações pessoais.

Descreve no ataque completo (denominação acorde à de von Angyal e Gyarfás) 4 fases sucessivas, cada uma com fenômenos particulares dignos de estudo. Depois alude à forma abortiva e ao modo de reação psíquica dos doentes ante cada uma dessas eventualidades. Em seguida estuda cada fase de per si, assinalando principalmente os complexos fenômenos da fase preliminar, da tônica e da clônica; os da 4. ° fase, post-paroxística, serão estudados na próxima comunicação. Esses diversos fenômenos em si variam de doente para doente, mas no mesmo indivíduo obedecem sempre ao mesmo tipo: daí a importância semiológica, segundo crê o autor ter observado. Cotejando as variações individuais dos fenômenos tônicos e motores identificou nos seus pacientes, até agora, 12 tipos distintos de ataque. 

Refere rapidamente a interpretação localizatória desses fenômenos quanto à fisiologia cerebral, analisando-os quer quanto ao tipo, quer quanto à sucessão, em presença da carte cerebral de Kleist e do esquema de Foerster. Depois mostra de que forma as várias fases do ataque, no mesmo paciente, se modificam no decorrer do tratamento: donde atribuir significado prognóstico a esse fato. Procura explicar também esta particularidade à luza da fisiologia e da patologia cerebrais e mostrar a eficácia de tal orientação teórica para nortear a prática clínica. Acredita que já dispõe de elementos não só para avaliar a melhora dos pacientes, mas também para ajuizar o grau da remissão e mesmo a veracidade dela. Os estudo pessoais não estão ainda concluídos, mas julga de seu dever comunicar os fatos que já pode observar. 

  1. Contribuição para o tratamento convulsivante nos esquizofrênicos – III: Distúrbios de percepção e de expressão desencadeados pelo choque convulsivante; ensaio clínico localizatório baseado nas observações pessoaisAssoc. Paulista de Med., Secção de Neuropsiquiatria, reunião de 5-9-1938.

Prosseguindo em suas contribuições para o método convulsivante o A. localiza alguns fenômenos que ainda não viu registrados na literatura correspondente e que julga de grande interesse para o tratamento de esquizofrênicos segundo o processo de von Meduna. Estuda primeiro as percepções patológicas de caráter positivo, quer na fase de ataque provocado, quer na quarta fase: automatismo mental de Clérambault – 3 pacientes, alguns em ambas as fases; distúrbios sensoriais elementares – 3, apenas na 1.ª fase; cenestopatias, na 1.ª fase – 3 pacientes; alucinações cenestésicas prováveis, na 4.ª fase somente – 5 doentes; alucinações auditivas, que o A. julga indubitáveis, – na 1.ª fase em 5 doentes e na última em 33. Depois refere as de ordem negativa; na fase inicial, escotoma negativo – 2 observandos; perda do esquema do corpo, em 2 também; total inexcitabilidade sensorial, em 20 doentes; na 4.ª fase incapacidade de compreensão de frases, transitória, em 35 doentes; amnésia retro-anterógrada, em 3; finalmente, inexcitabilidade integral, mas temporária, em todos os 40 pacientes que estuda na presente comunicação. Relata a seguir os fenômenos de expressão, alguns deles muito curiosos: gestos hipercinéticos, nem sempre ritmados em 35; quanto à mímica, fácies de pavor em 30 pacientes, acompanhada de ansiedade em 25; estereotipias diversas em 20; movimentos de preensão em 4; mascar forçado e movimentos rítmicos de engolir, em 3; gesticulação imposta e complexa, em 3; carfologia em 1 e tic facial intenso em outro; no domínio da articulação verbal pode anotar: ecolalia em 2 doentes; apraxia verbal, tipo parafásico em 2; palilalia de tom crescente e de caráter litânico, em 5; assobio ou canto de modas populares, em estado de total inconsciência, em 1 doente e choro e gemido, também sob inconsciência, em 5; disartria imediatamente ao despertar, em 3 e finalmente anartria, na mesma situação, em 37. Tais fenômenos constantes em cada doente, surgem na fase final e na inicial do acesso, bem como na incidência do ataque incompleto ou abortivo e se mostraram ao todo em 37 indivíduos. 

Relaciona a ocorrência de ambas as classes de fenômenos com a reação fisiológica de áreas do cérebro humano (aspecto localizatório do estudo do A.), depois com o tipo clínico dos pacientes (aspecto semiológico) e finalmente com a evolução favorável ou desfavorável do tratamento (aspecto prognóstico). Assinala em particular este último aspecto, lembrando que o psiquiatra terá assim – pelo estudo dos fatos que regista o A. – critério objetivo para avaliar a realidade da melhora ou da remissão do esquizofrênico.

Ilustra a comunicação projetando um esquema fisiológico do cérebro.

  1. Importância das concepções localizatórias para a neuropsiquiatria e particularmente para as intervenções no cérebroI Congr. Paulista de Neurol., Psicol., Psiquiatria, Endocrinol., etc., São Paulo, 27-7-1938.

Alude muito rapidamente ao problema das localizações cerebrais e lembra a acepção mais acertada com relação a elas: a acepção “organológica”. Tal modo de ver explica a possibilidade de sintomas psíquicos locais como reação a distúrbios gerais e a de sinais psíquicos à distância como sequência de lesões anatômicas focais.

Resume então o quadro psiquiátrico do lobo frontal, em que distingue do grupo frontal propriamente dito o grupo orbitário; e depois o quadro neurológico do lobo frontal, onde também distingue os sintomas intrínsecos e os frontais de origem cerebelar. Mostra que tanto o síndromo neurológico quanto o síndromo psiquiátrico carecem de valor localisatório quando ocorrem isoladamente; e que adquirem valor preciso quando associados. Para documentar resume quatro observações anátomo-clínicas pessoais (um de atrofia circunscrita e 3 de tumores intracranianos). 

Passa em seguida ao síndromo psiquiátrico e ao síndromo neurológico ligados a alterações anatómicas da região parieto-temporal. Também aqui estuda os quadros locais e os de repercussão frontal, mostrando como se podem distinguir entre si. Vale-se, ainda aqui, de observações pessoais (1 psiquiátrica e 2 anátomo-clínicas), que resume e documenta.

Depois lembra os quadros psiquiátricos e neurológicos peculiares à região-parieto-occipital. Mostra que aí os sintomas psíquicos tomam o primeiro plano. E cita, para exemplo, uma observação pessoal de lesão cerebral em foco. 

Apresenta apenas as observações que pode documentar com precisão, para mostrar a frequência com que acorrem sintomas localizatórios no campo da psiquiatria; mas o número de doentes em que os tem observado é elevadíssimo. 

Recorda em poucas palavras as concepções de Kleist, sobre a patologia cerebral; e frisa que o conhecimento desses fatos é fundamental para o psiquiatra, principalmente quando há necessidade de intervenção no cérebro.

A comunicação é documentada com 28 projeções relativas a radiografias e peças anatômicas, com duas fotografias estereoscópicas e com três peças anatômicas, todas relativas a observações pessoais.

  1. Alterações não meta-luéticas do líquido céfalo-raquidiano em doentes mentais. Ensaio de sistematização clínica – (em colaboração com o Dr. J. Be. Dos Reis) – I. Congr. Paulista de Neurol., Psicol. Psiquiatria, Endocrinol., etc., São Paulo, 27-7-1938 – 1 tabela – bibliografia – 51 págs. – Brasil-Méd., 53, n.ºs 15, 16 e 17, de 8, 15 e 22 de abril, 1930. (35)

Os AA. põem em foco as alterações do líquor que encontraram em pacientes internados no Hospital de Juqueri e que não pertencem ao grupo da neuro-sífilis em qualquer de suas fases. Dividem o material de observação em duas categorias: encefalite psicótica tóxica ou infecciosa e alterações por arteriosclerose cerebral. São ocorrências de grande importância quanto ao diagnóstico, ao prognóstico e principalmente ao tratamento; entretanto, fazem ver, escasseiam dados a este respeito na literatura mundial. Só estão sistematizados os estudos dos quadros neuroluético, meningítico e tumoral, que analisam rapidamente. 

Depois de descrever o quadro do líquor normal segundo a experiência pessoal dos AA. Fazem ver que é mister proceder sistematicamente em todos os doentes, ao exame completo dos dados liquóricos que oferecera interesse clínico. Ao fato de não ser atendido este particular é que atribuímos a carência de dados da literatura médica. 

Estudando as alterações encontradas lembram o mecanismo imediato de produção delas. Passam então em revista as observações clínicas relativas ao assunto, limitando-se apenas àquelas de que têm documentação completa. Dividem-nas em 3 grupos: (1) encefalite psicótica de Marchand, de origem infecciosa (8 casos); encefalite psicótica de Marchand, de origem tóxica (5 casos); amolecimento cerebral (5 casos). Confrontam os protocolos clínicos e os dos exames do líquor, tecendo, para finalizar, alguns comentários a respeito das observações.

  1. Ensaio de psicopatologia no choque convulsivante. Aplicação de importância prática imediata. 2.ª Reunião Jorn. Neuro-Psiqu. Panamer., Lima, Tomo II:578-586; 1939 (40)

Estudo baseado em 55 pacientes do material “esquizofrênico” pessoal do autor, aos quais tem tratado pelo método de von Meduna. Não se detém na descrição dos fenômenos psíquicos, o que já fez em outros trabalhos. Procura somente metodizar a exposição dos fatos e mostra as consequências de ordem prática deles. 

Refere primeiro os distúrbios expressivos (mímica facial, gestos paracinéticos ou hipercinéticos, gestos coordenados ou simbólicos, elocução verbal), depois as desordens perceptivas (esteroceptivas e proprioceptivas, automatismo mental de Clérambault, alucinações auditivas, visuais e cenestésicas), a possibilidade de fixação e evocação mnemônicas. Passa para as perturbações da elaboração, evidenciáveis nas fases pré-paroxísticas e post-paroxística, bem como à distância e, a seguir, para as de compreensão (torpor, estado crepuscular, inconsciência total) quer da fase prévia, quer da fase terminal do ataque. 

Menciona finalmente a reação global do psiquismo ante o choque provocado, analisando o comportamento afetivo e prático dos doentes (angústia, pavor, recusa absurda ou coordenada, agitação crepuscular), bem como a atitude consciente fora dos acessos terapêuticos; e lembra ainda a exteriorização de desordens ocultadas (alucinações, conceitos delirantes) ou então subconscientes, ao que atribui também função curativa. Assinala a grande importância semiológica e sobretudo prognóstica desses fatos, até hoje não publicados pelos autores que se ocupam com o método convulsivante. 

  1. Valor dos sinais neuropsíquicos para o diagnóstico topográfico das lesões cerebrais em foco. Observação pessoal, clínica e anatômica. – Assoc. Paulista de Med., Secção de Neuropsiquiatria, reunião de 5-11-1938.

O A. faz a revisão do síndromo psiquiátrico devido à lesão anatômica do lobo frontal, salientando que, conforme esta se limite à córtex ou atinja a profundidade do lobo, podem diferir os sintomas. Mostra ainda que é preciso distinguir dos sintomas originados na convexidade propriamente dita os sintomas ligados a alterações da região orbitária. 

Refere que o problema tem sido mal focalizado pelos AA. Em geral, os quais atribuem maior importância localizatória aos sinais neurológicos do que aos psiquiátricos; entretanto a maioria daqueles não permite precisar se a lesão é frontal ou cerebelar, ou têmporo-polar ou orbitária. Daí a orientação pessoal que o A. segue no estudo dos doentes e que expõe, porque representa recurso de grande utilidade; quando ocorrem sintomas neuropsicológicos localizatórios a existência ou não de sintomas psíquicos é que decide sobre a sede suspeitada. 

Expõe, como exemplo, o caso de um paciente suspeito de tumor cerebral, que recentemente observou no Hospital de Juqueri. De acordo com a orientação que adota, diagnosticou como sede a região orbitária do hemisfério esquerdo e supôs que o neoplasma fosse extra-cortical e apenas comprimisse o lobo frontal. Lamentavelmente não puderam ser feitas as provas neurocirúrgicas, nem oftalmo-neurológicas, nem as rino-neurológicas. O paciente faleceu 1 mês após a internação e a necrópsia confirmou ponto por ponto as hipóteses clínicas quanto à sede e à posição do tumor. 

Documenta a comunicação com uma radiografia de crânio, 3 fotografias do cérebro e 6 microfotografias relativas ao neoplasma (meningeoma). 

  1. Pelos métodos de von Meduna e de Sakel, mas contra a aplicação deles como tratamento inicialAssoc. Paulista de Med., Secção de Neuropsiquiatria, reunião de 5-12-1938.

Depois de lembrar o valor positivo dos recentes tratamentos nos esquizofrênicos, o A. mostra que é indispensável modificar o sistema atualmente em vigor quanto aos estudos estatísticos nesse domínio; condena o fato de se iniciar imediatamente após o início dos distúrbios, o método de Sakel ou o de von Meduna, tanto quanto o de se estenderem esses tratamentos a pacientes de outras variedades mórbidas onde há outros processos eficientes. 

Refere os resultados que tem obtido com o método convulsivante, ainda em estudo: entre 40 pacientes, dos quais 10 ainda se acham no início do tratamento. Já obteve 11 remissões integrais e 13 parciais; entretanto nenhum doente contava menos de 8 meses de doença; havia 5 com 1 ano, 14 entre 1,5 e 3,5 anos. 10 entre 4 e 7 anos, 2 com 8 anos, 1 com 10 anos e 2 com 13 anos de doença. Nenhuma forma psicogenética, nenhum surto anterior remitido. O A. faz notar que exclui sistematicamente de seu material de observação esses casos. Assim, não foram tratados por esse processo 22 pacientes: 6 tipicamente esquizofrênicos, tiveram alta com outros métodos; 10 porque haviam remitido em outros surtos, não foram incluídos no tratamento e também obtiveram alta sem ele; finalmente 6 apresentavam o quadro esquizofrênico por encefalite de Marchand, dos quais 4 obtiveram alta. Donde se seguisse o sistema geralmente adotado, se segue que obteria “com o método” 31 remissões integrais em 62 pacientes ao invés de 11 em 40.

Insurge-se contra a aplicação imediata dos métodos em apreço, (1°) porque isso falseia os resultados para melhor, induzindo em erro a apreciação de processos que ainda não estão definitivamente comprovados; se for julgado indispensável o emprego do método, o paciente respectivo que não figure nas estatísticas. Também se volta contra esse procedimento por achar que pode assumir o caráter de desumano: podem ocorrer acidentes graves como luxações, fraturas, fraturas e luxações combinadas, o que impossibilita de prosseguir no tratamento: apresenta a propósito casos pessoais. Ainda por este mesmo motivo, combate: (a) a aplicação dos métodos em outras modalidades mórbidas em que há outros recursos; (b) a aplicação do tratamento convulsivante em ambiente de ambulatório. Como acidentes graves, mas que não teve ocasião de observar pessoalmente, lembra os casos de “psicose post-insulinoterápica” (Pacheco e Silva), desordens neurológicas irremovíveis e mesmo a morte. 

  1. Influência real do tratamento convulsivante sobre o psiquismo esquizofrênico. Três casos de aparente recidiva.Assoc. Paulista de Med., Secção de Neuropsiquiatria, reunião de 6-2-1939.

Procura mostrar que, qualquer que seja o mecanismo de ação do método de von Meduna, a eficiência pode comprovar-se pela modificação acentuada do psiquismo, mesmo que sobrevenha recaída ou que o paciente não atinja a remissão. Como exemplo, refere em resumo o decurso terapêutico de três esquizofrênicos do material clínico pessoal. 

O primeiro, de tipo catatônico hipocinético, obteve remissão integral pelo método depois de terem sido inúteis os tratamentos habituais. Decorridos 2 meses da alta, foi o paciente reinternado no Hospital de Juqueri com quadro alucinatório agudo, agitado. A segunda observação, igualmente do autor, pode comprovar que se tratava de encefalite psicótica infecciosa aguda, gripal, testemunhada pelos exames liquóricos, pela anamnese e pelo decurso. Passado o episódio o paciente retomou as condições integrais pré-psicóticas e post-terapêuticas. 

O seguindo, igualmente catatônico hipocinético, igualmente remitido só depois de ser submetido ao choque convulsivante, recaiu depois de onde meses. Clinicamente tratava-se de forma “lesional” conforme o assinalara a 1ª observação. Os sintomas hipocinéticos não mais reapareceram, segundo a família e segundo o próprio paciente, que reconhecia a recidiva como tal.

No terceiro caso a forma mental era paranoide com carência de iniciativa e a remissão, integral, só se obteve depois da série de convulsões provocadas. No quadro predominavam de maneira notável a falta de iniciativa e o colecionismo. Cinco meses após ter atingido a remissão integral foi reconduzido ao Hospital de Juqueri. A observação hospitalar assinala que desta vez o paciente se achava completamente livre do colecionismo e que conservava a iniciativa no mesmo nível em que quando deixara o Hospital. A anamnese objetiva mostrou que as desordens da recidiva haviam sido apenas reativas e que o paciente exercia a contento as ocupações quando a família providenciou a reinternação. 

  1. Contribuição para o tratamento convulsivante nos esquizofrênicos – IV: Fenômenos neurovegetativos no acesso provocadoAssoc. Paulista de Med., Secção de Neuropsiquiatria, reunião de 5-4-1939.

O A. estuda alguns dos fenômenos neurovegetativos que se desencadeiam durante o choque convulsivante e em relação aos quais não tem encontrado referência na literatura respectiva de que dispõe. Menciona em primeiro lugar os que surgem no período “de latência”, tanto como prenúncio dos fenômenos motores quanto na qualidade de distúrbios equivalentes. Descreve em seguida os transtornos de inervação visceral e cutânea que tem observado na fase tônica e outros ainda no momento de transição desta para a clônica. Alude ainda a distúrbios neurovegetativos que se manifestam no período pós-paroxístico, soporoso. 

Mostra que algumas vezes os fenômenos aludidos se apresentam autônomos, isto é, como único efeito da injeção do convulsivante e não acompanhando os sintomas motores; e que em geral surgem inalteráveis no decorrer da série de choques, conservando os mesmo caracteres peculiares a cada paciente. 

Estudando a maneira como incidem e a situação cronológica desses fenômenos no acesso provocado julga poder atribuir-lhes significado “localizatório” e interpretá-los à luz da patologia cerebral. Acredita igualmente que o estudo deles, ao mesmo tempo clínico e experimental, poderá contribuir para se conhecer o dinamismo de ação do tratamento de von Meduna. 

  1. Estudos biotipológicos em esquizofrênicos tratados pelo método de von Meduna(em colaboração com o Dr. Coriolano R. Alves) – 2ª Jorn. Neuro-psiquiátr. Panamer., Lima, março de 1939 – 5 figs. – 2 tabelas – bibliografia – Neurobiologia (Recife), 2, págs. 155-169, 1939.

Os AA. Focalizam os resultados de exames biotipológicos, ainda em andamento, nos pacientes que submetem ao tratamento convulsivante. Limitam-se aqui aos que obtiveram remissão integral (11) ou parcial (23); entre aqueles primeiros não pode ser completada a ficha biotipológica de 6 e por isso apenas se consideram 18 pacientes.

Depois de mencionar os fatores a considerar na apreciação dos resultados e de referir a importância do tipo constitucional segundo os estudos estatísticos de Mauz, reproduzem como exemplo uma ficha tipológica de cada grupo encontrado. Especificam a incidência percentual dos diferentes tipos e estabelecem a seguir as relações com o tipo de remissão; não encontraram nenhuma correlação especial, como também não haviam encontrado no grupo dos que não aproveitaram o tratamento. Resumem então em tabela os tipos somáticos em confronto com a duração da doença, o quadro clínico e o resultado terapêutico. Classificam todos os doentes segundo Viola, Barbára-Berardinelli, Kretschmer. 

Julgam-se autorizados, diante das investigações objetivas que relatam, a atribuir o resultado clínico não ao tipo somático – pois que todos os pacientes haviam já percorrido todos os tratamentos de rotina dos autores – mas à atuação propriamente do processo de von Meduna. 

  1. (a) Algumas causas de erro que cumpre evitar nos tratamentos modernos em esquizofrênicos2ª Jorn. Neuro-psiquiátr. Panamer. – Lima, março de 1939.
  1. (b) – Einige Fehlerquellen, die sich bei den modernen Schizophreniebehandlungen vermeiden lossenbibliografia – Allgemaine Zeitschrift für Psychiatrie, 114, págs. 125-139, 1940. (42)

Focalizando os tratamentos modernos de choque, o A. pouco se demora quanto aos erros de técnica propriamente, recordando apenas as considerações de von Meduna, de Sakel, de von Braunmühl. Estuda as questões que lhe parecem de maior monta e mais urgentes, isto é, as que se referem ao material clínico.

Mostra com casos objetivos as principais causas de falseamento para melhor: (a) doentes que parecem esquizofrênicos e não são (heterointoxicação em encefalopatia, estado crepuscular episódico de Kleist); (b) doentes apenas esquizóides (com encefalite psicótica de Marchand ou com reação psicogênica); (c) pacientes realmente esquizofrênicos mas remitidos sem intervenção dos métodos mencionados (surto delirante reativo, episódio por encefalite psicótica, remissão espontânea, remissão por outros métodos menos ativos, surtos anteriores remitidos); depois algumas ocorrências que podem falsear o resultado para pior: casos em que psiquiatricamente o tratamento foi insuficiente ou mal conduzido. 

Para finalizar, analisa algumas estatísticas e mostra com a sua estatística pessoal que as remissões integrais seriam triplicadas (33 em vez de 11) se adotasse o critério e os procedimentos comuns dos AA. Que praticam o tratamento convulsivante. 

  1. Behandlung Schizophrener mittels Insulins – oder Konsulsions-shocks? Klinischer Beitrag für die Auswahl der Kranken.bibliografia – Zeitschrift für die gesamte Neurol. Und Psychiatrie, 166, págs. 604-622, 1939.

Com critério ao mesmo tempo patogenético e cerebropatológico, mediante o qual o A. considera o problema da esquizofrenia, a especificidade das alterações corticais nesta variedade mórbida passa para plano secundário, muito embora a ocorrência delas seja importante para o prognóstico. Em relação aos modernos tratamentos de choque, não os emprega nunca nos seus esquizofrênicos sem ter antes tentado os métodos comuns; pensa por isso que os dados do material pessoal de esquizofrênicos possam contribuir para o estudo clínico da questão. 

Segundo a orientação do A., a qual reúne os fatos psicológicos aos de localizações cerebrais, podem os quadros esquizofrênicos grupar-se em 3 tipos, independentemente das sub-formas clínicas: (1) desordens primárias da atividade, (2) desordens afetivas primárias, (3) desordens primariamente intelectuais. Segundo esse mesmo modo de ver o método de Sakel e o de von Meduna desenvolvem dinamismo de ação inteiramente diverso. É de opinião que a insulina agiria mediante o seguinte encadeamento: choque biológico visceral, estímulo sobre as regulações vegetativas diencefálicas, sobre o instinto de conservação individual e finalmente sobre as funções da atividade. As doses “supraterapêuticas” de cardiazol, pelo contrário, provocariam um choque atuando diretamente sobre as áreas corticais: as desordens vegetativas e outras seriam cronologicamente secundárias. Aproximando-se as duas ordens de fatos poder-se-á talvez resolver clinicamente a questão da indicação terapêutica para ambos os métodos. 

O autor recorda abreviadamente alguns fenômenos importantes de patologia cerebral que tem observado com o tratamento convulsivante e depois refere a experiência clínica pessoal. Entre 250 casos colhidos no material “esquizofrênico” pessoa (duração da doença entre 6 meses e 12 anos) remitiram com os métodos comuns 34 (19 integralmente): proporção de 13,6%. Somente os que não aproveitaram foram depois medicados pelo cardiazol (55) ou pela insulina (5); em 15 o método convulsivante ainda está em andamento. Nenhum caso recente; nenhum de decurso por surtos. O número de remissões foi de 24 (11 integrais) com o choque convulsivante e 4 remissões integrais com o insulínico. Considerando somente os casos já ultimados tem-se a percentagem de 60% para o método de von Meduna, ou de 62,2% para todos os pacientes. O tempo de doença do material clínico, ao iniciarem-se as terapêuticas modernas, variava entre 8 meses e 13 anos; e nos 15 pacientes em que aqueles produziram remissão integral variava entre 8 meses e 4 anos.

  1. Contribuição para o tratamento convulsivante nos esquizofrênicos: V – O fator biotipológico em confronto com os demais(em colaboração com o Dr. Coriolano R. Alves) – Assoc. Paulista de Med., Secção de Neuropsiquiatria, reunião de 24-1-1940.

Os AA. fazem o estudo antropológico no material esquizofrênico pessoal submetido ao tratamento convulsivante. Consideram o tipo somático, a idade, a cor, além de outras características antropométricas no grupo de 77 dentre 80 pacientes em tratamento: 3 não haviam sido examinados pelo método de Viola. Fazem depois estudo análogo, em separado, no grupo dos que obtiveram remissão completa ou parcial e no grupo dos que não aproveitaram o tratamento. 

Confrontando a seguir o tempo de doença com os demais dados, em cada um dos grupos e no material clínico em conjunto, mostram que os resultados assinalados não variaram em função do tempo doença nem em função do tipo somático. Quanto a este fator em particular evidenciam que predominava o grupamento longilíneo-normolíneo quer nos grupos, quer no total. Entre os brevilínios a quase totalidade era de crônicos. Em relação à estrutura somática evidenciam que não havia predomínio dos pícnicos entre os remitidos nem de leptossômicos entre os não remitidos; em geral o tipo pícnico incidia em proporção mínima. 

  1. Contribuição para o estudo do automatismo mental. O “eco” neurológico e o “eco” psíquicoAssoc. Paulista de Med., Secção de Neuropsiquiatria, reunião de 15-2-1940.

O A. refere-se inicialmente aos fenômenos de automatismo mental, focalizando em particular os do chamado “eco” (eco do pensamento, eco da leitura, eco de vozes reais ou alucinatórias) bem como a enunciação intrapsíquica de gestos. 

Depois de rever rapidamente as interpretações cabíveis para explicar o fenômeno lembra que pode ser ele atribuído ao funcionamento anormal de áreas homólogas em ambos os hemisférios. Tal explicação encontra analogia nas sincinesias patológicas, objetivadas em filme cinematográfico que o A. pode obter com um paciente do Hospital de Juqueri sem distúrbios mentais permanentes, mas sujeito a convulsões; apresenta hemiparesia esquerda mais acusada no braço e principalmente na mão. Da série de sincinesias provocáveis no caso, o A. estuda as da mão, que correspondem ao tipo imitativo e coordenatório e são determinadas pela gesticulação da mão livre. São elas acentuadas a tal ponto que o observando pode apreender objetos com a mão paralítica pela simples execução de movimentos adequados com a mão normal. Em outros pacientes, com outros tipos de sincinesia, não notou o mesmo pormenor.

O A. mostrou como, à luz da fisiologia cerebral, pode ser explicada esta particularidade neurológica, lembrando a analogia do fato para com o do mecanismo fisiopatológico do “eco” psíquico.

  1. Lesões prováveis do estriado. Apresentação de doentesReunião Neuro-psiquiátr. Do Hospital de Juqueri, 15-3-1940.

Salienta o papel importante dos núcleos cinzentos cerebrais na fisiologia do encéfalo e, portanto, o de alterações correspondentes quanto à patologia cerebral.

Não se detém na descrição morfológica nem arquitetônica desses núcleos porque já são naturalmente bem conhecidos. Refere apenas as interrelações desses núcleos quanto à filogênese, quanto ao funcionamento normal na escala zoológica, quanto às perturbações por desarmonia e por déficit anatômico. Depois lembra rapidamente as relações de subordinação e de coordenação dessas massas centrais em referência às zonas corticais afetas às unções intelectuais, as de atividade e às da afetividade. Daí o interesse do grupo clínico correspondente, para o psiquiatra: primeiro, porque envolve zonas cerebrais em conexão íntima com as que são mais comumente atingidas nos casos psicóticos; depois porque o estudo dele é importante para o diagnóstico diferencial entre sindromos lesionais e síndromos pitiáticos; finalmente porque permite compreender o papel da afetividade na fisiologia e na patologia da motilidade. 

A incidência de fenômenos extrapiramidais, enfeixados em síndromos motores, não é rara no Hospital de Juqueri. O material clínico do autor abrange 2 grandes grupos – o dos casos lesionais prováveis e o dos possivelmente pitiáticos ou pelo menos psicogênicos; em ambos os grupos pode identificar quadros de tipo “estriado”, de tipo palidal e de tipo motor mixto. 

Na presente comunicação recorda somente os da primeira categoria; os doentes correspondem aos seguintes agrupamentos: – 1. Coréia crônica, (a) senil, (b) tóxica ou hemorrágica – 2. Ataques extrapiramidais de Filimonoff – 3. Diplegia mais discinesia – 4. Tremores – 5. Atetose – 6. Tics – 7. Mal de Parkinson – 8. Rigidez provavelmente por doença de Wilson. Em todos julga provável a existência de lesões histológicas: os casos que foram autopsiados ainda não estão estudados arquitetonicamente.

  1. A idade como fator patoplástico em doentes mentais. Casos clínicos e anatômicos pessoaisReunião Neuro-psiquiátr. do Hospital de Juqueri, 15-5-1940.

O A. inicia a comunicação recordando que não pretende fazer considerações teóricas sobre o tema, porém apenas apresentar alguns exemplos concretos para frisar a importância do problema, com o qual o psiquiatra prático se defronta diariamente. 

Apenas deseja lembrar que na patologia mental, mais do que em outro qualquer setor da medicina, o quadro clínico depende de numerosos fatores complexos, que nem sempre é fácil identificar. Daí a necessidade de se pesquisarem em cada caso psicótico não só os fatores patogênicos, mas também os patoplásticos, a fim de não confundir o feitio clínico eventual com a variedade mórbida em causa. Um dos fatores acessórios que cumpre não esquecer no quadro psicótico é sem dúvida a idade do paciente ao irromperem os distúrbios fundamentais. Ao passo que outros agentes patoplásticos – personalidade pré-psicótica, nível cultural, ambiente social, tendência étnica, herança biológica, sede encefálica predominantemente lesada – têm sido bem estudados, o fator idade não tem sido muito investigado. E é de importância primacial, a qual ressalta das numerosas condições psico-biológicas que a ele se prendem: recorda somente a diferente correlação entre os vários setores da personalidade, a diversidade do equilíbrio hormonal, a capacidade efetiva de resistência ou de vulnerabilidade dos vários sistemas encefálicos, consoante a época de vida.

Para apoiar as considerações escolheu dentre o material clínico pessoal, do Hospital de Juqueri, 36 observações em que pode afastar a incidência de outros fatores patoplásticos referidos e atribuir o feitio clínico às condições de idade. Apresenta de modo resumido, salientando os traços essenciais.

Quanto ao aspecto etiológico, divida as observações em 6 grupos: psicose por traumatismo craniano fechado, intoxicação alcoólica crônica, episódio psicótico por intoxicação profissional, psicose por autointoxicação predominante, surto psicótico de origem toxi-infeccioso, meningoencefalite luética. Em todos esses casos foram pesquisados a anamnese subjetiva, os informes da família, a personalidade pré-psicótica, o decurso, as provas para clínicas de rotina do Hospital; em alguns a observação clínica foi comprovada pela necrópsia. 

Para salientar a influência da idade o A. subdividia os grupos referidos em 3 categorias quanto ao início: (a) doença iniciada na infância ou na adolescência; (b) doença iniciada entre os 20 e os 35 anos; (c) doença iniciada na madureza e na velhice.

Como caráter geral, independente de outros fatores patoplásticos e das causas etiológicas, pode o A. salientar a predominância de desordens do caráter e de instintos, na primeira categoria; o colorido “esquizofrênico” na segunda; e o aspecto de desagregação sistematizada ou de tipo senil na última. 

  1. Síndromo extrapiramidal filiável à automatose. Apresentação de doente. – Reunião Neuro-psiquiátr. do Hospital de Juqueri, 15-8-1940.

O autor refere-se à raridade do quadro denominado “automatose” e menciona as discussões e objeções que esse síndromo neuropsiquiátrico pode suscitar. Alude aos casos já descritos na literatura mundial e que não permitem dúvida quanto à realidade clínica de tal incidência. 

Descreve os caracteres essenciais para o diagnóstico e passa em revista a diagnose diferencial. Refere depois o caso de um paciente entrado há três dias (12 de agosto de 1940) para o Hospital e que o autor examinou no momento da admissão. A observação clínica está apenas em início, pois não podia ser de outra forma; mas já está devidamente documentado em firma, graças à gentileza do Dr. Edmundo Souza e Silva, a quem agradece. Descreve então os distúrbios extrapiramidais: enrolamento em torno do eixo do corpo; incidência de automatismo verbal motor (gritos) incoercível; o fato de sobrevirem estes fenômenos paroxisticamente, embora datem já de três anos; e a apresentação antes expansiva que deprimida do paciente, em relação às desordens, muito embora estas o transtornem a ponto de não poder viver em família; finalmente a particularidade de só se atenuarem as desordens quando o paciente se acha esgotado pelo esforço. A seguir enumera rapidamente os elementos para diagnóstico diferencial com outros quadros, quer extrapiramidais, quer psicogênicos. 

Apresenta o paciente em questão, enumerando também os exames clínicos que solicitou e cujos resultados aguarda. 

  1. Conceitos de esquizofrenia. Casos clínicos pessoaisReunião Neuro-psiquiátr. do Hospital de Juqueri. 15-10-1940.

Procura focalizar pelo aspecto prático, d aplicação no meio hospitalar, um dos problemas mais debatidos e mais momentosos da psiquiatria contemporânea: o da esquizofrenia. Lembra que é possível, e até necessário conciliar: (a) a realidade clínica dos fatos com as teorias explicativas baseadas nos mesmos; (b) a finalidade imediata de classificar o doente para efeito de acomodação hospitalar com a finalidade geral e muito mais importante de estudá-lo à luza da psiquiatria e da patologia humana.

Para conduzir a questão para o plano construtivo é necessário, segundo procura mostrar: (1°) adotar orientação eclética, norteada pela biologia aplicada ao homem; (2°) ter sempre presente que todas as teorias explicativas são meros apanhados provisórios que exigem revisão à luz dos fatos, a posteriori; (3°) que as chamadas doenças mentais, como as doenças somáticas, representam apenas grupamentos abstratos, de construção subjetiva.

Dentro desta relatividade a nosografia tem papel importante e não deve ser menosprezada. Lembra então como o critério clínico permite conciliar as diversas concepções de esquizofrenia, aparentemente antagônicas. Passa em revista, em breves traços, os conceitos mais importantes sobre este grupo clínico: (1) fenomenológico-evolutivo; – (2) constitucionalistico; – (3) anátomo-patológico; (4) psicológico: (a) clássico, (b) explicativo, (c) compreensivo, (d) psicanalítico; – (5) “psicobiológico” ou ergasiológico; – (6) etiológico; – (7) heredológico e patogenético.

Recorda como este último é que parece atender melhor as necessidades atuais e permitir a conciliação das diferentes escolas doutrinárias. Fundamenta o modo de ver pessoal e analisa os diferentes dados clínicos, para-clínicos e subsidiários sem os quais o clínico não está autorizado a diagnosticar esquizofrenia. Com tais dados é possível a correta diagnose diferencial, o que constitui dever do psiquiatra mesmo prático, pois é do cabedal colhido nos hospitais psiquiátricos que resulta o progresso da psiquiatria. Para encerrar, ilustra a comunicação com casos do material clínico pessoal, em que objetiva os diferentes grupos de diagnóstico diferencial aludidos. 

  1. “Psicoses degenerativas”. “Estados crepusculares episódicos” (Kleist). Cinco observações clínicas pessoais. – Assoc. Paulistas de Med., Secção de Neuropsiquiatria, reunião de 5-11-1940.

O A. lembra inicialmente que o diagnóstico psiquiátrico deve ser tão completo, tão preciso e tão objetivo quanto o diagnóstico neurológico; e que em grande número de ocorrências clínicas já é isso perfeitamente exequível. Recorda então os principais caracteres gerais comuns aos diversos grupos psicóticos e que são utilizáveis para a classificação psiquiátrica: quanto ao decurso, ao tipo mórbido, à alteração cerebral lesional ou dinâmica, aos fatores neuronais em causa, à herança mórbida, à sintomatologia psicopatológica e à evolução do quadro clínico. As psicoses podem, nessas condições, ser divididas em típicas, atípicas e ocasionais. 

É nesse segundo grupo que se enquadram as “psicoses autóctones degenerativas” de Kleist. A grande prevalência deste grupo bem diferenciado é que geralmente tem ele decurso benigno, que poderia ser atribuído erroneamente ao tratamento instituído. 

Para definir o conceito de “degeneração” de Kleist, mostrando que o sentido do termo não é o mesmo da escola francesa nem o da escola italiana e recordando a analogia com o da concepção de Schaffer; traça rapidamente o histórico das “psicoses degenerativas” de Kleist, depois descreve em breves traços os grupos cicloide, paranoide e epileptoide, aludindo à diagnose diferencial com os grupos típicos – psicose circular, paranoia e epilepsia. 

Os casos que apresenta são catalogáveis como “confabulose expansiva”, “alucinose aguda persecutória”, “psicose de inspiração” e “estados crepusculares episódicos” (2 casos). Lembra rapidamente a psicopatologia e a patologia cerebral nesses grupos e depois de mostrar o rigor indispensável para a diagnose diferencial resume os dados importantes das observações clínicas. Finalmente, mostra que a frequência é muito grande: na estatística pessoal tais grupos abrangem cerca de 15% de todas as ocorrências psicóticas (no total de aproximadamente dois mil casos) e 40% das psicoses típicas do material clínico pessoal. Entretanto só apresenta cinco observações porque quer ilustrar os tipos mais passíveis de confusão e mais demonstráveis. 

Projeta 15 fotografias relativas ao biotipo dos doentes, a autógrafos e a desenhos de um dos pacientes.

  1. A classificação nacional das doenças mentais. Sugestões para a revisão. Arq. Assist. Psicopatas São Paulo 9:73-106; 1944 (60).

Como sugestões para a revisão da classificação nacional de doenças mentais, o autor propõe:

  1. Conservar a mesma ordem geral adotada na sistemática oficial; desse modo a série procede dos quadros eminentemente psiquiátricos – os toxi-infecciosos – para os menos influenciáveis pela terapêutica;
  2. Abrir rubrica especial para “psicoses mixtas e associadas” no grupo das doenças mentais endógenas;
  3. Arrolar em rubricas diferentes a “epilepsia” propriamente dita e as “convulsões sintomáticas”, o que trará a vantagem de atender aos interesses da profilaxia eugênica e aos ensinamentos modernos sobre o assunto, principalmente à luz da eletroencefalografia;
  4. Reservar um item para psicose que não caibam nos grupos clássicos: a classificação poderia abrigar assim sem confusão, as “psicoses autóctones atípicas” (Kleist), as “psicoses endógenas marginais”, entre outras;
  5. Passar para o topo da classificação os dois grupos da neuro-sífilis, pois que não só constituem psicoses infecciosas, mas a variedade mais definida; seguir-se-lhes-iam os quadros da neuroaxite epidêmica e os das doenças infecciosas em geral;
  6. Classificar em itens distintos “psicoses por hetero-intoxicação acidental” e “toxicomanias”, pois que ambos esses grupos representam ocorrências diversas, quer clinicamente, quer sob o aspecto “genético-dinâmico”.

Acredita que o critério heredológico é o que deve presidir a catalogação de doenças mentais, por ser esse até o momento o mais estável e o único que permite atende à finalidade propriamente social da psiquiatria.

  1. Functional organization of the cortex of primates – Journ. Neurophysiol. 7:51-56; 1944 (colab. Com P. Bailey, G. von Bonin, E. Davis, H. Garol, W. S. MacCouloch e. Roseman) (70)
  1. Aproveitamento de inaptos em serviços auxiliares de guerra. Seleção psicológica de acordo com as aptidões. Curso de Psiquiatria de Guerra, São Paulo, 2-5-1944 – Imprensa Médica (Rio: 21:39-49; 1945 (71)
  1. O problema das psicoses infecciosas em tempo de guerra – Curso de Psiquiatria de Guerra, São Paulo, 12-5-1944 – Imprensa Médica (Rio) 21:50-56; 1945 (72)
  1. Sugestões para a classificação psiquiátrica brasileira – Arq. Dep. Nac. Doenças Mentais, Rio (c/ Mario Robortella e O. Barini) (73)
  1. O problema da assistência pública ao doente mental – 1.° Congr. Médico-Social Bras., São Paulo, 15-3-1945 – Arq. Assist. Psicopatas São Paulo 12:277-285; 1947 (79)

For the last 30 years, the Government’s policy towards mental illness has been only to increase state hospital beds, as a rule. In addition, this has neither been planned nor supplemented by further steps, thus giving very little relief, if any, to such a challenging problem.

On the other hand, the treatment of acute psychoses has repeatedly been thought of, as a matter of special buildings simply, what of course is not supported by the psychiatric experience. Unfortunately, such prejudice was sponsored in 1945 by some of the supposed authorities in psychiatry of São Paulo area, who claimed that if a new hospital building be bought by the State to admit acute patients only this would solve the problem. The arguments then produced threw an unfair discredit on Juqueri State Hospital, which also functions as a psychopathic hospital. This Institution, founded by Franco da Rocha, is really equipped to treat acute patients and in fact has been carrying it with efficiency for nearly 50 years now. 

Aims of the foregoing paper are (1) to evidence that Juqueri Hospital still holds its high standard and its personnel is not to be blamed, (2) to show why the above mentioned means would soon become futile and (3) to suggest a minimum set of undertakings if the State is to meet the problem.

Firstly, all groups of “acute psychoses proper” are represented in the hospital census for the psychopathic section. A report of the Director published in 1943, by the time the last available, entered under such heading 31% out of the 5,258 patients reviewed; including there the schizophrenics in acute period of illness raises the percentage of acute cases up to 40,9%. Out of that entire population were “discharged as recovered”: 45.28% of all patients up to 6 months ill, 28.57% of those ill from 6 months to 1 year, 13.32% of those under illness to 18 months and 6.05% of those up to 2 years ill. Indeed, the percentage of restored patients was definitely better than that, since the report did not include general paretics admitted, who were referred to a special unit and showed recovery in high rate, or patients taken away under complete recovery but before getting official discharge. As for the standard of psychiatric care, the following features are representative: (1) routine of spinal fluid examination as developed there was second to none in the world, as far as we know; (2) the department of neuro-radiology is unparalleled in Brazil, even by any of the private and university hospitals; (3) the clinics have a neuro-surgical team headed by an outstanding neuro surgeon; (4) all shock treatments are carried out in each unit both the male and female sections; (5) Juqueri Hospital was the first in Brazil to introduce Sakel’s method, one of the first as for Meduna’s and Cerletti’s and the first in this Hemisphere to use cerebral leucotomy of Moniz.

Secondly, to think of a new hospital for acute cases only, all other aspects of the problem kept uncharged, means simply to indulge in an utopic dream. Mental patients are overcrowding the state hospitals and strange as it may be, the jails: yet the latter are only a fraction of the 4 or 5 thousands who must be outside the hospitals, in São Paulo. Now, what the prospect for a psychopathic hospital, which could not reasonably have more than 200 beds? It would be jammed in a few weeks, with no change at all in the social situation. Furthermore, to provide such a psychopathic hospital with qualified staff would mean to move there at once many psychiatrists and laboratory men from Juqueri Hospital, the only pool of specialists we have in S. Paulo. However, this would not help very much, according to local experience: only a small part of patients, around one fourth, leaves hospital before 6 months and about one third is supposed to stay longer than one year. Thus, in a few months the proposed psychopathic hospital would turn out in a custody hospital and find itself unable to transfer its chronic patients to other institutions, in order to clear the way for new admissions. 

Finally, we believe that no progress may be achieved in out area along these lines, before drastic measures are directed at the core of the problem. These should consist of the combination of the following provisions:

  1. Four hospital blocks are to be constructed in Juqueri State Hospital area, which is over 3000 Hectares wide. Local experience prove that they may be spacious, hygienic and comfortable, yet relatively inexpensive: the 4 would not require more than the equivalent of US$ 500,000.00 altogether. Such buildings should be reserved to admit chronic patients only, what would mean low operating cost and on the other hand admission for all of the patients with residence in the State of São Paulo. At the same time, this would allow to discharge two to four units, totaling 300 to 600 beds of the psychopathic section and have them set apart for acute cases only.
  2. Clinical staff and nursing personnel at present working at Juqueri Hospital must be augmented substantially, what indeed represents the central problem of our hospital for mental patients. This is discussed in another paper.
  3. The process of placement is quite out of date and entangled by much red taping. It must revised so as to render more expeditious and consistent with psychiatric care the admission of patients. 
  1. O exame pré-nupcial pelo prisma da eugenia – 1.° Congr. Médico-Social Bras., São Paulo, 17-3-1945 – Rev. Bras. Med. Publica (Rio) 1:39-47; 1945 (80).

1.  O exame médico pré-nupcial não deve limitar-se à verificação de doenças venéreas, nem a doenças somáticas somente.

2.  para que se torne eficiente como proteção higiênica social, deve pautar-se pelos postulados da eugenia.

3.  Estes não devem impor-se como medidas compulsórias, mas cercar-se de trabalho médico-social educativo. Nestas condições a esterilização poderá ser útil como complemento ao esforço para segregar da corrente biológica os pacientes definidamente cacogênicos pelo aspecto mental heredológico.

4.  De acordo com o que está estabelecido no domínio da psiquiatria cabem nesta rubrica as doenças mentais propriamente endógenas e as chamadas psicopatias – na acepção psiquiátrica deste termo – de tipo antissocial. Estão no primeiro caso a epilepsia, a esquizofrenia, a psicose maníaco-depressiva, a oligofrenia, todas entendidas no sentido estrito, segundo dissemos. No segundo grupo arrolam-se, para efeito de exclusão da miscigenia, os casos de perversão moral endógena e alguns de explosividade e fácil reatividade convulsiva.

5.  Tais exames, bem como o trabalho educativo contínuo e a longo termo que os torne realmente aceitos e procurados pelo público, devem ficar a cargo de médicos eugenistas, que não exerçam clínica particular e que se equiparem a médicos higienistas e sanitaristas. A eles competirá orientar a campanha junto à população e aos poderes públicos, bem como desempenhar o trabalho de pesquisas em colaboração.

6.  A instituição do ramo eugênico da medicina preventiva deverá acompanhar-se da organização de classes especializadas correlatas, como a de visitadoras sociais dedicadas a este setor.

7.  para maior eficiência e unidade de ação deverá organizar-se um instituto nos moldes do American Institute of Family Relations, dos Estados Unidos, pois já provou completa eficiência. Naturalmente tal organismo deverá ser moldado pelas nossas necessidades ambienciais e possibilidades econômicas.

8.  enquanto o nosso meio médico não estiver aparelhado para tal empreendimento o Sindicato dos Médicos Brasileiros tomará sobre si o encargo de propiciá-lo, designando da forma que se decidir como a melhor uma comissão preparatória permanente, especialmente encarregada do assunto.

  1. O papel e a situação do psiquiatra nos hospitais do Estado – 1.° Congr. Médico-Social Bras., São Paulo, 19-3-1945 – Arq. Assist. Psicopatas São Paulo 12:287-292; 1947 (c/ J. P. G. d’Ambert) (81).
  2. Quadro clínico do lobo orbitário com crises crebelares: cisticercose racemosa do ângulo ponto-cerebelar – Centro de Estudos Franco da Rocha, 22-1121946 (c/ M. Robortella e W. E. Maffei) – Arq. Neuro-Psiquiatria 18:152-165; 1960 (151)

O paciente fora apresentado duas vezes em reuniões clínicas, para diagnóstico diferencial entre alterações neuropsíquicas orgânicas e pitiatismo. Da primeira, aos 2 meses de internação, revela notar os seguintes dados: trabalho mental lento, porém sem distúrbios intelectuais intrínsecos; atenção pouco fixável, expressão verbal sem transtornos intrínsecos, mas escassa; carência global de iniciativa; indiferença para com a própria situação; atitudes por vezes teatrais, em aparência pitiáticas; hipertonia muscular variável, aparentemente despertada pelo exame; marcha em pequenos passos, com incerteza variável; queda lenta, em direção inconstante; camptormia, que se exagera quando desamparado; crises tônicas, de tipo da descerebração; condições somáticas precárias; exame neuro-oftalmológico só possível quanto a fundos oculares, sem anormalidade; exames de líquor incompletos, com alterações discretas; reações negativas para sífilis no liquor e no sangue. Diagnóstico provisório: Psicose por lesão cerebral, com provável comprometimento orgânico da região frontal orbitária ou da via fronto-ponto-cerebelar.

Ao ser apresentado da segunda vez, decorridos três meses, estavam mais acentuados o desligamento para com o ambiente, a carência de iniciativa, a total incapacidade para cuidar de si, com espurcícia; agravou-se a perturbação da marcha com completa astasia-abasia e com ataxia do tronco; tornaram-se mais frequentes a crises tônica de tipo cerebelar; repetidos os exames de líquor, ainda incompletos, denotaram alterações do mesmo tipo anterior; o exame de fundos oculares foi novamente negativo; não fora ainda possível a pneumoencefalografia. A evolução dos distúrbios, com alterações de origem orgânica evidente e com outras aparentemente pitiáticas, permitiu precisar o aspecto localizatório: Síndrome frontal orbitária por alterações cerebelares prováveis.

Somente cinco meses após a primeira discussão clínica do quadro, quando obtido o exame completo do líquor, o diagnóstico etiológico pode ser aventado. O exame neuro-oftalmológico foi anda negativo. A evolução dos sintomas levou o doente à obnubilação e ao embotamento intelectuais, à espurcícia; e, pelo lado neurológico, à impossibilidade de locomoção, à ataxia do tronco, ao relaxamento dos esfíncteres. Diagnóstico: quadro neuropsiquiátrico orbitário, como repercussão de alterações ponto-cerebelares, cisticercose provável.

O paciente faleceu 11 meses após a internação. A necropsia revelou, quanto ao sistema nervoso central, um cacho de vesículas de cisticerco racemoso ao nível do ângulo ponto-cerebelar direito (fig. 1) e espessamento das leptomeninges na base do encéfalo até a dos lobos temporais. Nenhuma alteração histológica do córtex cerebral ou das vias intra-hemisféricas (Nissl e Weil). 

Quanto ao aspecto patogênico, o quadro orbitário descrito por Kleist era representado pela falência na manutenção do esforço e da atividade em geral (Ausdauer), na regência instintiva dos atos (gesinnungsmässige Handlungen), bem como pelo distúrbio teatral, tipo pitiático, do caráter (Gesinnung). Os transtornos neurológicos e mesmo neurovegetativos correspondiam, na opinião dos autores, à falência paleocerebelar. 

  1. O aspecto heredológico na classificação das doenças mentais – 5.° Congr. Bras. Psiquiatria, Neurol. Med. Legal, São Paulo, 27-10-1947 – Arq. Assist. Psicopatas São Paulo 13:79-81; 1948 (190)
  1. Acepção de semiologia no domínio das doenças mentais – Arq. Assist. Psicopatas, São Paulo 15:5-21; 1950 (212)
  2. Education of professional people: two motions – 3rd Annual Meeting, World Federation for Mental Health – Paris, 7-9-1950 – Annual Report: 100; 1950 (224).
  1. L’agressivité manifeste, déguisée et latente, evaluée par le psychodiagnostique myokinétique (P.M.K.) de Mira – 2.° Congr. Internat. Criminol., Paris, 15-6-1950 – Actes III :317-328 ; 1950 (225). 
  1. Discussion of reports on leucotomy – Colloque, Congr. Internat. Psiquiatrie – Paris, 22-9-1950 – Comptes Rendus III :86-146 ; 1952 (226)
  1. Des reisegnements que le psychiatre peut tirer de la pneumoencéphalographie (colab. c/ M. Robortella, S. Vizzotto e C. P. da Silva) – Symposium, Id. Ibd., 22-9-1950 – Comptes Rendus III :293 ; 1952 (227).
  1. Anatomo-physiologie cérébrale à la lumière des lobotomies et topectomies – Discussion des Rapports officiels – Séance plénière, Id. Ibid., 22-9-1950 – Comptes Rendus III :86-92 ; 1952.
  1. Anatomo-physiologie cérébrale décélée para la leucotomie pré-frontale selective : les dynamismes de régulation et de libération cortico-corticales (colab. c/ C. F. Camargo, E. M. Gomes, I. Melsohn, J. Longman, M. Robortella, O. L. Salles, P. Dantas, S. Vizzotto, W. Carvalho, A. M. Pimenta e A. Sette Jr.) – Id. Ibid., 25-9-1950 – Comptes Rendus III :146-148 ; 1952 (229)
  1. Physiopathologie du cortex pré-frontale d’après les recherches cliniques dans les sujets leucotomisés (colab. c/ A. M. Pimenta e A. Sette Jr.) – Id. Ibid., 25-9-1950 – Comptes Rendus III : 142-146 ; 1952 (230).
  1. L’électroencéphalographie en psychiatrie – Discussion of Dr. Hill’s Report – Colloque, Id. ibid., 26-9-1950 – Comptes Rendus III : 210-212 ; 1952 (233).
  1. Human Genetics as an approach to the classification of Mental Diseases – Id. Ibid. 27-9-1950 – Arq. De Neuro-Psiquiat. 10:41-46; 1952 (234)

If we try to arrange the many patterns of mental disease as regards the underlying heredological trends it is possible to develop a system disposed as a “natural series”. In our tentative one, which combines eugenic and dynamic criteria chiefly, we tried to assemble 24 separate clinical conditions into 5 major groups: I – Psychoses with toxi-infectious diseases (4 entries); II – Psychoses with accidental intoxications (2 entries); III – Constitutional endogenous psychoses (7 entries); IV – Marginal endogenous states (7 entries); V- Defective states by local or abiotrophic brain lesions (4 entries). Among the conditions listed under IV are Kleist’s marginal or “degenerative” psychoses, which are frequent indeed in psychiatric practice, so to require their consideration. 

  1. Génetique et Eugénie – Discussion of Dr. Kalmann’s Report – Séance Plénière, Id. ibid., 27-9-1950 – Eug. News 26:27-29; 1951 (235)
  1. A propaganda de Guerra sob o aspecto da saúde mental – Congr. Bras. Medicina Social, rio, 14-9-1951 (245)
  1. Mental hygiene in the organization of health clinics. Working group 4, 5th Annual Meeting WFMH, Brussels, 30-6-1952.
  1. Aplicação da genética humana à higiene mental. Revisão de 300 matrículas do Centro de Saúde de Santana – 10.° Congr. Bars. De Higiene, Belo Horizonte, MG – 10-10-1952 – Arq. Neuro-Psiquiat. 14: 117-135; 1956 (259).

Nos últimos 25 anos a genética humana tem assumido importância crescente na medicina geral e particularmente na psiquiatria. E a nosso ver a higiene mental só se torna eficiente quando norteada por aquela disciplina. Por ela orientamos nosso Serviço de Higiene Mental – no Centro de Saúde de Santana e cujos dados clínicos apresentamos em resumo. Correspondem eles às primeiras matrículas no Serviço, dentre as 317 efetuadas de fevereiro a 15 de julho de 1952. Frisamos que embora tais dados seja coligido com critério clínico rigoroso não foram ainda avaliados estatisticamente quanto ao aspecto heredobiológico: portanto nossas conclusões devem ser encaradas com as devidas reservas. 

Todavia, merecem menção algumas ocorrências clínicas aí anotadas. Analisamos hoje apenas o ciclo epileptoide, que se revelou como predominante na linhagem dos consulentes, quer adultos, quer menores. Para os demais ciclos heredológicos ainda não dispomos de dados suficientes. Como indica a Tabela I, as condições clínicas mais frequentes foram: “ausências” psíquicas (32%), irritabilidade (20,6%), enxaqueca (20%), equivalentes comiciais diversos, atípicos (12,6%), hiperemotividade (11%); o diagnóstico de neurose ocorre 15 vezes, ou seja em 6,9% dos adultos. Os índices relativos são, porém, mais expressivos: entre as 115 consulentes que ultrapassaram a primeira gravidez anotamos aborto espontâneo em 27,8%, parto de natimorto em 13%, parto operatório e eclampsia, cada qual, em 3,5%. Duas outras condições merecem relevo neste grupo especial: parto prematuro em 9,6% e parto de gêmeos também em 9,6%. O total de 11 pares de gêmeos se reporta a uma série de 325 gestações terminadas, o que perfaz o índice de 3,4%, quando na população média este é de 1,2%. A tabela II reúne as manifestações clínicas mais frequentes nos 84 menores, 42 de cada sexo: terror noturno, “ausências” psíquicas, convulsões, hiperatividade, irritabilidade aí predomina. Mas as tabelas III e IV mostram que no grupo cronológico de 1 ano a 3,5 – 22 menores – dominam o terror noturno (71,3%), a hiperatividade (54,5%), as crises de “birra” (54,5%), as convulsões (36,3%); ao passo que de 7 a 14 anos – com 39 consulentes – prevalecem as “ausências” psíquicas (43,5%), a irritabilidade (33,3%), a enxaqueca (30,8%), a hiperemotividade (30,8%). 

A compreensão heredológica desses vários elementos clínicos nos tem permitido orientar melhor a psicoterapia e o reajustamento familial, bem como recorrer simultaneamente a medicação necessária. A revisão de 64 menores matriculados até fins de junho de 1952 revelou: 1) a psicoagogia foi eficiente quanto à rebeldia, à timidez, ao desajustamento, em parte à enurese noturna; 2) foi mister associar-lhe a medicação nas crises de “birra”, no retardo escolar, na agressividade; 3) a simples medicação foi eficaz nas “ausências”, no terror noturno, nas reações de pânico, nas convulsões, na perda de fôlego, nos distúrbios durante o sono.

  1. Requisitos técnicos. Desenvolvimento das várias fases da prova. Critério adotado. – Aula inaugural. Curso teórico-prático sobre o método de Rorschach, Serv. Medidas e Pesq. Educacionais, São Paulo – 8-9-1953. Bol. SMPE 2:57-66; 1958 (282)
  1. Modalidades fundamentais das respostas: globais, pormenores primários, pormenores secundários – Bol. SMPE 2:57-68; 1958 (282).
  1. Modalidades menos frequentes: globais com espaço, espaço, pormenor inibitório, global a partir de pormenor, global com valor de pormenor – Bol. SMPE 3:31-44; 1959 (283)
  1. Identificação do fator determinante forma. Critério para avaliação – Bol. SMPE 4:27-51; 1959 (284).
  1. Caracterização da patologia cerebral, da psicopatologia e da heredologia psiquiátrica na doutrina de Kleist – Assoc. Paulista Med., Dep. Neuropsiquiatria – 5-2-1954: a) Rev. Paulista Med. 44:432; 1954; b) Arq. Neuro-Psiquiat. 17:102-142; 1959 (303)

O ano de 1959 assinala três datas especiais em uma das mais férteis carreiras científicas: completa 80 anos Karl Kleist, nascido em Mülhausen, na Alsácia, a 31 de janeiro de 1879. Que comemora o jubileu de vênia legendi (1909); e há um quarto de século veia à luz a Gehirnpathologie (1934), que marca a nova era da fisiologia cerebral

A construção doutrinária de Kleist combina e aperfeiçoa as diretrizes isoladas de Meynert, de Wernicke e de Kraepelin. Constitui nela uma constante a união da psicopatologia à patologia cerebral; e a pesquisa no domínio clínico se norteia pela patogenia, pela heredologia e pela catamnese sistemática. Na própria patogênese – tanto dos quadros clínicos como dos sintomas – há a considerar a diferente participação do tronco cerebral e da corticalidade. E aqui, a seu turno, é preciso distinguir as funções que dependem de regiões posteriores. Assim, descreveu Kleist, respectivamente, os distúrbios agramáticos e os paragramáticos, os alógicos e os paralógicos, em analogia com os afásicos e os parafásicos. Demonstrou pela primeira vez, em 1095, a existência da afasia de condução e isolou dois novos tipos de apraxia: a apraxia segmentar e a apraxia de construção. Outros quadros psicopatológicos descritos por ele também se tornaram clássicos: a carência de iniciativa, a apraxia de iniciativa, a apraxia de ação coordenada (Handlungsfolge), a cegueira espacial (Ortsblindheit), a agnosia cromática – que depende da noção abstrata de cor e nada tem a ver como o daltonismo – e ainda os quadros psiquiátricos cíngulo-orbitários. Divide a esfera da personalidade em diversos estratos de grande relevância clínico-localizatória (quadro 1).

A carta localizatória – plano estrutural e funcional do cérebro – ultrapassa a qualquer empreendimento análogo, tanto pela análise penetrante quanto pela adaptação à realidade clínica (fig. 1 e 2). Sobreleva notar aí que Kleist separa determinadas funções dentro do mesmo campo arquitetônico, fato este cuja veracidade pudemos comprovar em uma observação anátomo-clínica (fig. 3). Outros aspectos desta carta dinâmica podem ser verificados experimentalmente, segundo entendemos, no cérebro de primatas (fig. 4, 5 e 6).

Na clínica, a contribuição de Kleist nada ficou a dever à própria patologia cerebral. Além de descrever psicoses particulares como a “paranóia de involução” e a “psicose de pânico”, psicógena e de discutir a patogenia das “psicoses pós-operatórias” e das “psicoses gripais”, descreveu e estudou exaustivamente secundado por seus colaboradores, dois grandes grupos mórbidos: as diferentes formas de esquizofrenia e as psicoses degenerativas. Os quadros esquizofrênicos constituem tipos autônomos, que se caracterizam pelo distúrbio dos sistemas cerebrais (quadro 2). As psicoses degenerativas são também endógenas, porém por tendências latentes (quadro 3) e têm que ser diferenciadas tanto das esquizofrenias quanto do grupo maníaco-depressivo. Extensas e exaustivas revisões catamnésticas atestam a realidade clínica destes dois vastos grupos de psicose.

  1. Karl Kleist – Arq. Neuro-Psiquiat. 12:83-85; 1954 (305)
  1. Problems common to children and their parents as detected in a health clinic – Internat. Congr. Group Psychother. Toronto (20-8-1954) – Acta Psychother. Psychosom. Orthopaedagogica 4:119-125; 1956 (307)
  1. Institutos consagrados à genética humana – Arq. Neuro-Psiquiat. 14:226-241; 1956 (320)

Em viagem feita em dezembro de 1951 aos Estados Unidos da América do Norte, nosso intuito fundamental era visitar o Department of Medical Genetics, dirigido por Franz J. Kallmann no New York State Psychatric Institute, e a Seizure Unit, dirigida por William G. Lennox no Children’s Hospital, em Boston […].

  1. Prof. Otmar Freiherr von Verschuer – Arq. Neuro-Psiquiat. 14:267-268; 1956 (321)

A data de 16 de julho assumiu no corrente ano significado particular para todos os centros em que se cultiva a Genética Humana. O Professor Otmar Freiherr von Verschuer, atualmente em Münsingen, Westfália, completou então 60 anos, dos quais mais de 33 têm sido consagrados à pesquisa científica […].

  1. Bicentenário de Gall e sesquicentenário da Memória sobre o Sistema Nervoso – “A Gazeta” (São Paulo), 14-3-1958 (336).
  1. Prof. Bruno Schultz – Arq. Neuro-Psiquiat. 16:269; 1958 (352).

Faleceu a 19 de fevereiro último, na Alemanha, o Prof. Dr. Bruno Schulz, que dirigia a Secção de Genealogia e Demografia do Forschungsanstalt der Psychiatrie, München. Nessa organização, pioneira da Genética Humana na Alemanha, sucedia Schulz a Ernst Rüdin, de quem foi assistente por aproximadamente vinte anos […].

  1. Esquizofrenia e psicoses degenerativas de Kleist. Patogenia e psicopatologia diferenciais – 1.° Congr. Peruano de Neuro-Psiquiatria. Lima, 3-11-1958 – Arq. Neuro-Psiquiat. 17:143-162; 1959 (358)

Impõe-se o diagnóstico diferencial das formas esquizofrênicas entre si e para com numerosas doenças hoje confundidas com elas. Entre estas sobreleva considerar as psicoses endógenas benignas, de Kleist, as quais têm sido em geral diagnosticadas como esquizofrenia. 

Kleist distingue na esquizofrenia 25 formas autônomas, para o que se baseia em rigoroso critério ao mesmo tempo patogênico, psicopatológico, heredológico-evolutivo. Tais divisões foram confirmadas por amplas revisões catamnésticas em base genética após cinco anos de decurso, no mínimo. Tanto na fase inicial (quadro I) quanto na presente (quadro 3) a sistemática se fundamenta na concepção de sistemas cerebrais. É a participação predominante dos diferentes sistemas no âmbito das várias esferas psíquicas, o que imprime o colorido clínico principal aos quadros mórbidos. Estes constituem assim (quadro 2) formas sistemáticas e assistemáticas. 

As psicoses endógenas benignas, descritas por Kleist (quadro 4 e 5) obedecem a dinamismos patogênicos precisos e também envolvem sistemas cerebrais distintos, que são os lhes imprimem o característico clínico. Os fatores fundamentais são as tendências genéticas, não manifestas como nas psicoses endógenas constitucionais, mas latentes. Por isso Kleist as cognominava de início degenerativas, atípicas, e marginais às endógenas comuns; acreditamos poder chamá-las diatéticas, como designação geral, uma vez que o conceito de diátese corresponde a tendências genéticas latentes. Algumas formas têm decurso clínico ou por for fases; outras ocorrem como surtos esporádicos ou episódicos. No quadro 6 procuramos distribuir as formas diatéticas e as formas esquizofrênicas segundo as esferas e os sistemas cerebrais envolvidos em comum. Cremos que o dinamismo patogênico, em ambos os casos, o que leva à confusão diagnóstica, quando a psiquiatria não o toma em devida conta.

  1. Prof. Karl Leonhard – Arq. Neuro-Psiquiat. 17:231; 1959 (358).

A 21 de março completou 55 anos de idade Karl Leonhard, por certo um dos mais acreditados cultores da Psiquiatria na nova geração de professôres alemães. Nascido em Edelsfeld, na Baviera, exerceu nesta circunscrição os primeiros passos na atividade didática, primeiro como médico no Hospital e na Clínica Universitária de Erlangen, a seguir como médico-chefe no Hospital de Gabersee, Alta Baviera […].

  1. Celso Pereira da Silva – Arq. Neuro-Psiquiat. 17:351-356; 1959 (359).

A 23 de novembro de 1958, com a morte de Celso Pereira da Silva, abriu-se um claro irreparável no ambiente neuropsiquiátrico paulista […].

  1. Oskar Vogt – Arq. Neuro-Psiquiat. 18:99-110; 1960 (363).
  1. Instituto de Prevenção Eugênica e Genética Humana – Rev. Paulista Med. 57:175-185; 1960 (371)
  1. Cerebral systems in the pathogenesis of endogenous psychoses – 3rd World Congr. Of Psychiatry, Montreal, Canada – Arq. Neuro-Psiquiat. 20:263-278; 1962 (394)

Os processos mentais implicam no funcionamento harmônico de sistemas psíquicos, os quais se reúnem em unidades mais amplas, as esferas psíquicas (Quadro I). 

A eles correspondem, no plano neurofisiológico, sistemas cerebrais formados por áreas e fibras que as interligam (fig. 1-4). Em condições patológicas, orgânicas e funcionais, tais sistemas originam os sintomas principais (quadro II) que caracterizam as diversas psicoses endógenas: daí o quadro clínico que as distingue entre si. (“Cerebral systems in the pathogenesis of endogenous psychoses”)

Nessas condições, a compreensão e a classificação das psicoses deveriam basear-se no dinamismo patogênico e não na descrição clínica. E é por isto que as concepções de Kleist e Leonhard sobre as psicoses endógenas ultrapassam o valor de quaisquer outras. Kleist figura entre os fundadores da psiquiatria ao criar o grupo das “psicoses degenerativas” e várias psicoses isoladas, bem como ao redefinir, isolar e esclarecer o conjunto das psicoses progressivas que mais tarde redenominou esquizofrenias (quadro III). Tal critério patogenético pode também ser útil para a definição de quadros clínicos mentais que não são psicoses, tais a histeria, as neuroses em geral, as personalidades psicopáticas (quadro IV e V). Neste domínio, haveria a considerar, na patogênese, tanto as esferas e os sistemas mentais, quanto o modo pelo qual foram desorganizados e a fase do desenvolvimento em que se encontravam.

Nas “psicoses degenerativas” de Kleist – sejam cíclicas, sejam episódicas (quadro V) – as esferas e os sistemas são alterados por processos funcionais transitórios devidos à disposição genéticas latentes, ao passo que as esquizofrenias dele e de Leonhard (quadro VII) decorrem em geral de modo progressivo e levam à decadência mental. (“Cerebral systems in the pathogenesis of endogenous psychoses”) A própria desordem é de natureza genética, como também o fato de se limitar a determinada esfera psíquica ou de se propagar a mais de uma. Os quadros clínicos em que ocorre esta propagação são excepcionais na esquizofrenia ao passo que constituem a regra nas “psicoses degenerativas”, na nossa opinião. Ambos estes grupos mórbidos podem ter sintomas clínicos em comum pelo fato de estar atingindo o mesmo sistema cerebral (quadro VIII), mas o diagnóstico clínico poderá ser estabelecido corretamente se a patogênese for levada em conta.

  1. Karl Kleist. In memoriam – Arq. Neuro-Psiquiat. 19:159-161; 1961 (401).
  1. Método de Rorschach: terminologia e critério – Arq. Assist. Psicopatas – São Paulo 27:5-57; 1963 (414).
  1. Walter Morgenthaler – Arq. Assist. Psicopatas, São Paulo 27:179-183; 1963 (415)
  1. – PUBLICAÇÕES ESPECIALIZADAS QUE ESTAMPARAM TRABALHOS DO AUTOR

Brasil:

  • Arquivos da Assistência a Psicopatas de São Paulo
  • Arquivos de Neuro-Psiquiatria
  • Boletim de Higiene Mental, São Paulo
  • Boletim do Serviço de Medidas e Pesquisas Educacionais, São Paulo
  • Gazeta Clínica
  • Revista de Medicina
  • Revista de Neurologia e Psiquiatria de São Paulo
  • Revista Paulista de Medicina
  • São Paulo Méico
  • Neurobiologia – Recife PE
  • A Folha Médica
  • Arquivos do Departamento Nacional de Doenças Mentais 
  • Brasil-Médico
  • Imprensa Médica
  • Revista Brasileira de Medicina Pública

Alemanha:

  • Allgemeine Zeitschrift für Neurologie und Psychiatrie
  • Zeitschrift für die gesamte Neurologie und Psychiatrie

Estados Unidos da América:

  • Journal of Neurophysiology
  • Eugenical News

França:

  • Comptes Rendus, 2ème Congrès de Criminologie
  • Comptes Rendus, 1er Congrès International de Psychiatrie

Holanda :

  • Acta Psychotherapeutica, Psychosomatica et Orthopaedagogica

Peru :

  • Actas da Segunda Reunião das Jornadas Neuro-Psiquiátricas Panamericana

ANEXO V 

REFERÊNCIAS A PUBLICAÇÕES DO AUTOR

  1. – APRECIAÇÕES DE AUTORIDADES CIENTÍFICAS
  1. – Em relação ao tratamento de esquizofrênicos pelo método de Meduna – objeto dos trabalhos de ns. 26, 29, 31, 32, 34, de 37 a 44 e, depois, de tese para docência livre, n.° 51:
  1. Opinião de Meduna (doc. 69ª) – a 16-10-1937, em relação ao trabalho n.° 26:
  1. “Com grande interesse li sua última publicação e diria que acho seus resultados quase surpreendentes. As indicações que o senhor estabelece para a insulina e para o cardiazol constituem até agora a mais precisas que apareceram na Europa. Até o aparecimento de suas publicações sabíamos apenas que o método do cardiazol era indicado particularmente para os casos estuporosos. Somente após o seu trabalho pude eu próprio fazer ideia mais clara a respeito. Como infelizmente a literatura de ultramar quase nunca é lida na Europa, aconselho-o a publicar também aqui, por extenso, em inglês ou alemão, seu interessante trabalho. Seria grande pena se a ciência europeia tivesse de se privar desses trabalhos devido às dificuldades de língua.”

Trecho da carta em português, enviada de Buenos Aires a 20-7-1939 (doc. 69c):

  1. “Tendo tido ocasião de apreciar o seu valioso trabalho científico, e desejando que seja coroado do melhor êxito o valor de tal esforço, peço-lhe se digne aceitar as expressões de minha amizade e incondicional apoio, subscrevendo-me de V. Excia. com a maior consideração.

Muito atto.

a) Dr. Landislaus v. Meduna.”

  1. Apreciação de Krapf (doc. n.° 67)

A respeito da tese do Autor – n.° 51 – Krapf fez extensa análise no Index de Neurologia y Psiquiatria, de Buenos Aires, que encerra com a seguinte expressão:

“Resumos em francês, inglês e alemão assegurarão a esta monografia a repercussão internacional que merece”.

  1. – Quanto às pesquisas em fisiologia cerebral, No Illinois Neuro-psychiatric Institue, 1941-1942:

W. S. McCulloch, o qual orientou as pesquisas do Autor e se encarregou da supervisão direta, exprimiu as seguintes considerações em mais de uma oportunidade:

  1. Em cartas de 11-12-1942 dirigidas respectivamente ao Diretor do Hospital de Juqueri (doc. 68ª) e ao Diretor da Faculdade de Medicina, USP (doc. n.° 68b), diz McCulloch:
  1. “Sr. Diretor, Hospital de Juqueri

São Paulo, Brasil

Prezado Senhor:

Tenho a honra de comunicar-lhe que o Dr. Aníbal Silveira está no momento completando com sucesso mais um ano de trabalho no Laboratório, no qual desenvolveu novas aptidões e levou a tal perfeição a técnica na qual está mais interessado que em suas mãos ela se comprovará como instrumento útil para investigar a organização funcional de cérebros. Como V. S. certamente se recordará, ele veio até nós a 7 de novembro de 1941 e provavelmente partirá a 25-12-1942.

Desejo exprimir o sentimento, não somente meu, mas de todo o Laboratório, ao dizer que estamos realmente tristes por ele não poder ficar mais tempo entre nó, pois lhe apreciamos a colaboração e lhe desfrutamos a amizade. Esperamos todos que ele nos informe de como prosseguirá o trabalho experimental e nos faça saber se algum de nós lhe poderá ser útil em conseguí-lo.

Sinceramente seu,

a) Dr. Warren S. McCulloch

               Professor associado de Psiquiatria

                    Encarregado de Pesquisas”

  1. “Sr. Diretor,

Faculdade de Medicina

Universidade de São Paulo

São Paulo, Brasil

Prezado Senhor:

O Dr. Aníbal Silveira, que aqui chegou a 7 de novembro de 1941, espera deixar o Laboratório a 25 de dezembro de 1942. Tomo a liberdade de enviar-lhe esta mensagem por intermédio dele.

Desejo exprimir a gratidão de todos os que trabalhamos neste Laboratório e tivemos o prazer de estar relacionados com o Dr. Silveira, pois todos aproveitamos com a estadia dele entre nós. Ele teve a oportunidade – e a aproveitou – de iniciar novo tipo de investigação sobre a organização funcional do córtex, que promete, muito quanto a ulterior desenvolvimento. Espero que ele faça desta, cada vez mais, seu próprio problema e me sentirei honrado se V. S. me comunicar alguma coisa que eu possa fazer doravante para que ele continue as pesquisas. Verificamos desde o começo a capacidade mental incomum do Dr. Silveira e foi grande prazer vê-lo desenvolver as habilidades manuais exigidas pela investigação que escolheu. Espero, não por causa dele, mas por nossa causa, que ele disponha de facilidades para continuar esse trabalho no Brasil. Os cérebros de alguns dos animais de experiência ficarão conosco para preparações histológicas, as quais enviaremos a ele para estudo. Espero que V. S. avalie quanto lamentamos vê-lo partir do Laboratório.

Sinceramente,

a) Dr. W. S. McCulloch

             Professor Associado de Psiquiatria

                 Encarregado de Pesquisas”

  1. No capítulo córtico-cortical connections (VIII) do livro editado por P. C. Bucy – The precentral motor córtex (10 do ANEXO V) – McCulloch alude ao Autor nos seguintes tópicos (doc. n.°18):
  1. “Agradecimento – …; e, finalmente, a C. Goodwin, J. M. Hamilton, E. Roseman, E. W. Davis e A. Silveira, os quais permitiram a inclusão de observações ainda não publicadas” (pag. 212).
  2. “Existe um segundo processo, até agora não descrito, inventado pelo Sr. Craig Goodwin, da Universidade de Illinois, experimentado pelo Dr. Hugh Garol e o Ser. John Hamilton para termocoagular as camadas profundas do córtex, deixando intactas as superficiais …levará muito tempo para que possam ser descritas as condições exatas para obtê-lo. Entretanto inesperadamente, o S. Goodwin com Dr. Roseman e o Dr. Silveira obtiveram sucesso em várias ocasiões; e, embora comprovações histológicas adequadas ainda não estejam à disposição, as experiências deles mostraram que se as camadas mais profundas forem termocoaguladas e alguma das superficiais persistir, esta produzirá espículas somente negativas-à-superfície” (pág. 227).
  1. “No momento atual o Dr. Silveira está estudando – mediante termocoagulação laminar, estricninização e traçado bioelétrico – as camadas do córtex que dão origem às condições córtico-corticais. Nesse empreendimento ele já pode indicar que, pelo menos de certas áreas, os impulsos eferentes continuam a ir para outras áreas corticais até que a termocoagulação seja suficientemente profunda para abolir a fase positiva-à-superfície.

Finalmente, o Dr. Silveira mostrou que se as camadas mais superficiais do córtex forem termocoaguladas vários dias antes da estricninização, a propagação pode ocorrer a partir da segunda fase positiva-à-superfície, mais difusa.” (pág. 229. Grifos desta tradução.)

  1. – Sobre as concepções e o trabalho clínico que tem dado a público:
  1. Conceitos de Mira y López

No Prólogo em que apresenta a monografia sobre pneumoencefalografia, publicada pelo Autor em colaboração com C. Pereira da Silva e M. Robortella (n.°82):

“…acho justo que seja um estranho ao parnorama da cultura científica brasileira quem as escreva (palavras de apresentação). Pois assim tenho perspectiva, neutralidade e independência suficiente para poder chamar “urbi et orbi” a atenção sobre o extraordinário valor do livro que tão merecidamente conquistou o galardão do Prêmio “Austragélilo”. (pág. 6)

Os AA. Seguiram, precisamente, essa orientação, principalmente baseada na doutrina de Kleist, cujo monumental trabalho de sistematização conhecem a fundo e citam com frequência, embora sem aderir demasiado dogmaticamente a ele, pois têm suficientes reservas para notar um critério eclético, integrador das concepções organicistas e organísmicas, aparentemente antinômicas. Assim é que se firmam no conceito de “organização” e “regência” perfeitamente equidistante entre as ideias de Kleist e as de Lashley, por exemplo. E nos brindam com quatro quadros originais, de correspondência entre sintomas psicológicos e patológicos nas esferas psíquica e neurológica que, por si sós, justificariam o prêmio outorgado e deveriam figurar, com esquemas didáticos de primeira magnitude, em todos os centros de trabalho clínico neuropsiquiátrico.” (pág. 6)

“Cremos sinceramente achar-nos entre uma obra de importância internacional, que haverá de ser vertida, quando menos, para o idioma inglês e que contribuirá grandemente para elevar o já crescente prestígio da neuropsiquiatria brasileira no mundo científico.” (pág. 7).

  1. Julgamentos de Kleist

Informações sobre apreciações de Kleist, transmitida por Meduna em carta de 2-6-1939, enviada de Chicago:

  1. “…Levo ao seu conhecimento que a 9 de julho embarcarei no navio “Southern Princess”, com destino ao Rio. Espero que me seja dado viajar para São Paulo, para aí realizar duas conferências. Ser-me-ía particularmente agradável se eu tivesse oportunidade de completar nossa velha amizade científica com a amizade pessoal. Se o Sr. tiver ocasião de se comunicar com o Sr. Alfredo Scheibe, Caixa Postal 3943, São Paulo, poderá obter dele a data exata da minha chegada.

“Não há muito quando de minha passagem por Frankfurt am Mani, o Professor Kleist, a quem voto o mais elevado apreço, tanto pessoal como científico, manifestou-se em termos particularmente encomiáticos acerca da atividade científica de V. S. Foi com grande satisfação que ouvi essa referência…” (doc. 69b).

  1. Tópicos da carta de 13-7-1959, em que Kleist agradece dois trabalhos de homenagem do Autor, pelo 80.° aniversário (doc. n.° 66):

“O Sr. apresentou no fascículo de ARQUIVOS DE NEURO-PSIQUIATRIA, vo. 17, n.° 2, a mim dedicado, uma exposição de tal modo excelente de minhas pesquisas em patologia cerebral e psiquiátricas, que lhe devo os maiores agradecimentos.

“Não conheço pessoa alguma que haja compreendido tão completamente o meu modo de trabalho e os resultados de minhas pesquisas como o Sr. Eu seria muito feliz se pudéssemos novamente encontrar-nos e exprimir-lhe verbalmente minha satisfação e meu agradecimento.”

  1. Juízo expresso por Ferdinand Morel em maio de 1950 (doc. n.° 71):

“Bel-Air, 20 de maio de 1950

“Caro confrade e amigo:

“Regressando da assembleia de primavera da Sociedade Suíça de Psiquiatria, tenho o grande prazer de informar-vos que, por proposta minha, fostes nomeado membro correspondente da Sociedade Suiça de Psiquiatria.

“É a primeira vez que temos a honra de contar um psiquiatra brasileiro no número de nossos membros correspondentes. Sinto-me particularmente feliz em que esse membro sejais vós, precisamente. Veremos, espero-o, graças a esse novo liame, estreitarem-se as relações entre a psiquiatria brasileira e a psiquiatria suíça.

“Desejei anunciar-vos eu mesmo essa nomeação, sem esperar que sejais informado pelo nosso Secretário.

“Valho-me desta ocasião para lhe enviar minhas mensagens muito amigas e devotadas.”

  1. A respeito do trabalho em higiene mental:

Opinião de Rees (doc. n.° 73), em 3-12-1960, após ter visitado a Secretaria de Saúde Pública e da Assistência Social e tomado contacto com a atividade do Autor:

“Meu caro Aníbal:

“Só agora encontrei oportunidade para me haver com a correspondência, e desejo dizer-lhe quanto fiquei satisfeito em vê-lo novamente e quanto lhe sou grato por ter-me propiciado aquela visita tão estimulante e tão cheia de interesse, ao Secretário da Saúde. Fiquei verdadeiramente, muito bem impressionado, e não me admira que o seu interesse seja muito absorvido pelas tarefas nos Centros de Saúde. É, em realidade, trabalho preventivo de primeira ordem.

“Espero que tenhamos oportunidade de nos encontrarmos novamente algures, de alguma forma.”

  1. Com referência ao modo de encarar a prova de Rorschach:

Apreciação de Morgenthaler em agosto de 1963, a propósito de dois artigos dedicados pelo Autor àquele pesquisador, quando do 80.° aniversário (doc. n.° 72):

“Agradeço-lhe de coração! Foi uma grande surpresa, que me alegrou no mais algo grau e sempre me alegra. Fiz logo traduzir o trabalho de aniversário e o li, naturalmente com grande interesse.”

“…Agora, quanto ao trabalho “Método de Rorschach”. O Sr. o dedicou a mim, o que também me alegra e pelo que de novo lhe agradeço.

“Sobretudo, fiquei impressionado pelo aspecto multilateral e pelo modo de sistematização. O Sr. me parece ser, também, francamente poliglota. Acho que o trabalho merece ser traduzido para o alemão e publicado em Rorschachiana. 

“Naturalmente, porém, se o Sr. mesmo concordar com isso. Com já faz tempo que não sou editor de Rorschachiana, devo falar sobre isso com os Professores Meili e Friedmann e lhe comunicar.” (grifado no original) 

  1. CITAÇÃO DE TRABALHOS
  1. – MONOGRAFIAS 
  1. SAMPAIO, G. – A esterilização eugênica e a deontologia médica – São Paulo, SP; 1928.
  2. SILVA, N. T. – Esquizofrenia. Sua terapêutica pelo método de von Meduna – Curitiba, PR; 1938.
  3. RUFFIN, H. – Sitrnhirnsymptomatologie und Stirnhirnsyndrome – Fortschr. Neurol. 1:34-84; 1939.
  4. MÜLLER, M. – Die Insulin-und Cardizaolbehandlung in der Psychiatrie – Fortschr. Neurol. 11:361-408, 417-486; 1939.
  5. RAMÍREZ MORENO, R. – Tratamiento de la esquizofrenia – 2.ª Jorn. Panamer., Lima 1:369-416; 1939.
  6. YAHN, M. e PUPO, P. P. – Estudo clínico e neuro-histológico dos comas post-hipoglicêmicos no decurso da insulinoterapia pelo método de Sakel – São Paulo; 1940.
  7. SAL U ROSAS, F. – Contribución experimental a la patogenia de la epilepsia y de la histeria – Rev. Neuro-Psiquiatria, Lima 5:450-521; 1942.
  8. McCULLOCH, W. S. – Cortico-cortical connections – Chapter VIII (211-242), in BUCY, P. C., Ed.: The precentral motor cortex – Illinois Monographs: Urbana; 1943 – 2nd ed.; 1949.
  9. BARBOSA, J. T. – Tratamento de doenças nervosas e mentais – Rio de Janeiro; 1944.
  10. BARAHONA FERNANDES, H. J. – Considerações sobre o eletrochoque – Lisboa; 1947.
  11. WARD Jr, A. A. – The anterior cingulate gyrus – Chap. XIV, in The Frontal Lobes, 438-445 – Williams & Wilkins: Baltimore; 1947.
  12. RIECHERT, T. – Der heutige Stand der Psychochirurgie – Nervenarzt 20:14-20; 1949.
  13. BONIN, G von – Architectonics of the precentral motor cortex – Chapt. II, in BUCY, P. C.: The precentral motor cortex – 7-82, 2nd ed. – Illinois Monographs: Urbana; 1949
  14. HASSLER, R. – Über die anatomischen Grundiagen der Leukotomie – Fortschr. Neurol. 18:351-367; 1950.
  15. MEYER, A. – Anatomical lessons from prefrontal leucotomy – Comptes Redus, Congr. Internat. Psychiatrie, Paris – III:107-146; 1950.
  16. MONTE SERRAT, P. T. – Perturbações da afetividade – Curitiba, PR: Escola Técnica de Curitiba; 1953.
  17. CHOW, K. L and P. J. HUTT – The “association cortex” of Macaca mulatta: a review of recent contributions to its anatomy and functions – Brain 76:625-677; 1953.
  18. MARTUCELLI, C. – Estudos de sociologia e história (págs. 92-124) – Editora Anhembi: São Paulo; 1957.
  19. DENNY-BROWN, D. – Motor mechanisms – in FIELD, J. and H. W. MAGOUN: Neurophysiology, vol. II – Williams & Wilkins: Baltimore, Md; 1960 (Chap XXXII: 781-796).
  20. TERZUOLO, C. A. and H. W. ADEY – Sensorimotor cortical activities – in FIELD, J and H. W. MAGOUN: Neurophysiology, vol. II – Williams & Wilkins: Baltimore, Md; 1960 (Chap. XXXII: 797-835).
  21. KAADA, B. R. – Cingulate, posterior orbital, anterior insular and temporal pole córtex – in FIELD, J and H. W. MAGOUN: Neurophysiology, vol. II – Williams & Wilkins: Baltimore, Md; 1960 (Chap. LV: 1345-1372)
  1. – LIVROS
  1. BARAHONA FERNANDES, H. J. – Análise clínica dos síndromes hipercinéticos – Lisboa; 1938.
  2. GOMES, H. – Estudo médico-legal dos esquizofrênicos insulinizados e cardiazolizados – Rio de Janeiro; 1939.
  3. MENDONÇA, A. R. – Novos aspectos na terapêutica da esquizofrenia – Belo Horizonte, MG; 1939.
  4. SCHNEIDER, C. – Behandlung und Verhütung der Geiteskrankheiten – Springer: Berlin; 1939.
  5. LEWIS, N. D. – Year Book of Neurology, Psychiatry and Endocrinology – Year Book Publishers: Chicago; 1940
  6. ROSSETO, O. – Consulsoterapia e sua aplicação ao tratamento da coreia – São Paulo; 1940. 
  7. BASTOS, F. O. – Convulsoterapia aplicada aos distúrbios mentais não esquizofrênicos – São Paulo; 1941.
  8. BALMES, J. P. – Contribución al estudio de la terapéutica convulsivante en las enfermedades mentales – Salvat: Barcelona; 1941.
  9. PEREIRA, M. – Morfología constitucional feminina – São Paulo; 1942.
  10. BUCY, P. C. – The precentral motor cortex – Illinois monographs: Chicago; 1943.
  11. CASTRO, A. – Problemas de neurologia – Ponzini: São Paulo, 1943.
  12. MIRA Y LÓPEZ, E. – Manual de Psiquiatria, 2.ªed. – Ateneo, Buenos Aires; 1943.
  13. MOUCHET, E. – Nuevos tratamientos de los estados esquizofrénicos – Gil: Buenos Aires; 1943. 
  14. PERNAMBUCANO, J. – Estudo anátomo-clínico das atrofias cerebelares – Recife PE; 1944.
  15. CERQUEIRA, L. – Psicodiagnóstico de Roschach – Salvador, BA; 1945.
  16. ROXO, H. – Manual de Psiquiatria, 4.ª ed. – Alves: Rio de Janeiro; 1945.
  17. BONIN, G von and BAILEY, P. – The neocortex of Macaca mulatta – University of Illinois Press: Urbana; 1947.
  18. McCULLOCH, W. W. et al. – The frontal lobes – A.R.N.M.D., vol. 27 – Williams & wilkins: Baltimore; 1947.
  19. BELLAK, L. – Dementia praecox – Grune & Stratton: New York; 1948.
  20. HEYGSTER, H. – Die psychische Symptomatologie bei Stirnhirnläsionen – Hirzel: Leipzig; 1948.
  21. FULTON, J. F. – Physiology of the nervous system, 3rd ed. – Oxford University Press: London, New York, Toronto; 1949.
  22. BONIN, G von – Essay on the cerebral cortex – Thomas Springfield; 1950.
  23. CORONEL, C. G. – El psicodiagnóstico miokinetico. Su teoría y su práctica – Ateneo: Buenos Aires; 1950.
  24. ARRUDA, J. R. – Compêndio de psicologia – Saraiva: São Paulo; 1951.
  25. YAHN, M, A. M. PIMENTA e SETTE Jr. – Tratamento cirúrgico das moléstias mentais (leucotomia) – Edigraf: São Paulo; 1951.
  26. MIRA Y LÓPEZ, E. – a) Le psychodiagnostic myokinétique – Centre de Psychologia Appliquée : Paris ; 1951 ; b) El psicodiagnostico miokinetico (trad. Castellana A. M. Galland) – Paidós : Buenos Aires ; 1957.
  27. MÜLLER, M. – Die körperlichen Behandlungsverfahren in der Psychiatrie – I. Band: Die Insulinschockbehandlung – Thieme: Stuttgart; 1952.
  28. BERARDINELLI, W. – Biotipologia: constituição, temperamento, caráter, 5.ª ed. – Alves: Rio; 1952.
  29. ROF CARBALLO, J. – Cerebro interno y mundo emocional – Labor: Barcelona; 1952.
  30. SOUSA, C. C. – O método de Rorschach – Editora Nacional: São Paulo; 1953
  31. BARRAQUER-BORDAS, L. – Fisiologia y clínica del sistema límbico – Montalvo: Madrid; 1955
  32. CORNIDE, J. L. – Anatomia del sistema nervioso, 2.° tomo – Cubanacan: Habana; 1956
  33. PERNETTA, A. B. – Filosofia Primeira – Laemmert: Rio; 1957.
  34. MIRA Y LÓPEZ, E. – Manual de orientación profesional, 4.° vol. – Kapelusz: Buenos Aires, 1957.
  35. ARMBRUST-FIGUEIREDO, J. – Contribuição ao estudo clínico da epilepsia temporal – Escola Paulista de Medicina: São Paulo; 1958.
  36. HUTCHINSON, B. – Mobilidade e trabalho – Centro Brasileiro de Pesquisas: Rio de Janeiro, 1960 (Cap. 10, MATUSCHELLI BORI, C.)
  37. HERMANN, G. – Nuestra Psiquiatria – Paidós: Buenos Aires; 1960.
  38. MORAES PASSOS, A. C. e O. FARINA, eds. – Aspectos atuais da Hipnologia – Linográfica Editora: São Paulo; 1961. 
  1. RESUMOS E ANÁLISES DE TRABALHOS DO AUTOR

Revistas brasileiras:

  • Anais Paulistas de Medicina e Cirurgia
  • Arquivos de Neuro-Psiquiatria
  • Gazeta Clínica
  • Revista da Associação Paulista de Medicina
  • Revista de Neurologia e Psiquiatria de São Paulo
  • Arquivos da Clínica Pinel (Porto Alegre, RS)
  • Neurobiologia (Recife, PE)
  • A Folha Médica (Rio, GB)

Revistas alemãs

  • Fortschritte der Neurologie und Psychiatrie
  • Psychiatrisch-neurologische Wochenschrift
  • Zeitschrift für die gesamte gerichtliche Medizin
  • Zentralblatt für die gesamte Neurologie und Psychiatrie

Revistas argentinas

  • El Ateneo
  • Index de Neurología y Psiquiatría
  • Revista Neurológica de Buenos Aires

Revista equatoriana:

  • Archivos de Criminología, Neurología, Psiquiatría y Disciplinas Conexas

Revistas francesas:

  • Annales Médico-Psychologiques
  • Revue Neurologique

Revista holandesa:

  • Excerpta Medica – Section VIII (Neurology and Psychiatry)

Revista inglesa:

  • Journal of Mental Science

Revistas norte-americanas:

  • American Journal of Human Genetics
  • American Journal of Psychiatry
  • Archives of Neurology and Psychiatry
  • Journal of the American Medical Association
  • Journal of Nervous and Mental Diseases

Revista peruana:

  • Revista de Neuro-Psiquiatria

ANEXO VI

ATIVIDADE PROFISSIONAL E TÍTULOS

  1. Anátomo-patologista do Hospital de Juqueri, São Paulo, 1931 (12).
  2. Perito forense no Foro da Capital, desde 1932.
  3. Alienista do Hospital de Juqueri, 1932-1935 (12).
  4. Médico interno Residente (psiquiatra de tempo integral) do Hospital de Juqueri, 1935-1938 (12)
  5. Psiquiatra do Hospital de Juqueri, 1938-1947 (12).
  6. Chefe de Clínica Psiquiátrica, Departamento Masculino, Hospital de Juqueri, 1947-1951 (15).
  7. Psiquiatra encarregado de Serviço de Higiene Mental, Departamento de Saúde do Estado, desde 1951 (16).
  8. Redator, Revista de Neurologia e Psiquiatria de São Paulo, 1934 (27).
  9. Membro, Comissão Julgadora do Prêmio Enjolras Vampré, APM, 1940 (28)
  10. Presidente, Departamento de Neuropsiquiatria, Associação Paulista de Medicina, 1941 (28)
  11. Docente-livre de Psiquiatria, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 1941 (20).
  12. Fellow, John Simon Guggenheim, Memorial Foundation (fisiologia do cortex cerebral), 1941-1942 (29)
  13. Research Assistant in Psychiatry, University of Illinois College of Medicine, Chicago, USA, 1942-1943 (21).
  14. Prêmio “A. Austregélio”, de Neurologia, Academia Nacional de Medicina, Rio, 1945 (30).
  15. Prêmio “Gen. João Severiano da Fonseca”, de Medicina Militar, Associação Paulista de Medicina, 1945 (31).
  16. Membro, Comissão de Seleção, Arquivos da Assistência a Psicopatas, São Paulo, 1946 (32a).
  17. Presidente, Centro de Estudos “Franco da Rocha”, São Paulo, SP, 1946 (32a).
  18. Membro da Comissão Nacional para a Revisão da Classificação Brasileira de Doenças Mentais, Rio, 1948 (33).
  19. Membro do Conselho Consultivo, Departamento de Psicologia Médica e Medicina Psicossomática, Centro Acadêmico “Oswaldo Cruz”, USP, São Paulo, 1949 (34).
  20. Membro da Comissão para Seleção de Especialistas, Departamento de Neuropsiquiatria, Associação Paulista de Medicina, 1952 (28)
  21. Fundador e orientador inicial, Grupo de Rorschach, Sociedade de Psicologia de São Paulo, 1949.
  22. Representante do Departamento de Saúde do Estado e do Departamento de Assistência a Psicopatas, 2nd International Congress on Orthopedagogics, Amsterdam, 1949 (35)
  23. Diretor Brasileiro, Section III – “Anatomophysiologie Cérébrale et Biologie », Congrès International de Psychiatrie, Paris, 1950 (32). 
  24. Président de Séance, Congrès International de Psychiatrie, Paris, 1950 (32).
  25. Delegado Brasileiro, Congrès International de Psychiatrie (élection pour la Séance de Clôture), Paris, 1950.
  26. Delegado Brasileiro, International Rorschach Committee, Zurich, 1950 (37).
  27. Delegado Brasileiro, 3rd Annual Meeting, World Federation for the Mental Health, Paris, 1950 (38).
  28. Redator, Revista Latino-Americana de Psiquiatria, Argentina, 1950 (39)
  29. Contributing Editor, International Journal of Group Psychotherapy, USA, 1951 (40).
  30. Delegado Brasileiro, 4th Annual Meeting, World Federation for Mental Health, México, 1941 (41).
  31. Member, Editorial Board, Acta Psychotherapeutica, Psychosomatica, Orthopaedagogica, Amsterdam, 1952 (42)
  32. Presidente, Sociedade Rorschach de São Paulo, 1952-1953 (43)
  33. Representante da Sociedade Rorschach de São Paulo, 2nd International Rorschach Congress, Bern, 1952 (43)
  34. Professor-visitante de Psicopatologia, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, USP, 1954-1957 (24)
  35. Member, Sonsoring Committee, International Congress on Group Psychotherapy, Canada, 1954 (44)
  36. Panel Speaker, International Congress on Group Psychotherapy, Toronto, 1954 (45)
  37. Vice-Presidente, Sociedade Pavlov de Fisiologia e Medicina, São Paulo, 1955
  38. Membro da Comissão Organizadora, 1.° Congresso Latino-Americano de Psicoterapia de Grupo, Argentina, 1956 (45)
  39. Membro, Comissão universitária para estudar a fundação de um Instituto de Genética Humana, USP, São Paulo, 1956 (16)
  40. Relator Oficial, Simpósio da Liga Brasileira contra Epilepsia, Salvador, BA, 1957.
  41. Convidado (1956) para integrar a Banca Examinadora do Concurso à Cátedra de Clínica Psiquiátrica em 1957, Faculdade Nacional de Medicina, Rio GB (46)
  42. Vice-Presidente, Secção de Genética Médica, 1.ª Reunião Brasileira de Genética Humana, Curitiba PR, 1958 (47)
  43. Sócio honorário, Centro de Estudos “Franco da Rocha”, São Paulo, 1959 (48)
  44. Organizador dos Programas de Concurso para Especialistas em Psicologia Médica e Psiquiatria. Associação Paulista de Medicina, 1960 (28)
  45. Vice-président de Séance, 5. Internationaler Kongress für Psychotherapie, Wien, 1961 (49)
  46. Symposium Speaker, 3rd World Congress of Psychiatry, Montreal, PQ, Canada, 1961 (50)
  47. Member, Collaboratores, Acta Psychotherapeutica et Psychosomatica, Basel, 1963 (51)
  48. Presidente, Instituto Paulista de Parapsicologia, 1963 (52)

ANEXO VII

SOCIEDADES CIENTÍFICAS PARA AS QUAIS FOI ELEITO

  1. Associação Paulista de Medicina, Secção de Neuropsiquiatria, São Paulo, 1932 (28)
  2. American Eugenic Society, USA, 1940 (53)
  3. American Orthopsychiatric Association, USA, 1941 (54)
  4. Sociedade de Medicina Legal e Criminologia de São Paulo, 1941
  5. Centro de Estudos “Franco da Rocha”, São Paulo, 1942 (32)
  6. American Academy of Political and Social Sciences, USA, 1944 (56)
  7. American Group Psychotherapy Association, USA, 1946 (57)
  8. Nacional Council on Family Relation, USA, 1947 (58)
  9. Sociedade de Psicologia de São Paulo, 1949
  10. Sociedad de Neurología y Psiquiatría de Buenos Aires, República Argentina (sócio correspondente), 1949 (59 a e b)
  11. International Rorschach Society, Suíça (membro fundador), 1949 (37)
  12. American Society of Human Genetics, USA, 1950 (60)
  13. Société Suisse de Psychiatrie (membro correspondente), Suisse, 1950 (61)
  14. The Society for Applied Anthropology, USA, 1951 (62)
  15. World Federation for Mental Health (associate member), London, 1952 (63)
  16. Sociedade Rorschach de São Paulo (membro fundador), São Paulo, 1952 (43)
  17. American Association for the Advancement of Science, USA, 1952 (64)
  18. American Genetic Association (corresponding member), USA, 1953 (65)
  19. Sociedade Pavlov de Fisiologia e Medicina, São Paulo, 1955
  20. Sociedade de Higiene Mental e Psiquiatria Infantil, São Paulo, 1956
  21. Sociedade Brasileira de Genética, 1958
  22. Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, 1959
  23. Sociedade Paulista de Psicologia e Psicoterapia de Grupo, 1960
  24. Associação dos Médicos do Serviço dos Centros de Saúde, São Paulo, 1960
  25. Departamento de Psiquiatria, Associação Paulista de Medicina (membro fundador), São Paulo, 1960 (28)
  26. Academia Brasileira de Neurologia, 1962
  27. Instituto Paulista de Parapsicologia, 1963 (52)

ANEXO VIII

CONGRESSOS CIENTÍFICOS PARA OS QUAIS CONTRIBUIU

  1. 1.° Congresso Brasileiro de Oftalmologia, São Paulo, 1935 (23)
  2. 1.° Congresso Paulista de Psicologia, Neurologia e Psiquiatria, São Paulo, 1938 (33, 35)
  3. 2.ª Jornada Sul-Americana de Medicina y Especialidades, Montevideo, 1938 (29)
  4. 10.° Congreso Panamericano de Medicina e Higiene, Bogotá, 1938 (29)
  5. 2.ª Jornada Neuro-Psiquiátrica Panamericana, Lima, 1939 (40-42)
  6. Annual Meeting, Society for Neurological Physiology, Chicago, 1942 (53, 54)
  7. Congresso, Sociedad de Neurología y Psiquiatría de Buenos Aires,1944 (75-78)
  8. 1.° Congresso Médico-Social Brasileiro, São Paulo, 1945 (79-81)
  9. 1.° Congresso Inter-Americano de Medicina, Rio, 1946 (147)
  10. International Conference on Psychosurgery, Lisboa, 1948 (187, 188)
  11. International Congress on Mental Health, London, 1948 (189)
  12. 5.° Congresso Brasileiro de Psiquiatria, Neurologia, Medicina Legal, Rio, 1948 (190-198)
  13. 2nd International Congress for the Education of Maladjusted Children, Amsterdam, 1949 (203)
  14. International Rorschach Meeting, Zürich, 1949 (204-206)
  15. Third Annual Meeting, Word Federation for Mental Health, Paris, 1950 (224)
  16. 2eme Congrès International de Criminologie, Paris, 1950 (225)
  17. Congrès International de Psychiatrie, Paris, 1950 (226-235)
  18. 4.° Congresso Sul-Americano de Neurocirurgia, Porto Alegre, RS, 1951 (240)
  19. 3.ª Jornada Brasileira de Radiologia, Rio DF, 1951 (243)
  20. Fifth Annual Meeting, World Federation for Mental Health, Bruxelles, 1952 (257)
  21. 2nd International Rorschach Congress, Bern, 1952 (258)
  22. 10.° Congresso Brasileiro de Higiene. Belo Horizonte, MG, 1952 (259)
  23. 1.° Congresso Latino-Americano de Psicologia, Curitiba PR, 1953 (301, 302)
  24. 1.° Congresso Latino-Americano de Saúde Mental, São Paulo SP, 1954 (Discussão em Mesa Redonda)
  25. International Congress on Group Psychotherapy, Toronto, 1954 (307)
  26. 1st International Congress on Human Genetics, Copenhague, 1956 (316)
  27. Simpósio da Liga Brasileira contra a Epilepsia, Salvador BA, 1957 (323)
  28. 9.ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Rio, 1957 (334)
  29. 4ème Congrès International Rorschach, Bruxelles, 1958 (350)
  30. 1.ª Reunião Brasileira de Genética Humana, Curitiba PR, 1958 (355, 356)
  31. 1.° Congreso Peruano de Neuropsiquiatría, Lima, 1958 (353)
  32. 1.° Simpósio Sul-Americano de Genética, São Paulo SP, 1960 (364)
  33. 12.ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Piracicaba, SP, 1960 (368)
  34. Symposium on Endogenous Psychoses, 3rd World Congress of Psychiatry, Montreal, 1961 (394)
  35. 13.ª Reunião Annual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Poços de Caldas, MG, 1961 (402)
  36. Internationaler Kongress für Psychotherapie, Wien, 1961 (403)
  37. 14.ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Curitiba PR, 1962 (413)
  38. 6.° Congresso Nacional de Neurologia, Psiquiatria e Higiene Mental, Belo Horizonte MG, 1962 (416)
  39. 1.ª Reunião Anual, Academia Brasileira de Neurologia, Curitiba PR, 1963 (420)

ANEXO IX

TRABALHOS NEUROPSIQUIÁTRICOS

(PUBLICAÇÕES, COMUNICAÇÕES, CONFERÊNCIAS)

No campo da investigação neuropsiquiatria, quer terapêutica, quer anátomo-clínica, nossos esforços têm visado sempre a patologia cerebral, procurando estabelecer as correlações entre alterações orgânicas focais e desordens psíquicas locais ou originadas à distância, e ao mesmo tempo tentando esclarecer a dinâmica do cérebro. Procuramos sempre frisar a solidariedade entre os planos estrutural, dinâmico e subjetivo da personalidade humana na exteriorização dos quadros mórbidos. 

É essa a orientação que temos empregado no estudo das alterações cerebrais não congênitas; e assim, ao que saibamos pela primeira vez na literatura, pudemos demonstrar – por meio da pneumoencefalografia – alterações orgânicas in vivo em pacientes com o síndromo psiquiátrico do lobo frontal; pelo mesmo processo e também, segundo supomos, pela primeira vez na literatura chegamos a identificar o síndromo do lobo frontal consequente a lesões distantes, situados na zona parieto-temporal; ainda dessa forma estamos procurando isolar o síndromo psiquiátrico correspondente à zona parieto-temporal, para o que estamos reunindo observações clínicas e anatômicas pessoais concludentes. 

O emprego da pneumoencefalografia como recurso “localizatório” e a interpretação dela sob esse aspecto – isto é, controlada pelos dados psiquiátricos “focais”, pelos neurológicos e pelos experimentais – constituem orientação original. Utilizando tal orientação nos nossos pacientes obtivemos resultados interessantes não somente nos esquizofrênicos, como também em doentes com lesões anatômicas do encéfalo e sobretudo em casos em que havia indicação para intervenção operatória no cérebro. 

Esse modo de encarar a patologia cerebral, articulando os dados anatômicos, fisiológicos, psicológicos e filogenéticos temos aplicado com finalidade prática no estudo dos métodos mais recentes para o tratamento da esquizofrenia – e o de Meduna e o de Sakel; investigamos assim não só o mecanismo de ação desses processos, mas também as indicações para a escolha do método mais adequado; e chegamos, neste particular, a conclusões mais precisas que as que se conheciam nas publicações americanas e europeias. Temo-nos esforçado por apurar as diferentes causas que falseiam os resultados destes métodos terapêuticos, apontando fatos que ainda não foram satisfatoriamente focalizados pelos diversos autores. Tanto quanto podemos avaliar pela bibliografia mundial de que dispomos, acreditamos ter primazia no estudo apurado do biotipo como fator nas remissões terapêuticas, na sistematização dos fenômenos motores e vegetativos do tratamento convulsivante e principalmente da psicopatologia deste processo, para o que nos valemos de filmes cinematográficos; isolamos vários tipos motores e arrolamos diversos distúrbios perceptivos, com significação para o prognóstico.

No domínio da semiologia fomos dos primeiros autores brasileiros a publicar estudos sobre o automatismo mental de Clérambault (o 1.° trabalho que conhecemos é de Teixeira Lima e Guerner, apresentado pouco antes do nosso mas até agora inédito), com documentação clínica em 29 casos pessoais; quanto às psicoses toxi-infecciosas fomos, que saibamos, o primeiro no Brasil a estudar as encefalites psicóticas de Marchand; e, em colaboração com o Dr. J. B. dos Reis – assistente de laboratório do Hospital de Juqueri – o primeiro na literatura que estudou em bases precisas e de modo sistemático grupos de alterações liquóricas globais em doentes com encefalite tóxi-infeciosa, tóxica, ou com amolecimento cerebral em fase aguda.

São os seguintes os trabalhos, com orientação neuropsiquiátrica, de nossa autoria:

  1. Eugenismo do aborígene – Correio Paulistano (São Paulo) 10-1-1927
  2. Higiene e eugenia à luz da moral – Gaz. Clin. (São Paulo) 26:180-191; 1928
  3. De eugenia – Correio Paulistano (São Paulo) 8, 15, 25, 29-2; 9. 15-3-1928
  4. Bases fisiológicas da fisicultora – Ver. Med. (São Paulo) 12: 330-338; 1927.
  5. Educação física – 265 págs (São Paulo), Ed. A. Tisi; 1929 (ver Caps. VI, VII, XI, XII, parte segunda, sobre higiene mental e eugenia).
  6. Do ambulatório de higiene mental. Colaboração na campanha social – Bol. Hig. Mental (São Paulo) 23:2-5; 1930.
  7. Assistência geral aos psicopatas – Bol. Hig. Mental (São Paulo) 25:1; 1931.
  8. Reeducação de doentes mentais – Bol. Hig. Mental (São Paulo) 25:2; 1931.
  9. Esporte e Higiene Mental – Bol Hig. Mental (São Paulo) 25:3-4; 1931.
  10. Da clínica psiquiátrica e do ambulatório de higiene mental – 83 págs. Tese de doutoramento (São Paulo) Fac. Med.: 1931.
  11. Síndromo do lobo frontal – São Paulo Med. (São Paulo) 7, vol. I:167-183: 134.
  12. As funções do lobo frontal – Rev. Neurol. Psiquiatria São Paulo (São Paulo) 196-228; 1935.
  13. Síndromo de automatismo mental de Clérambault – Rev. Neurol. Psiquiatria São Paulo (São Paulo) 1:374-382; 1935.
  14. Síndromo de automatismo mental de Clérambault. Observações clínicas e comentários – Rev. Neurol. Psiquiatria São Paulo (São Paulo) 2:1-31; 1936.
  15. Homicídio como reação psicopática em uma septuagenária com lesão cerebral orgânica. Diagnóstico diferencial e conclusões médico-legais – Rev. Neurol. Psiquiatria São Paulo (São Paulo) 2: 128-134; 1936 (c/ L. P. Toledo)
  16. Reação antissocial (fratricídio) prodrômica de encefalite. Diagnóstico diferencial. Considerações clínicas de ordem localizatória. Conclusões médico-legais(em colaboração com o Dr. J. de Andrade Silva Jr.) – Rev. de Neurol. e Psiquiatria de São Paulo, 2, págs. 246-257, 1936.
  17. Valor semiológico do automatismo mental de Clérambault. Comentários em torno de alguns casos pessoaisSão Paulo Méd., 9, vol. II, págs. 67-80, 1936. (17)
  18. Catalepsia periódica concomitante a fenômenos de automatismo mental e distúrbios neurovegetativos episódicos (Observação clínica, com apresentação de doente) – Reunião neuropsiquiátrica do Hospital de Juqueri, 6-6-1936.
  19. Tumor cerebral em menina de 7 anos (em colaboração com os Drs. Vicente Batista da Silva, A. Mattos Pimenta e P. Pinto Pupo) – Assoc. Paulista de Med., Secção de Pediatria, reunião de 19-6-1936.
  20. Encefalites “psicóticas” de Marchand. A propósito de um caso médico-legalbibliografia – 11 págs. – A Folha Méd., Rio de Janeiro, 5-10-1936. (20)
  21. Teoria das funções cerebrais segundo Augusto Comte. Apanhado geralAssoc. Paulista de Med., Secção de Neuropsiquiatria, reunião de 5-11-1936.
  22. Tumor cerebral da fossa anterior (meningioma paramediano) em doente sexagenário. Observação clínica e anatômica(em colaboração com o Dr. P. Pinto Pupo) – Arq. Assist. a Psicopatas, São Paulo, I, págs. 57-76, 1936. (22)
  23. Tumor do ângulo pontocerebelar com estase papilar tardia(em colaboração com o Dr. G. Junqueira Franco) – 7 figs. – 2 pranchas estereoscópicas – bibliografia – Arq. Assist. a Psicopatas, São Paulo, 1, págs. 77-89, 1936. (23)
  24. Campos arquitetônicos do lobo frontal e funções da inteligência. Resumo anátomo-fisiológico crítico. Ensaio clínico baseado em observações pessoais26 figs. 1 em cores – bibliografia – Rev. de Neurol. e Psiquiatria de São Paulo, 3, págs. 131-161, 1937. (24)
  25. Lesões casuais e lesões sistemáticas do cérebro nas doenças mentais40 figs. – bibliografia – Arq. Assist. a Psicopatas, São Paulo, 2, págs. 191-217, 1937. (25)
  26. Contribuição para o tratamento convulsivante nos esquizofrênicos – I: Tentativa de explicação para os resultados. – 2 figs. – bibliografia – Arq. Assist. a Psicopatas, São Paulo, 2, 391-450, 1937. (26)
  27. Das leis estáticas e dinâmicas da inteligência. Aplicação à patologia mental – bibliografia – Arq. Assist. a Psicopatas, São Paulo, 2, 571-582, 1937. (27)
  28. Perversão de instintos e do caráter, consequente a encefalite epidêmica na infância. Homicídio. Considerações clínicas de ordem localizatória. Conclusões médico-legais(em colaboração com o Dr. Luiz Pinto de Toledo) – 1 fig. – bibliografia – Arq. Assist. a Psicopatas, São Paulo, 3, págs. 31-52, 1938. (28)
  29. Diretrizes para a escolha entre o coma insulínico e o choque convulsivante no tratamento de esquizofrênicos – Contribuição clínica pessoalJorn. Sul-amer. de Medicina e Especialidades. – Bibliografia – Arq. Assist. a Psicopatas, São Paulo, 3, págs. 53-65, 1938. (29)
  1. Doença de Alzheimer sob a forma de apraxia construtiva, alexia, agrafia e amnésia verbal (observação clínica pessoal) Etiopatogenia dos sintomas – Associação Paulista Med. Dep. Neuropsiquiatria, 5-2-1936.
  2. Contribuição para o tratamento convulsivante nos esquizofrênicos: II – Modalidades do acesso provocado. Análise das observações clínicas pessoais à luz da patologia cerebral – Assoc. Paulista Med. Dep. Neuro-Psiquiatria, 5-4-1938.
  3. Contribuição para o tratamento convulsivante nos esquizofrênicos: III – Distúrbios da percepção e da expressão desencadeados pelo choque convulsivante – Assoc. Paulista Med., Dep. Neuro-Psiquiatria.
  4. Importância das concepções localizatória para a neuropsiquiatria e particularmente para a intervenção no cérebro – 1.° Congresso Paulista Neurol. Psiquiatria, São Paulo, 27-7-1938. Rev. Neurol. Psiquiatria São Paulo (São Paulo):154; 1938.
  5. Tratamentos modernos nos esquizofrênicos, em comparação com os métodos de rotina. Resultados estatísticos em duzentos casos pessoais. Neurobiol. (Recife) 1:327-342; 1938.
  6. Alterações não meta-luéticas do líquido céfalo-raquidiano em doentes mentais. Ensaio de sistematização clínica – (em colaboração com o Dr. J. Be. Dos Reis) – I. Congr. Paulista de Neurol., Psicol. Psiquiatria, Endocrinol., etc., São Paulo, 27-7-1938 – 1 tabela – bibliografia – 51 págs. – Brasil-Méd., 53, n.ºs 15, 16 e 17, de 8, 15 e 22 de abril, 1930. (35)
  7. Valor dos sinais neuropsíquicos para o diagnóstico topográfico das lesões cerebrais em foco. Observação pessoal, clínica e anatômica – Assoc. Paulista Med., Dep. Neuro-Psiquiatria, 5-11-1938.
  8. Pelos métodos de von Meduna e de Sakel, mas contra a aplicação deles como tratamento inicialAssoc. Paulista de Med., Secção de Neuropsiquiatria, reunião de 5-12-1938.
  9. Influência real do tratamento convulsivante sobre o psiquismo esquizofrênico. Três casos de aparente recidiva – Assoc. Paulista de Med., Dep. Neuro-Psiquiatria, 6-2-1939.
  10. Contribuição para o tratamento convulsivante nos esquizofrênicos – IV: Fenômenos neurovegetativos no acesso provocadoAssoc. Paulista de Med., Secção de Neuropsiquiatria, reunião de 5-4-1939.
  11. Ensaio de psicopatologia no choque convulsivante. Aplicações de importância prática imediata – 2.ª Reun. Jorn. Neuro-Psiquiat. Panamer. Tomo II:578-586; 1939.
  12. Estudos biotipológicos em esquizofrênicos tratados pelo método de von Meduna(em colaboração com o Dr. Coriolano R. Alves) – 2ª Jorn. Neuro-psiquiátr. Panamer., Lima, março de 1939 – 5 figs. – 2 tabelas – bibliografia – Neurobiologia (Recife), 2, págs. 155-169, 1939.
  13. Einige Fehlerquellen, die sich bei den modernen Schizophreniebehandlungen vermeiden lossenbibliografia – Allgemaine Zeitschrift für Psychiatrie, 114, págs. 125-139, 1940. (42)
  14. Behandlung Schizophrener mittels Insulins – oder Konsulsions-shocks? Klinischer Beitrag für die Auswahl der Kranken.bibliografia – Zeitschrift für die gesamte Neurol. Und Psychiatrie, 166, págs. 604-622, 1939.
  15. Contribuição para o tratamento convulsivante nos esquizofrênicos: V – O fator biotipológico em confronto com os demais(em colaboração com o Dr. Coriolano R. Alves) – Assoc. Paulista de Med., Secção de Neuropsiquiatria, reunião de 24-1-1940.
  16. Contribuição para o estudo do automatismo mental. O “eco” neurológico e o “eco” psíquicoAssoc. Paulista de Med., Secção de Neuropsiquiatria, reunião de 15-2-1940.
  17. Lesões prováveis do estriado. Apresentação de doentes – Reun. Hosp. Juqueri, 15-3-1940.
  18. A idade como fator patoplástico em doentes mentais. Casos clínicos e anatômicos pessoaisReunião Neuro-psiquiátr. do Hospital de Juqueri, 15-5-1940.
  19. Síndromo extrapiramidal filiável à automatose. Apresentação de doentes – Reun. Hosp. Jqueri, 15-9-1940
  20. Conceitos de esquizofrenia. Casos clínicos pessoaisReunião Neuro-psiquiátr. do Hospital de Juqueri. 15-10-1940.
  21. “Psicoses degenerativas”. “Estados crepusculares episódicos” (Kleist). Cinco observações clínicas pessoais. – Assoc. Paulistas de Med., Secção de Neuropsiquiatria, reunião de 5-11-1940.
  22. O método de Meduna em esquizofrênicos crônicos – Tese de docência-livre, 150 págs. (São Paulo); Fac. Med.; 1941.
  23. Paranoia. Nosografia, clínica, medicina legal – Aula Fac. Med. São Paulo, 6-31941
  24. On signs of cortical potentials – Soc. Neurol. Physiology, annual meeting, Chicago, 3-6-1942 (c/ C. Goodwin)
  25. Effects of thermocoagulation on cortical potentials – Soc. Neurol. Physiology, Chicago, 24-12-1942 (c/ C. Goodwin e W. S. McCulloch).
  26. Orientação da neuropsiquiatria em Chicago – Assoc. Paulista Med. Dep. Neuro-Psiquiatria, 19-3-1943.
  27. O eletroencefalograma em clínica e na experimentação – Centro de Estudos “Franco da Rocha”, 14-5-1943
  28. Semiologia da percepção – Curso de Psiquiatria, Hosp. Juqueri, 11-6-1943.
  29. O eletroencefalograma em neuropsiquiatria. Valor diagnóstico e indicações clínicas – Assoc. Paulista Med., Dep. Neuro-Psiquiatria, 19-7-1943.
  30. Notas sobre a atividade elétrica do cérebro, especialmente em relação à eclampsia – Conferência, Serv. Prof. Briquet, São Paulo, 12-7-1943.
  31. A classificação nacional das doenças mentais. Sugestões para a revisão. Arq. Assist. Psicopatas São Paulo 9:73-106; 1944 (Reun. Hosp. Juqueri, 30-7-1943)
  32. Psicose Maníaco-depressiva – Curso de Psiquiatria, Hosp. Juqueri, 20-8-1943.
  33. Contribuição para os símbolos e o protocolo no método de Rorschach – Assoc. Paulista Med., Dep. Neuro-Psiquiatria, 8-10-1943.
  34. Psicodiagnóstico de Rorschach. Algumas notas práticas – Conferência. Soc. De Neurol. e Psiquiatria, Belo Horizonte, MG, 12-10-1943.
  35. Encefalite epidêmica – Curso de Psiquiatria, Hosp. Juqueri, 22-10-1943.
  36. Diagnóstico diferencial nas psicoses senis e pré-senis. Contribuição para o tema oficial – 3.ª Jorn. Neuropsiq. Panamer., 31-10-1943.
  37. Respostas sobre “claro-escuro” e perspectiva, no método de Rorschach – 3.ª Reun. Jorn Neuro-Psiquiat. Panamer., 31-10-1943.
  38. Psicoses Degenerativas (Kleist). Considerações sobre cinco novos casos – Centro de Estudos “Franco da Rocha”, 22-12-1943.
  39. Afasia de tipo particular em paciente de “doença de Alzheimer” – Centro de Estudos “Franco da Rocha”, 21-1-1944.
  40. Heredologia no domínio das doenças mentais – Centro de Estudos “Franco da Rocha”, 22-4-1944.
  41. Functional organization of the cortex of primates – Jorn. Neurophysiol. 7:51-56; 1944 (colab. Com P. Bailey, G. von Bonin, E. Davis, H. Garo, W. S. McCulloch e E. Roseman).
  42. Aproveitamento de inaptos em serviços auxiliares de guerra. Seleção psicológica, de acordo com as aptidões. – Curso de Psiquiatria de Guerra, São Paulo, 2-5-1944 – Imprensa Médica (Rio) 21:39-47; 1945
  43. O problema das psicoses infecciosas em tempo de guerra – Curso de Psiquiatria de Guerra, São Paulo, 12-5-1944 – Imprensa (Rio) 21:50-56; 1945.
  44. Sugestões para a classificação psiquiátrica brasileira – Env. Ao Dep. Nac. Doenças Mentais, Rio, em 15-6-1944 (c/ M. Robortella e O. Barini).
  45. Perversão sexual. Hipertireoidismo. Homicídio. Considerações médico-legais – C. Est. Força Policial, São Paulo, 16-6-1944 (c/ O. Barini)
  46. Contribuição para o conceito “organológico” em psiquiatria – Congr. Soc. Neurol. Psiquiat., Buenos Aires, 12-11-1944.
  47. Importância dos feixes intracerebrais para o dinamismo psicopatológico – Congres. Soc. Neurol. Psiquiat. Buenos Aires, 12-11-1944 (c/ A. M. Pimenta)
  48. “Sinais de Piotrowski” em pacientes com traumatismo craniano fechado – Congrs. Soc. Neurol. Psiquiat. Buenos Aires – 12-11-1944.
  49. Psicodiagnóstico de Rorschach e tipo somático comparados num mesmo grupo de doentes mentais – Soc. Neurol. Psiquiat. Buenos Aires 12-11-1944 (c/ C. R. Alves e M. Robortella)
  50. O problema da assistência pública ao doente mental – 1.° Cong. Médico Social Bras. São Paulo, 15-3-1945 – Arq. Assist. Psicopatas, São Paulo 12:277-285, 1947.
  51. O exame médico pré-nupcial pelo prisma da eugenia – 1.° Congr. Médico-Social Bras., Sã Paulo, 17-3-1945 – Rev. Bras. Med. Pública (Rio): 1:39-47; 1945
  52. O papel e a situação do psiquiatra nos hospitais do Estado – 1.° Congr. Médico Social Brasileiro, São Paulo, 19-3-1945 – Arq. Assist. Psicopatas, São Paulo, 12:287-292; 1947.
  53. Contribuição para a semiologia psiquiátrica: a pneumoencefalografia – 16 tabelas, 1 quadro e 94 figuras – Prêmio Austregésilo, Ac. Nac. Med. (Rio) 30-4-1945 (c/ M. Robortella e C. P. da Silva) – Arq. Assist. Psicopatas, São Paulo, 12:1-101; 1947.
  54. A prova de Rorschach em psiquiatria. Indicações clínicas e diagnóstico diferencial – Curso Ext. Universid. Bahia, 25-5-1945.
  55. Eletroencefalografia. Indicações neuropsiquiátricas – Curso Ext. Universid. da Bahia, 25-5-1945.
  56. Localizações cerebrais. Aplicações à clínica psiquiátrica – Curso Ext. Universid. da Bahia, 30-5-1945.
  57. Cálculo do psicograma no método de Rorschach – Conf., Assoc. Baiana de Medicina, Bahia, 1-6-1945.
  58. Síndromo frontal orbitário e sintomas cerebelares (apres. do paciente) – Centro de Estudos “Franco da Rocha”, 27-6-1945 (c/ M. Robortella) – Arq. Assist. Psicopatas 12:309-310; 1947.
  59. Evolução da integração encefálica na série vertebrada. Alcance e utilidade das pesquisas experimentais – Curso de fisiologia cerebral, São Paulo, 11-7-1945.
  60. Fisiologia dos núcleos encefálicos. Contribuição do diencéfalo para a atividade cortical. Regência das funções vegetativas – Ibid. 13-4-1945.
  61. Apanhado fisiológico sobre as relações tálamo-corticais – Ibid. 16-7-1945.
  62. Dos núcleos motores da base do cérebro. Participação nos quadros psíquicos – Ibid., 18-7-1945.
  63. Núcleos sensoriais da base. Subsídio para a atividade do córtex cerebral. Ibid., 20-7-1945.
  64. Relações funcionais cérebro-cerebelares – Ibid., 23-7-1945.
  65. Noções básicas sobre a evolução do manto cerebral na série vertebrada e no homem em particular – Ibid., 25-7-1945.
  66. Atividade bioelétrica do cérebro. Eletroencefalograma – Ibid., 27-7-1945.
  67. Sincronismo dinâmico córtico-cortical. Hierarquia de funções. Suplência. Repercussão – Ibid., 30-7-1945.
  68. Zonas inibidoras e zonas excitadoras do córtex cerebral – Ibid., 1-8-1945.
  69. Funções psíquicas dos lobos parietal e occipital nos primatas e no homem em particular – Ibid., 4-8-1945.
  70. Funções do lobo temporal e da zona parieto-temporal nos primatas e especialmente no homem – Ibid. 6-8-1945.
  71. Funções da convexidade do lobo frontal humano. Comparação com as dos outros primatas – ibid., 9-8-1945.
  72. Funções da zona frontal orbitária humana – Ibid., 11-8-1945.
  73. Retrospecto. Entrelaçamento dos níveis neurológico e psíquico em psiquiatria – Ibid., 13-8-1945.
  74. Estudo clínico das provas psicológicas – Curso de Psicologia Médica. São Paulo, 20-7-1945.
  75. A personalidade psicofísica. Níveis de integração funcional – Ibid., 13-8-1945.
  76. Funções do cérebro e meio de pesquisá-las – Conferência, Soc. Cultural Brasil-URSS, São Paulo, 22-9-1945.
  77. Normas básicas para a ministração da prova de Rorschach – Curso intensivo sobre o teste de Rorschach, São Paulo, 19-11-1945.
  78. As várias partes do protocolo. Ficha clínica – Ibid., 21-11-1945.
  79. Fatores determinantes das respostas. Os grupos principais. – Ibid., 28-11-1945.
  80. Fatores determinantes compostos e variantes dos grupos principais – Ibid., 26-11-1945.
  81. Extensão das figuras abrangidas pela resposta. – Ibid., 28-11-1945.
  82. Conteúdo das associações livres. Elaboração. Critério de originalidade – Ibid., 30-11-1945.
  83. Terminologia comparada. Símbolos correspondentes. Crítica dos sistemas mais usados – Ibid. 9-12-1945.
  84. Valor psicológico e clínico dos vários elementos do protocolo – Ibid., 6-12-1945.
  85. Como calcular o trabalho mental. Percepção e sucessão – Ibid., 8-12-1945.
  86. Elementos que indicam o feitio da personalidade. Índices patológicos. Índices de Beck, Piotrowski, Miale & Harrower-Erickson – Ibid., 10-12-1945.
  87. Normas e cálculos para a representação do protocolo em gráfico – Ibid., 12-12-1945.
  88. Análise “às cegas”. Protocolos situados na faixa normal. Variações intrínsecas e variações de tipo cultural – Ibid., 14-12-1945
  89. Protocolos obtidos em neuróticos de vários tipos – Ibid., 17-12-1945.
  90. Resultados encontradiços em psicóticos e em pacientes com lesão cerebral – Ibid., 19-12-1945.
  91. Técnica e valor clínico da aplicação “gráfica” do teste e da aplicação em grupo – Ibid., 21-12-1-45.
  92. O psicograma de Rorschach para a seleção de candidatos militares – Conferência, C. Est. Força Policial, São Paulo, 28-12-1945.
  93. Modalidades de psicoterapia. Esferas de ação do clínico geral, do psiquiatra e do psicoanalista – Curso de aperfeiçoamento. Fac. Med. Univ. São Paulo, 7-1-1946.
  94. Normas fundamentais de psicoterapia – Ibid., 9-1-1946.
  95. Psicoterapia em clínica geral. Concepção psicobiológica – Ibid., 11-1-1946.
  96. Psicoterapia em “neuroses atuais” e em doenças mentais psicógenas – Ibid., 18-1-1946.
  97. Técnica para a anamnese e para a obtenção de dados não conscientes – Ibid., 21-1-1946.
  98. Problemas especiais quanto à direção e à profundidade do tratamento – Ibid., 23-1-1946.
  99. Psicoterapia na infância. Técnica. Modalidades – Ibid., 28-1-1946.
  100. Psicoterapia nos distúrbios mentais orgânicos. Indicações e técnica – Ibid., 30-1-1946.
  101. Psicoterapia de grupo. Seleção de casos. Orientação – Ibid., 1-2-1946.
  102. Reeducação do ambiente. Ação da visitadora social psiquiátrica – Ibid., 4-2-1946.
  103. Significação psicológica dos fatores determinantes das respostas no teste de Rorschach – Curso de aperfeiçoamento, Univ. de São Paulo, 28-1-1946.
  104. Terminologia tipológica de Rorschach. Crítica – Ibid., 30-1-1946.
  105. Cálculo do psicograma. Condições para a análise “às cegas” – Ibid., 1-2-1946.
  106. Resultado da prova de Rorschach nas doenças “orgânicas” do cérebro – Ibid., 4-2-1946.
  107. Epilepsia e estados convulsivos não endógenos, ante a prova de Rorschach – Ibid., 6-2-1946.
  108. Psicograma de pacientes esquizofrênicos – Ibid., 8-2-1946.
  109. Resultados frequentes em neuróticos – Ibid., 11-2-1946.
  110. Feitio psicopático da personalidade. Simulação – Ibid., 13-2-1946.
  111. Psicograma do “normal médio”. Disposições mentais e cultura – Ibid., 15-2-1946.
  112. Problemas afetivos do “normal médio” aparentes no psicograma – Ibid., 18-2-1946.
  113. Psicograma de Rorschach em um grupo de pacientes com lesões cerebrais “orgânicas”. Centro de Estudos “Franco da Rocha”. 23-2-1946 (col. c/ O. Barini).
  114. O psicograma de Mira em epilépticos – Assoc. Paulista Med., Dep. Neuro-psiquiatria, 6-2-1946.
  115. Problemas imediatos da psiquiatria local – Centro de Estudos “Franco da Rocha”, 19-2-1946.
  116. Sugestões para a organização interna da Assistência a Psicopatas – Centro de Estudos “Franco da Rocha”. 26-6-1946.
  117. As grandes síndromes psiquiátricas – Curso de Psiquiatria, Hosp. Juqueri, 26-7-1946.
  118. Bases fisiológicas da leucotomia – 1.° Congr. Interamer. Med., Rio, 12-9-1946.
  119. Utilização dos recursos neuro-radiológicos no campo da psiquiatria – Curso de Psiquiatria, Hosp. Juqueri, 21-9-1946.
  120. A semiologia psiquiátrica, com base para a orientação terapêutica – Ibid., 5-10-1946.
  121. Pneumoencefalografia. Confronto clínico e “localizatório” em 10 pacientes necropsiados – Assoc. Paulista Med., Dep. Radiologia, 15-10-1945 (c/ C. P. Silva e M. Robortella)
  122. Quadro clínico do lobo orbitário com crises cerebelares: cisticercose racemosa do ângulo: ponto-cerebelar – Centro de Estudos “Franco da Rocha”, 221-11-1946 (c/ M. Robotella e W. E. Maffei) – Arq. Neuro-Psiquiatria 18:152-165; 1960.
  123. Psicoses atípicas “degenerativas” de Kleist. Confronto com as endógenas típicas baseado em 5 novas observações clínicas – Centro de Estudos “Franco da Rocha”, 18-12-1946 (c/ M. Robortella)
  124. Conceito de semiologia no domínio das doenças mentais – Curso de aperfeiçoamento, Fac. Med. Univ. São Paulo, 14-51947.
  125. Utilização dos exames paraclínicos – Ibid., 16-5-1947.
  126. Indicações da eletroencefalografia e da pneumoencefalografia. Resultados – Ibid., 19-5-1947.
  127. Revisão crítica das provas psicológicas. Indicações principais – Ibid., 21-5-1947.
  128. Semiologia dos transtornos afetivo-emotivos – Ibid., 23-5-1947.
  129. Semiologia da esfera conativa da personalidade – Ibid., 26-5-1947.
  130. Semiologia dos distúrbios de percepção. Estudo diferencial – Ibid., 29-5-1947.
  131. Ilusões. Fenômenos eidéticos de Jaensch – Ibid., 30-5-1947.
  132. Automatismo mental de Clérambault – Ibid., 2-6-1947.
  133. Alucinações. Valor semiológico – Ibid., 4-6-1947.
  134. Semiologia dos processos intelectuais de elaboração – Ibid., 6-6-1947.
  135. Exame da produção mental delirante – Ibid., 9-6-1947.
  136. Desordens da expressão – Ibid., 11-6-1947.
  137. Interpretação dos distúrbios “localizatórios” do cérebro – Ibid., 13-6-1947.
  138. Quadros mentais mais frequentes. Diagnóstico diferencial – Ibid., 15-6-1947.
  139. Psicologia Fisiológica – Cap. III in O. Klineberg – Psicologia moderna – págs. 73-100 – Agir: São Paulo; 1953 (2.ª ed., revista, no prelo).
  140. O trabalho mental em algumas respostas ao psicodiagnóstico de Rorschach – Centro de Estudos “Franco da Rocha”, 17-12-1947.
  141. Bases fisiológicas da psicologia. Conceito atual de psicologia fisiológica – Curso sobre “Nível psicológico da fisiologia cerebral” – São Paulo, 26-1-1948. 
  142. Psicofisiologia humana evolutiva – Ibid., 31-1-1948.
  143. Psicofisiologia comparada – Ibid., 20-1-1948.
  144. Localizações cerebrais em clínica. Dinâmica das funções – Ibid., 2-2-1948.
  145. Teoria positiva das funções cerebrais – Ibid., 4-2-1948.
  146. Os motores egoísticos da pesonalidade. Teoria da nutrição – Ibid., 6-4-1948.
  147. Funções afetivas da sociabilidade – Ibid., 9-2-1948.
  148. Sono e vigília. Dinamismo psicológico do sonho – Ibid., 16-2-1948.
  149. Os atributos da conação – Ibid., 18-2-1948.
  150. Teoria da sensação – Ibid., 20-2-1948.
  151. Teoria da percepção. Fenômenos patológicos e limítrofes – Ibid., 23-2-1948.
  152. O problema das imagens acessórias – Ibid., 25-2-1948.
  153. Elaboração intelectual – Ibid., 27-2-1948.
  154. Dinâmica subjetiva da expressão – Ibid., 1-3-1948.
  155. Leis da Filosofia Primeira, de Augusto Comte. Apanhado geral – Ibid., 8-3-1948.
  156. Diagnóstico diferencial a propósito de um neurótico obsessivo com arteriosclerose cerebral – (Colab. Com W. S. Carvalho) Assoc. Paulista Med. Dep. Neuro-Psiquiatria, 5-5-1948 – Rev. Paulista Med. 33:145-146; 1948.
  157. Considerações sobre os sentidos e a razão – Conf. Assoc. Paulista Med., Dep. Cultura Geral, 28-5-1948.
  158. Lobotomy in the light of brain physiology – Conferência Internac. Psico-cirurgia, Lisboa, 5-7-1948.
  159. Clinical localization of cerebral functions: local and indirect syndromes of the frontal lobe (col. Com J. Longmann, I. Mathias, I. Mehnson, M. Robortella e S. Vizzotto) – Id. Ibid., 6-7-1948
  160. Teaching Psychiatry – Roundtable, discussion. Internat. Congress on Mental Health, London, 18-7-1948.
  161. O aspecto heredológico na classificação das doenças mentais – 5.° Congr. Bras. Psiquiatria, Neurol. Med. Legal, São Paulo, 27-10-1947 – Arq. Assist. Psicopatas, São Paulo 13:79-81; 1948.
  162. Provas de Mira e Rorschach comparadas com o tipo somático no mesmo grupo de indivíduos (colab. com C. R. Alves e M. Robortella) – Id. Ibid., 28-10-1948.
  163. Plano e funções do Serviço de Assistência a menores e anormais (colab. com S. Krinski) – Id. Ibid., 28-10-1948.
  164. Psicopatologia nas psicoses degenerativas de Kleist (colab. com M. Robortella, S. Vizzotto, I. Mehlson e O. B. Salles) – Ibid., 29-10-1948.
  165. Fatores endógenos e fatores ocasionais nas psicoses, à luz dos psicogramas de Mira e Rorschach (colab. com C. R. Alves, I. Mathias, I. Mehlsohn, O. B. Salles e S. Vizzotto) – Ibid., 29-10-1948.
  166. Assistencia hospitalar e social ao alcoolista. Relatório oficial, 5.° Congr. Bras. Psiquiatria, Neurol., Med. Legal, São Paulo, 29-10-1948.
  167. Lobotomia. Retrospecto, avaliação clínica e perspectivas – Tema recomendado, 5.° Congr. Brasil. Psiquiatria, Neurol., Med. Legal, Rio, 4-11-1948.
  168. Resultado da leucotomia seletiva em pacientes om quadro clínico localizatório (colab. com A. Mattos Pimenta, A. Sette Jr., M. Robortella, I. Melsohn, O. B. Salles, S. Vizzotto) – Id. Ibid., 4-11-1948.
  169. Interpretação da imagem cortical na pneumoencefalografia (col. com M. Robortella, S. Vizzotto e C. P. da Silva) – Id. Ibid., 4-11-1948.
  170. A construção doutrinária de Karl Kleist. Influência nos conhecimentos neuropsiquiátricos – Centro de Estudos “Franco da Rocha”, Sessão comemorativa do 70.° aniversário de Karl Kleist – 31-1-1949.
  171. Patologia cerebral e psicopatologia segundo Karl Kleist – Id. Ibid., 31-1-1949
  172. O aspecto clínico das localizações cerebrais – Assoc. Paulista Med., Dep. Neuro-Psiquiatria, 5-4-1948.
  173. Importância da psicologia nos conhecimentos médicos – Aula inaugural. Curso de Medicina Psicossomática, Dep. Psicol. E Med. Psicossomat. C.A.O.C., São Paulo, 11-5-1949.
  174. Mental defective and maladjusted children – 2nd Internat. Congr. Educ. Maladj. Children, Amsterdam, 18 a 24-7-1949 (colab. Com O. L. B. Salles, S. Vizzotto e S. Krynski).
  175. Rorschach Situation in Brazil – Report, International Rorschach Meeting, Zürich, 20-8-1949.
  176. Modalities of determining factors and their differential meaning – Round table discussion, International Rorschach Meeting, Zürich, 22-8-1949.
  177. Teaching the Rorschach and minimum training for the practice – Round table discussion, Id. Ibid., 23-8-1949.
  178. Desajustamentos na infância – Aula n Curso de Higiene Mental, Fac. Higiene, São Paulo, 24-11-1949.
  179. Como enfrentar o problema do desajustamento na infância – Id. Ibid., 26-11-1949.
  180. Patogenia dos sintomas na leucoencefalose (Schilder e Jakob) (colab. com W. E. Maffei, I. Mathias, I. Melsohn, U. Penteado, L. Silva e S. Vizzotto) – Centro de Estudos “Franco da Rocha”, 25-11-1949.
  181. Fenômenos metapsíquicos – Conferência, Assoc. Paulista de Med., Dep. Cultura Geral, 18-12-1949.
  182. O dinamismo epileptoide em alguns distúrbios da elaboração intelectual – Centro de Estudos “Franco da Rocha”, 26-6-1950.
  183. Acepção de semiologia no domínio das doenças mentais – Aula introdutória. Curso de Aperfeiçoamento, C. E. “Franco da Rocha”, 4-3-1950 – Arq. Assist. Psicopatas 15:5-21; 1950.
  184. Semiologia geral dos setores da personalidade – Ibid., 18-3-1950.
  185. Contribuição diagnóstica do laboratório clínico – Ibid., 1-4-1950.
  186. Indicações da eletroencefalografia e do radiodiagnóstico – Ibid., 22-4-1950.
  187. Avaliação dos métodos psicodiagnósticos – Ibid., 6-5-1950.
  188. Eidetismo. Ilusões. Diagnóstico diferencial – Ibid., 27-5-1950.
  189. Semiótica diferencial do automatismo mental (Clerambault) e das alucinações. Significação diagnóstica – Ibid., 3-6-1950.
  190. Semiologia da elaboração. Leis que presidem o trabalho mental – Ibid., 17-6-1950.
  191. Distúrbios da linguagem. Estudo semiótico diferencial – Ibid., 22-7-1950.
  192. Semiologia da esfera afetivo-emotiva – Ibid., 20-7-1950
  193. Interpretação dos distúrbios conativos – Ibid., 12-8-1950
  194. Apanhado geral dos quadros mentais mais frequentes – Ibid., 19-8-1950.
  195. Education of professional people: two motions – 3rd Annual Meeting, World Federation form Mental Health – Paris, 7-9-1950 – Annual Report: 100; 1950.
  196. L’agressivité manifeste, déguisé et latente, évalués par le psychodiagnostique myokinétique (P.M.K.) de Mira – 2.° Congr. Internat. Criminolog., Paris, 15-6-1950 – Actes III :317-328 ; 1950.
  197. Discussion of reports on leucotomy – Colloque, Congr. Internat. Psychiatrie – Paris, 22-9-1950 – Comptes Rendus III :86, 146 ; 1952.
  198. Des renseignements que le psychiatre peut tirer e la pneumoencéphalographie (col. c/ M. Robortella, S. Vizzoto e C. P. da Silva) – Symposium, Id. Ibid., 22-9-1950 – Comptes Rendus III :293 ; 1952.
  199. Anatomo-physiologie cérébrale à la lumière des lobotomies et topectomies – Discussion des Rapports officielle – Séance plénière, Id. Ibid., 22-9-1950 – Comptes Rendus III :86-92 ; 1952.
  200. Anatomo-physiologie cérébrale décelée para la leucotomie préfrontale sélective : les dynamismes de régulation et de libération cortico-corticale (colab. c/ C. F. Camargo, E. M. Gomes, I. Melsohn, J. Longman, M. Robortella, O L. Salles, P. Dantas, S. Vizzotto, W. Carvalho, A. M. Pimenta, e A. Sette Jr.) Id. ibid., 29-9-1950 – Comptes Redus III : 146-148 ; 1952.
  201. Physiopathologie du cortex préfrontal d’après les recherches cliniques dans les sujets leucotomisés (colab. c/ A. M. Pimenta e A. Sette Jr.) – id. ibid., 29-9-1950 – Comptes Rendus III : 142-146 ; 1952.
  202. Systèmes cérébraux et labilité génétique comme base pour le classement des tableaux schizophréniques – Symposium, Id. ibid., 29-5-1950.
  203. Aspects thérapeutiques des lobotomies : suggestion pour le choix entre lobotomie et topectomie – Symposium, Id. ibid., 25-9-1950.
  204. L’électroencéphalographie en psychiatrie – Discussion of Dr. Hill’s Rep. – Colloque, Id. ibid., 26-9-1950 – Comptes Rendus III : 210-212 ; 1952.
  205. Human Genetics as an approach to the classification of Mental Diseases – Id. Ibid., 27-9-1950 – Arq. Neuro-Psiquiat. 10:41-46; 1952.

234a.     Mentally defective and maladjusted children. A personality study through combined Mira’s and Rorschach’ psychodiagnoses (colab. Com O. L. Barros Salles, S. Vizzotto et S. Krynski) id. Ibid., 26-9-1950

  1. Génétique et Eugénie – Discussion of Dr. Kallmann’s Report – Séance plénière, Id. ibid., 27-9-1950 – Eug. News 26:27-29 ; 1951.
  2. Causas mais frequentes das doenças mentais – Aula no Curso de Higiene Mental para Educadoras Sanitárias – Fac. Hig. E Saúde Pública, São Paulo, 16-11-1950.
  3. Recursos viáveis para evitar as doenças mentais – Ibid., 18-11-1950.
  4. Problemas do Hospital de Juqueri à luz dos recentes Congressos de Psiquiatria – Centro de Estudos “Franco da Rocha”, 27-11-1950.
  5. Psicoses atípicas degenerativas de Kleist. Conceito, quadros clínicos e diagnose diferencial (colab. com I. Melsohn, M. Robortella e S. Vizzotto) – (monografia em preparação)
  6. “Localização funcional” clínica e pneumoencefalográfica, de distúrbios psiquiátricos. Confronto em 200 casos (colab. com M. Robortella, S. Vizzotto, I. Melsohn e C. P. da Silva) – IV Congr. Sul-Amer. Neurocirurgia, Porto Alegre RS, 6-5-1951.
  7. Hereditariedade em Psiquiatria. Fatos e preconceitos – Assoc. Paulista Med., Dep. Neuro-Psiquiatria, 5-7-1951.
  8. Psicoses pré-senis e senis. Clínica e patogenia – Assoc. Paulista Med., Dep. Neuro-Psiquiatria, 5-9-1951.
  9. Contribuição da pneumoencefalografia para o estudo das localizações cerebrais (c/C. P. da Silva) – 3.ª Jorn. Brasi. De Radiologia, Rio, 9-9-1951.
  10. O diagnóstico como elemento para o prognóstico das psicoses – Aula no Curso de Diagnost. e Terapêutica Neuro-psiquátrica – Esc. Paulista Med., 10-9-1951.
  11. A propaganda de guerra sob o aspecto da saúde mental – Congr. Bras. Medicina Social, Rio, 14-9-1951.
  12. Fatores que mais frequentemente causam doenças mentais – Aula no Curso de Higiene Mental para Educadoras Sanitárias, Fac. Higiene e Saúde Pública, São Paulo, 13-10-1951.
  13. Meios exequíveis para prevenir as doenças mentais – Ibid., 18-10-1951.
  14. Instituto de Prevenção Eugênica e Genética Humana. Plano e funções – Exposição para o Departamento de Saúde do Estado, 22-10-1951.
  15. Indicações clínicas para as “localizações cerebrais” em psiquiatria – Curso de semiologia psiquiátrica. Serv. Prof. Tolosa – São Paulo, 15-2-1952.
  16. Quadros psiquiátricos parieto-occipital e parieto-temporal – Ib. ibid., 19-2-1952.
  17. A Higiene Mental e os aspectos psicológicos do casamento – Curso para Noivas, Centro de Saúde de Santana, 14-7-1952.
  18. Importância do noivado para a preparação psicológica – Ibid., 23-6-1952.
  19. O Serviço de Higiene Mental no Centro de Saúde de Santana. Dados principais e subsidiários obtidos em 200 matrículas consecutivas (em colab. c/ Educ. san. Gina Mistrorigo) – Dep. Neuro-Psiquiatria, APM, 8-7-1952 – Rev. Paulista Med. 41:427-428; 1952.
  20. Que significa a união biológica do casamento – Curso para Noivas, Centro de Saúde de Santana, 14-7-1952.
  21. O que nos ensina a evolução da criança – Id. Ibid., 16-7-1952.
  22. Discussão dos sintomas psíquicos nas doenças de Sturge-Werber-Dimitri e de Krabe – Simpósio sobre “malformações vasculares congênitas do cérebro” – Dep. Neuro-Psiquiatria, Assoc. Paulista Med., 5-8-1952.
  23. Mental hygiene in the organization of health clinics. Working group 4, 5th Annual meeting WFMH, Brussels, 30-8-1952.
  24. “Chiaroscuro” and perspective as Rorschach factors – 2nd Internat. Rorschach Congress, Bern, 14-9-1952.
  25. Aplicação da genética humana à higiene mental. Revisão de 300 matrículas do Centro de Saúde de Santana – 10.° Congr. Bras. De Higiene, Belo Horizonte MG – 19-10-1952 – Arq. Neuro-Psiquiat. 14:117-135; 1956.
  26. Traços epileptoides comuns em um Centro de Saúde Pública – Simpósio sobre epilepsia – Assoc. Paulista Med., Dep. Neuro-Psiquiatria, 5-12-1952
  27. Revisão geral e perspectivas no domínio da psiquiatria – Curso de férias para médicos “Especialidades em clínica”, Assoc. Paulista Med., Dep. Científico, 11-2-1953.
  28. Psicoses infecciosas. Epilepsia. Neuroses. Orientação prática para o internista – Id. Ibid., 12-2-1953.
  29. Tendências e confrontos atuais no domínio do Rorschach. Breve apreciação do recente Congresso Internacional – Soc. Rorschach de São Paulo, 25-2-1953.
  30. Orientação das tendências emocionais da adolescência – Curso para Noivas, Centro de Saúde de Santana, 27-4-1953.
  31. Duas fases decisivas: noivado e casamento – Id. Ibid., 29-4-1953.
  32. O casamento em face da eugenia – id. Ibid., 21-5-1953.
  33. Programa de Rorschach em pacientes com lesões cerebrais. Discussão de três protocolos díspares – Soc. Rorschach São Paulo, 27-5-1953.
  34. O lado psicológico da educação dos filhos – Curso para Noivas, Centro de Saúde de Santana, 28-5-1953
  35. Posição do Rorschach entre os métodos de projeção. Espírito e condições técnicas da prova – Curso sobre “Questões básicas do Método de Rorschach”, patrocínio do Centro de Estudos “Franco da Rocha”, da Sociedade de Psicologia de São Paulo e da Soc. Rorschach , São Paulo, 8-6-1953.
  36. Significação psicológica das modalidades das respostas – Id. Ibid., 11-6-1953.
  37. Apreciação do nível “forma” nas associações – Id. Ibid.., 15-6-1953
  38. Avaliação e valor diferencial do fator “cromático” – Id. Ibid., 18-6-1953.
  39. Problemas relativos ao determinante “Movimento” – Id. Ibi., 22-6-1953.
  40. Associações baseadas na “perspectiva” – Id. Ibid., 25-6-1953.
  41. Reações determinadas pela “luminosidade”. Sentido psicológico – Id. Ibid., 26-6-1953
  42. Conteúdo explícito. Variação consoante a frequência. Valores percentuais. Apreciação psicodiagnóstica – Id. Ibid., 30-6-1953;
  43. Discussão sucinta da nomenclatura. Tendências atuais para um sistema internacional de notação – Id. Ibid., 2-7-1953.
  44. Fundamento do cálculo do psicograma – Id. Ibid., 3-7-1953.
  45. Utilidade e valor relativo da “análise às cegas” do protocolo – Id. Ibid., 6-7-1953.
  46. Discussão do psicodiagnóstico quanto à viabilidade e ao espírito que o deve presidir – Id. Ibid., 8-7-1953.
  47. Requisitos técnicos. Desenvolvimento das várias fases da prova. Critério adotado. – Aula inaugural. Curso teórico-prático sobre o método de Rorschach, Serv. Medidas e Pesq. Educacionais, São Paulo – 8-9-1953 – Bol. SMPE 1:21-40; 1958.
  48. Modalidades fundamentais das respostas globais, pormenores primários, pormenores secundários – Id.ibid., 2:57-66; 1958.
  49. Modalidades menos frequentes: globais com espaço, espaço, pormenor inibitório, global a partir de pormenor, global com valor de pormenor – Ibid., 15-9-1953 -Bol. SMPE 3:31-44;1959.
  50. Identificação do fator determinante forma. Critério para avaliação – Ibid., 19-9-1953. Bol. SMPE 4:27-51; 1959.
  51. Classificação na categoria movimento. Necessidade de diferenciação – Ibid. 22-9-1953.
  52. Perspectiva, como fator associativo: autonomia, baseada no significado psicológico – Ibid., 26-9-1953.
  53. Reações à luminosidade propriamente dita. Valor diferencial – Ibid. 29-9-1953.
  54. Associações suscitadas pelo contraste entre luz e sombra identificadas desde Rorschach. Caracteres diferenciais para com a categoria precedente – Ibid., 2-10-1953.
  55. Apreciação das respostas determinadas pelo estímulo cromático – Ibid., 5-10-1953.
  56. Fatores determinantes associados na mesma resposta. Incidência de outras reações mais raras – Ibid., 9 -10-1953.
  57. Estudo diferencial das categorias de conteúdo das respostas – Ibid., 12-10-1953.
  58. Classificação quanto à frequência: respostas vulgares, respostas originais, respostas individuais – Ibid., 16-10-1953
  59. Relações qualitativas atinentes à produção intelectual. O coeficiente de elaboração, segundo Beck – Ibid., 19-10-1953.
  60. Índices intelectuais quantitativos. Tentativa de índice conativo – Ibid., 23-10-1953.
  61. Correlações entre os componentes intelectuais e afetivo-emotivos – Ibid., 26-10-1953.
  62. Alcance prático das séries de sinais psicodiagnósticos estabelecidos por Molly Harrower e por Piotrowski – Ibid., 30-10-1953
  63. Avaliação do trabalho intelectual através do psicograma – Ibid., 9-11-1953.
  64. Deduções quanto ao nível afetivo-emocional – Ibid. 13-10-1953.
  65. Variações compatíveis com a normalidade e desvios de tipo mórbido – Ibid., 16-11-1953
  66. Normas gerais para a redação da análise às cegas do psicograma – Ibid., 20-11-1953.
  67. A psicologia orientada pela genética humana como recurso para a higiene mental. Dados relativos a mil matrículas no Serviço de Higiene Mental do Centro de Saúde de Santana – 1.° Congr. Latino-americano Psicol. Curitiba PR – 5-12-1953.
  68. Funções atuais e perspectiva do Serviço de Higiene Mental e do “Centro de Noivas” do Centro de Saúde de Santana – Id. Ibid., 5-12-1953 (c/ Educ. san. E. Negro).
  69. Caracterização da patologia cerebral, da psicopatologia e da heredologia psiquiátrica na doutrina de Kleist – Assoc. Paulista Med., Dep. Neuropsiquiatria – 5-2-1954: a) Rev. Paulista Med., 44:432; b) Arq. Neuro-Psiquiatria 17:102-142; 1959.
  70. Escala de movimento de Piotrowski – Soc. Rorschach São Paulo, 25-2-1954.
  71. Karl Kleist – Arq. Neuro-Psiquiat. 12:83-85; 1954.
  72. Perspectivas da psicologia na sociedade contemporânea – Aula inaugural Curso de psicologia clínica, Fac. Fil. USP – 22-3-1954.
  73. Problems common to children and their parents as detected in a health clinic – Internat. Congress Group Psychother., Toronto – 20-8-1954 – Acta Psychother. Psychosom. Orthopaedagogica 4:119-125; 1956.
  74. Função da psiquiatria em medicina preventiva – Conferência, APM, Secção Regional, Piracicaba, SP – 16-10-1954.
  75. O método de Rorschach em psiquiatria – Sessão conj. Comemorat. 70.° aniv. De Hermann Rorschach – Soc. Rorschach São Paulo, 8-11-1954.
  76. Discussão dos fatores determinantes na escala “claro-escuro” ou “luminosidade” – Soc. Rorschach São Paulo, 31-3-1955.
  77. Hemiplegia residual e afasia pregressa. Dados significativos ao psicograma de Rorschach – Soc. Rorschach São Paulo, 26-4-1955.
  78. Dos deveres no casamento – Curso para Noivas, Centro de Saúde de Santana, 28-9-1955.
  79. Desvios da personalidade subjetiva pelo prisma genético – Curso sobre “Fatores do comportamento humano” – CEFR, 11-10-1955.
  80. Exame médico pré-nupcial. Natureza e finalidade – Curso para Noivas, Centro de Saúde de Santana, 19-10-1955.
  81. Álcool, tóxicos e doenças mentais em face do casamento – Id.ibid., 9-12-1955.
  82. Twinning and epileptoid traits: a research on 2.060 counselees of health clinic – 1st Internat. Congr. Human Genetics, Copenhagen, 3-8-1956.
  83. Conteúdo sexual explícito no psicograma de Rorschach. Impropriedade para aferir problemas sexuais conscientes, em 10 protocolos – Soc. Rorschach São Paulo, 29-5-1956.
  84. Neurose, psicose e psicopatia. Distinção à luz da clínica e da patogênese – Esc. Soc. Política, São Paulo, 13-6-1956.
  85. Desenvolvimento biopsicológico da personalidade – Curso sobre “Desenvolvimento da personalidade” – Centro D. Vital, 27-8-1956.
  86. Institutos consagrados à genética humana – Arq. Neuro-Psiquiat. 14:226-241; 1956.
  87. Prof. Otmar Freiherr von Verschuer – Arq. Neuro-psiquiat. 14:267-268; 1956.
  88. A doutrina de Pavlov em confronto com as demais escolas – Curso sobre a atividade nervosa superior e suas implicações práticas – São Paulo, 15-10-1956.
  89. Aspectos genéticos etiológicos no domínio da epilepsia – Simpósio do Capítulo Baiano da Liga Bras. Contra a Epilepsia – Salvador BA, 3-4-1957.
  90. Material de trabalho e sistema de notação adotados – Curso sobre “Elementos para interpretação do psicograma”, Esc. Soc. E Política, São Paulo, 22-4-1957.
  91. Valor diagnóstico das modalidades das respostas – Ibid., 25-4-1957.
  92. Significado psicológico dos determinantes. Discussão das várias categorias – Ibid., 29-4-1957.
  93. Conteúdo explícito. Estudo diferencial – Ibid., 2-5-1957.
  94. Avaliação quantitativa do nível intelectual – Ibid., 6-5-1957.
  95. Qualidade do trabalho mental. Índices de amadurecimento – Ibid., 9-5-1957.
  96. Problemas emocionais, através do psicograma – Ibid., 16-5-1957.
  97. Reações afetivas: interpretação dos diferentes índices – Ibid., 16-5-1957. 
  98. Comparação entre as manifestações atuais e as tendências da personalidade – Ibid., 20-5-1957.
  99. Normas gerais para a redação do psicograma – Ibid., 23-5-1957.
  100. Notas relativas ao ensino da psicopatologia no Curso de Especialização em Psicologia Clínica – IXª Reuni. Anual, SBPC, Rio, 9-7-1957.
  101. Augusto Comte. Unidade e ascensão contínua na construção filosófico-religiosa – Assoc. Paulista Med. Dep. Neuro-Psiquiatria, 5-9-1957.
  102. Bicentenário de Gall e sesquicentenário da Memória sobre o Sistema Nervoso – “A Gazeta”, São Paulo, 14-3-1958.
  103. Antecedentes filosóficos da teoria cerebral. Precursores imediatos – Curso sobre “Teoria da personalidade, segundo o ensino de Auguste Comte” – Esc. de Soc. e Política São Paulo, 4-3-1958
  104. Concepção inicial, à luz da Filosofia Positiva, sob o ascendente da Sociologia – Id.ibid., 6-3-1958.
  105. Evolução das concepções, contemporâneas à fundação da Moral – Id. Ibid., 11-3-1958.
  106. Estudo de conjunto da personalidade. Condições para a harmonia mental – Id. Ibid., 13-3-1958.
  107. Móveis afetivos do comportamento humano. Unidade individual e integração na sociedade – Id. Ibid., 18-3-1958.
  108. Qualidades conativas ou da atividade prática. Estudo analítico e comparativo – Id. Ibid., 20-3-1958.
  109. Teoria da sensação e da percepção. Teoria das imagens – Id. Ibid., 25-3-1958.
  110. As funções da inteligência, em geral. Papel da expressão no trabalho elaborativo – Id. Ibid., 27-3-1958.
  111. Processos mentais inconscientes. Dinamismo e dramatização do sonho – Id. Ibid., 1-4-1958.
  112. As “localizações” cerebrais segundo Comte. Apoio da anatomia comparada e da patologia cerebral – Id. Ibid., 3-4-1958.
  113. Dinâmica cerebral segundo Comte: confronto com as concepções de Pavlov e com as de Freud – Id. Ibid., 8-4-1958.
  114. Evolução da personalidade humana, individualmente e como fenômeno social – Id.ibid., 10-4-1958.
  115. Breves indicações sobre o Positivismo – Esc. Soc. Pol. São Paulo, 15-4-1958.
  116. Conative index: an empirical evaluation of affective-emotional level of overt behavior – IV Congre. Internat. Rorschach, Bruxelles, 3-8-1958.
  117. Psiquiatria e psicoanálise – Conf., Dep. Neuropsiquiatria, A.M.M.G., Belo Horizonte, MG – 31-7-1958.
  118. Prof. Bruno Schultz – Arq. Neuro-Psiquiat. 16:269; 1958 (352)
  119. Esquizofrenia e psicoses degenerativas de Kleist. Patogenia e psicopatologia diferenciais – 1.° Congr. Neuro-Psiquiat., Lima, 3-11-1958 – Arq. Neuro-Psiquiat. 17:143-162; 1959.
  120. A teoria cerebral de Augusto Comte ante as aquisições atuais da neurofisiologia – Museu Cel. David Carneiro, Curitiba PR, 13-11-1958.
  121. Alguns registros clínicos de interesse genético nos Centros de Saúde de São Paulo – 1.ª Reunião Bras. Genét. Humana, Curitiba PR, 15-11-1958.
  122. Leucoencefalose centrolobar infantil – 1.ª Reunião Bras. Genét. Humana, Curitiba PR, 15-11-1958.
  123. Resultados do Rorschach em pacientes com psicose degenerativa (Kleist) – Assoc. Paulista Med., Dep. Neuro-Psiquiatria, 5-2-1959.
  124. Prof. Karl Leonhard – Arq. Neuro-Psiquiat., 17:231; 1959.
  125. Celso Pereira da Silva – Arq. Neuro-Psiquiat. 17:351-356; 1959.
  126. Doenças mentais pelo prisma da genética humana – Curso de Genét. Humana, Hosp. Clínicas São Paulo, 20-10-1959.
  127. Mme Loosli-Usteri – Soc. Rorschach São Paulo, 9-11-1959.
  128. Apreciação sobre o psicograma de Rorschach em pacientes delirantes – Soc. Rorschach São Paulo, 9-11-1959.
  129. Oskar Vogt – Arq. Neuro-Psiquiat. 18:99-100; 1960.
  130. Peromelia em graus diversos (c/ A. P. Viegas e O. Lobato) – 1.° Simpósio Sul-americano de Genética, São Paulo SP, 10-3-1960 – Atas genét.: 305; 1961.
  131. Fenômenos parapsicológicos – Dov; Mac; Bras. ISCEH, São Paulo, SP, 16-3-1960.
  132. O método de Rorschach em psiquiatria – Simpósio Soc. Rorschach de São Paulo, SP, 28-4-1960.
  133. Aspectos gerais da doutrina de Kleist – Inst. Psicol. Univ. Cat., SP, 30-4-1960.
  134. Amelía e traços epileptoides – 12.ª Reunião Anual SBPC, Piracicaba SP, 5-7-1960.
  135. Lobo frontal e comportamento – Simpósio, Centro Méd. Ribeirão Preto, 19-8-1960.
  136. Introdução à psicoterapia – Curso sobre “Escolas de orientação psicoterápica” – Centro de Estudos “Franco da Rocha”, São Paulo SP, 12-9-1960.
  137. Instituto de Prevenção Eugênica e Genética Humana – Rev. Paulista Med. 57:175-185; 1960.
  138. Aplicação da prova de Rorschach em psicoterapia – Soc. Rorschach São Paulo, 29-9-1960.
  139. Semiologia psiquiátrica à luz da genética humana – Curso sobre Semiologia dos distúrbios mentais, Centro Acad. Oswaldo Cruz, São Paulo, 27-9-1960.
  140. Exames subsidiários – Id. Ibid., 6-10-1960.
  141. Semiologia da vida afetiva – Id. Ibid., 11-10-1960.
  142. Alterações da ação explícita – Id. Ibid., 18-10-1960.
  143. Fenômenos psíquicos ligados à percepção – Id. Ibid., 25-10-1960.
  144. Automatismo mental de Clérambault – Id. Ibid., 28-10-1960.
  145. Alucinações sensoriais – Id. Ibid., 31-10-1960.
  146. Semiologia da elaboração intelectual – Id. Ibid., 4-11-1960.
  147. Distúrbios da linguagem – Id. Ibid., 8-11-1960.
  148. Semiologia geral dos estados mentais mórbidos – Id. Ibid., 11-11-1960.
  149. Discussão dos vários sistemas de notação no método de Rorschach – Curso teórico-prático intensivo sobre o método de Rorschach., Soc. Rorschach São Paulo, SP, 24-10-1960.
  150. Modalidades comuns e modalidades menos frequentes – Id. Ibid., 24-10-1960.
  151. Fatores determinantes. Setores correlatos da personalidade – Id. Ibid., 25-10-1960.
  152. Nível das formas. Avaliação e apreciação psicológica – Id. Ibid., 25-10-1960.
  153. Sentido psicológico das respostas cromáticas – Id. Ibid., 26-10-1960.]
  154. Discussão das categorias de movimento. Diferenciação psicológica – Id. Ibid., 26-10-1960.
  155. Identificação e diferenciação psicológica das respostas de luminosidade – Id. Ibid., 27-10-1960.
  156. Escala de fatores da série perspectiva. Estudo comparativo – Id. Ibid., 27-10-1960.
  157. Conteúdo explícito. Frequências especiais – Id. Ibid., 28-10-1960.
  158. Cálculo dos vários índices e percentagens. Utilização diagnóstica – Id. Ibid., 28-10-1960.
  159. Efeito psicológico da corrida atômica sobre a coletividade – Curso sobre “Radiações”, Assoc. Méd. Centro de Saúde da Capital, São Paulo SP, 10-11-1960.
  160. Cerebral systems in the pathogenesis of endogenous psychoses – 3rd World Congr. Of Psychiatry, Montreal, Canada, 1961. Arq. Neuro-Psiquiat. 20:263-278; 1962.
  161. Karl Kleist, um dos fundadores da psiquiatria – Assoc. Paulista Med., Dep. Psiquiatria, 8-3-1961 – Rev. Paulista Med. 59:62; 1961.
  162. Afasia nominal (col. c/ C. Lichtenstein Luz) – Assoc. Paulista Med., Dep. Psiquiatria, 8-3-1961 – Rev. Paulista Med. 59:64; 1961.
  163. Distúrbio da consciência: patogenia e clínica – Simpósio, Dep. Neurologia, Assoc. Paulista Me., 5-5-1961.
  164. Medicina psicossomática. Os dinamismos instintivos – Curso sobre medicina psicossomática, Instituto de Psicologia, Fac. Filos., Sedes Sapientieae, 12-5-1961.
  165. Base neurofisiológicas da patogenia psicossomática – Id. Ibid., 19-5-1961.
  166. Dinamismo da prova de Rorschach filiável à consciência de estado mórbido – Soc. Rorschach de São Paulo, 22-6-1961.
  167. Karl Kleist. In memoriam – Arq. Neuro-Psiquiat., 19:150-161; 1961.
  168. Sindactilia – 13.ª Reunião anual SBPC, Poços de Caldas Mg, 12-7-1961.
  169. Combined psycho-and drug therapy for neurotics belonging in the epileptoid genetic circle – 5. Internat. Kongr. Für Pscychotherapie, Wien, 22-8-1961.
  170. Problemas de parapsicologia – Discussão do relatório do Dr. Lago sobre “Problemas e perspectivas da parapsicologia” – Assoc. Paulista Med., Dep. Psiquiatria, 27-5-1961.
  171. Orientação psicológica na educação da criança – Simpósio “Sâo Paulo e a criança”, CASS Tucuruvi, São Paulo, 5-10-1961.
  172. Psicopatologia dos delírios – Curso de Estudos “Franco da Rocha” e Dep. Psiquiatria, Assoc. Paulista Med., 9-10-1961 – Bol. CEFR Iv-V:18-20; 1961.
  173. Discussão sobre a utilidade de um novo índice na prova de Rorschach: Imp., Impulsividade – Soc. Rorschach São Paulo, 26-10-1961.
  174. Parapsicologia: fatos e artifícios – Curso “Depoimento sobre parapsicologia”, Departamento Cultural de “A Tribuna”, Santos SP, 24-6-1962.
  175. Conceito de personalidades psicopáticas – Simpósio sobre “Personalidades psicopáticas”, Penitenciária do Estado, São Paulo, 9-4-1962.
  176. Divisão da esquizofrenia em formas distintas: bases patogênicas – Simpósio sobre “Esquizofrenia”, Assoc. Paulista Med., Dep. Psiquiatria, 9-4-1962.
  177. Morgenthaler, no 80.° aniversário – Soc. Rorschach São Paulo, Sessão em homenagem ao Dr. Walter Morgenthaler, 3-5-1962.
  178. Provas psicológicas: recurso para o conhecimento da criança – Conferência, Externato Pedro I, São Paulo, 27-6-1962.
  179. Microftalmo Unilateral – 2.ª Reunião Bras. Genét. Humana, Curitiba PR, 11+7+1962.
  180. Método de Rorschach: terminologia e critério – Arq. Psicopatas, São Paulo 27:5-57; 1963.
  181. Walter Morgenthaler – Arq. Assist. Psicopatas, São Paulo 27:179-183; 1963.
  182. Aspectos gerais da nosologia psiquiátrica – Simpósio, 6.° Congresso Soc. Bras. De Neurol., Psiquiatria, Neurocirugia – Belo Horizonte Mg, 29-8-1962.
  183. Neuropatologia segundo Kleist – Reunião H. Mental, Cl. Pediátrica do H. C., São Paulo, 18-10-1962.
  184. Psicopatologia e nosologia psiquiátrica de Kleist – Id. Ibid., 25-10-1962.
  185. Desobramento de respostas e de protocolos na prova de Rorschach – Soc. Rorschach São Paulo, 20-11-1962.
  186. Apraxia de construção e de ação coordenada, em doente de Alzheimer. Correlação anátomao-clínica (com contribuição citoarquitetônica do Por. Paulo Pinto Pupo) – 1.ª Reunião Anual, Academia Brasileira de Neurologia, Curitiba PR, 1-7-1963.
  187. Transmissão genética nas miopatias, nas doenças medulares e nas abiotrofias cerebrais – Curso sobre “Genética aplicada à Neurologia”, Clínica Neurológica, Fac. Med. USP, 10-9-1963.
  188. Oligofrenia em sentido estrito e deficiência mental – Id. Ibid., 13-9-1963.
  189. Genética na epilepsia e nos quadros do ciclo epiléptico – Id. Ibid., 17-9-1963.
  190. Desvios do psicograma de Rorschach encontradiços em epilépticos e em esquizofrênicos – Simpósio, Soc. Rorschach, São Paulo Sp, 31-10-1963.
  191. Método de Rorschach: Elaboração do psicograma, 308 páginas, 1963 (no prelo)