PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO ¹

Vimos que a característica fundamental da maturação psicológica é a subordinação dos instintos aos sentimentos, da individualidade à sociabilidade. Daí decorrem as características que encontramos em todos os graus de modificações do comportamento chamados patológicos. 

Por exemplo, vamos encontrar as neuroses, as reações mais profundas que estas, as personalidades psicopáticas ou mesmo alterações mais graves ainda, as psicoses, principalmente as psicoses afetivas.

Podem ocorrer desvios devidos a encefalites. No caso das encefalites epidêmicas, encontramos a perversidade pós-encefalítica, quando esta ocorre na infância, antes da integração afetivo-instintiva. Mas a perversidade também pode ser devida a um desvio estrutural da personalidade. O mecanismo patogênico é o mesmo. 

Para tornar mais compreensível o que estamos apresentando, devemos recordar um pouco mais, como se dá a participação do instinto básico ou nutritivo, neste processo de maturação fundamental da personalidade. 

Sabemos, que o instinto mais perturbador² – o sexual – básico fundamental do comportamento normal do indivíduo e o de nutrição participam desde o início da vida psíquica neste processo de adaptação, no estímulo do interesse e na captação dos estímulos ambientais. 

O instinto nutritivo precede à formação do sistema nervoso, o que parece um pouco estranho se quisermos dar sede a cada uma das funções, como vemos aqui. Mas, é questão apenas de compreendermos a acepção deste termo.  Assim, por exemplo, von Monakow chamava a esta função psíquica de instinto formativo, o que corresponde, neste aspecto, ao instinto nutritivo de Comte. Baseando-se em aspectos anatomopatológicos e neurofisiológicos, von Monakow mostrou que este instinto de formação precede à organização do próprio feto e embrião. Experiências mais recentes citadas por Sontag, com porcas prenhas e na fase embrionária são exemplos disto. Ele conseguiu decapitar o embrião na sua fase inicial e os porquinhos nasceram todos a termo, acéfalos, de modo que, o fato de decapitar o embrião, não impede a formação do resto do corpo do indivíduo. Temos também fetos anencéfalos que tem uma estrutura muito rudimentar do S.N.C., incompletos e que chegam a fase de maturação fetal, isto em função daquela fase que precede à formação de um novo ser, já que o estímulo formativo se passa através do processo de maturação genética. Sabemos que o gameta amadurece por um processo de nutrição, afinal o amadurecimento do ovo, e, portanto, os cromossomos que constituem o genoma total, corresponde a um processo nutritivo. É um processo que prepara o organismo que vai nascer. 

Segundo A. Comte o estímulo sexual é aquele que no homem, desde o início da vida, a partir de um órgão do S.N.C., prepara este processo de amadurecimento. Então, esse amadurecimento vegetativo começa com a formação do próprio gameta. Neste caso devemos compreender a grande extensão do instinto nutritivo materno que em última análise produz a maturação do gameta feminino que mais tarde vai formar o ovo, com o encontro com o gameta masculino e, depois, o embrião. Logo, precede realmente a formação do embrião já sob o estímulo do instinto. A seguir, já se torna independente do organismo, em que se manifestou este instinto, mas continua presidindo a manutenção da vida fetal, isto também já foi verificado experimentalmente. 

Nauta, extirpou o núcleo amigdaloide e com isto interrompia a prenhez dos animais de modo que estas relações cerebelares-córtex-cerebral, o neo-cerebelo tem comunicação através do estímulo que parte do córtex cerebelar ao feto propriamente relacionando-se com o amadurecimento sexual. Não é apenas a atividade sexual que caracteriza o instinto sexual, mas sim a preparação para essa fase que precede em muito tempo a fase de reprodução sexual, do comportamento sexual do indivíduo adulto. 

Essas correlações são claras, em face das experimentações feitas. Quando o instinto de nutrição estabelece a regência visceral, isto ocorre já no indivíduo em fase de formação. Quando o embrião já está formado, o instinto nutritivo toma sede no cerebelo, mas antes o instinto está atuando desde a fase de maturação genética até a formação do embrião. Como isso se processa, não sabemos, porque não compete à ciência verificar, mas procurar em que condições se passam os fenômenos, para estudá-los e verificar, se for o caso. 

Vemos assim que o instinto sexual e de nutrição estão participando desde o início da vida fetal. O processo de amadurecimento, a definição do sexo genético e, mais tarde, o sexo real, morfológico, biológico, e depois, a morfologia do indivíduo que está se formando, é, portanto, uma decorrência entre uma associação do instinto nutritivo (coordenando o processo de nutrição) e do instinto sexual. Vemos que o amadurecimento é um processo nutritivo e ao mesmo tempo define-se o aspecto sexual. Os dois processos estão intimamente ligados no mesmo processo. Daí decorre que a manifestação, típica de cada espécie, tem uma época particular de aparecer como fenômenos, que são próprios dela. 

Sabemos que o que caracteriza a espécie é o aspecto genético, o conjunto de genes ou genoma característico de cada espécie. Em cada aspecto que tomamos do indivíduo para examinarmos, constatamos a participação dos elementos da espécie e do indivíduo. Os primeiros são mais gerais, no segundo temos aspectos mais particulares que correspondem apenas ao indivíduo, que o caracteriza como distinto dos outros e ele o é, tanto mais acentuadamente quanto mais abstrato o tempo de comparação. 

Se tomarmos a parte morfológica, a estrutura do indivíduo é a mesma praticamente em todos os seres da mesma espécie, mas quando passamos para a função das vísceras, o sistema nervoso visceral vegetativo, encontramos grandes diferenças entre uns e outros, especialmente o temperamento toma parte nisso. 

Se tomarmos o comportamento psicológico temos uma variação muito maior. Se tomarmos o comportamento objetivo, explícito, esta variação é ainda maior de indivíduo para indivíduo e de circunstância a circunstância. O que parece não ser compatível com a ideia que a estrutura é única para todos os indivíduos da mesma espécie. 

Este aspecto visceral vai prevalecer por toda a vida depois de formado o embrião ou ovo, temos já a localização de várias vísceras, o procedimento deste processo nutritivo como base para todo o desenvolvimento do sistema nervoso e desde o ponto de vista funcional de todo o sistema psíquico correspondente.  

Essa manifestação acontece e se manifesta desde a fase precoce de maturação do embrião e permanece pela vida toda do indivíduo. Mas em cada época toma um aspecto diferente, cada vez mais complexo conforme a época em que se manifesta. Assim, na fase inicial teremos o aspecto visceral, logo mais tarde teremos uma associação do instinto nutritivo com o sexual, ou seja, em sentido de amadurecimento dos órgãos sexuais, características primárias e secundárias e ainda uma função morfológica. 

Depois deste amadurecimento do indivíduo, o aspecto nutritivo vai se tornar um aspecto fundamental para a assimilação dos estímulos do exterior. Este é o sistema chamado de Reflexo condicionado: uma série de reflexos que se manifestam através deste elemento nutritivo que se associa ao aspecto de recebimento de estímulos exteriores. 

A disposição entre afetividade, globalmente falando, da conação e da inteligência, nesse aspecto de estímulo, participa de modo diverso conforme a fase do desenvolvimento. 

A criança recebe alimentação, leite, elimina as fezes etc. Tudo isto está ligado diretamente com o instinto nutritivo. Assim, ao mesmo tempo que a criança recebe os estímulos, os estímulos vegetativos viscerais de carências alimentares que ela não pode definir e nunca se define; isto repercutirá profundamente em toda a dinâmica do indivíduo. Isto vai se associando com os estímulos intelectuais de recebimento de estímulos externos e esta relação entre inteligência e afetividade vai ter um papel fundamental na subordinação deste processo de atender os estímulos internos e aos estímulos externos mais diferenciados e à pessoa que providencia essa atenção que dá à criança. 

Esta é uma associação emocional: a criança recebeu o estímulo para satisfazer-se, sentiu, portanto, uma excitação do estímulo visceral e ao mesmo tempo vem a pessoa que está ao cuidado de sua nutrição e que a acaricia neste momento. Os dois aspectos estão, por conseguinte ligados entre si através do nexo emocional, e mais tarde, vai se transparecer nas relações interpessoais do indivíduo. Assim, é o provimento do mundo exterior, consciente, atual, desde criança até adulto, essas relações entre a nutrição e o contato com o mundo exterior que levará gradualmente à subordinação ao mundo exterior. 

Se alguma dificuldade interferir nessa época poderemos compreender que existam perturbações entre o relacionamento do indivíduo e superiores (os que o rodeiam e protegem). Esta dissociação que se faz num nível muito profundo da personalidade, é que vai ser sempre projetada em suas relações interpessoais. Se isto ocorrer, estes conflitos emocionais só deixarão de ter este efeito, este aspecto de interesse patológico, quando o indivíduo refizer esta mesma situação emocional através da verbalização na Psicanálise. Com isto, poderá dissociar os dois aspectos e, só por via emocional, refazer o mesmo estímulo, reportando este estímulo atual ao início dos distúrbios. Assim, poderá se libertar desse processo como se ele fosse uma espécie de parasita, alterando esta relação entre o indivíduo e o meio. 

Num momento posterior do desenvolvimento, teremos a criança quando começa a desenvolver sua atividade, sentindo-se como autônoma e, portanto, associando todos os estímulos viscerais com os que têm uma conotação afetiva importante, com os estímulos que procedem do mundo exterior. A integração destes estímulos viscerais mais os provenientes da musculação, forma o esquema de si mesmo. Neste caso, está englobando esse aspecto nutritivo aos outros aspectos que correspondem ao recebimento de estímulos, ao estímulo por via intelectual. Isto forma a noção de si mesmo, função de estímulos viscerais que têm uma repercussão direta sobre o comportamento psicológico subjetivo e os estímulos senso-perceptivos que são os mais característicos do indivíduo nessa fase inicial. Isso traz ao ser uma sensação de autonomia porque até essa fase a criança sente-se como ligada a um adulto que a está dirigindo. Nesta fase, a criança toma as excretas como signo da própria pessoa, como ligadas a ela diretamente, afetivamente ligadas a ela. Assim, os dois aspectos, libertar-se de uma situação de dependência e a formação de autonomia desenvolver-se-ão nesta fase. Mas não é só ter autonomia, mas ter noção dela e, ao mesmo tempo, sentir que o que parte dela, não mais apenas o ejetado, parte do próprio corpo. Isso é o desenvolvimento da autonomia da criança e sua ligação com o mundo exterior. Logo, nesse aspecto, o instinto nutritivo é só fator básico, que se revela primeiro através da nutrição visceral, da alimentação, sem dúvida ampliando o fator conativo. 

Nessa fase, quando a criança chora por sentir fome ou mal-estar, o faz com intenção, já não é só um choro reflexo. Trata-se de chamar a atenção, de exprimir alguma coisa em plano muito básico da comunicação, não intencional ainda, mas já com participação intelectual. Consequentemente este choro está associado um aspecto de desconforto sobre outro aspecto interpessoal indireto. É a mesma coisa quando chora para se alimentar, está com intenção, traduzindo uma necessidade visceral que não sabemos definir como a sente, mas reflete o reflexo de esgotamento visceral. 

Mais tarde quando começa a mastigação, toma a mucosa bucal como receptor dos estímulos exteriores. Porém, a parte conativa já está participando pois mastiga ativamente, sente a mastigação, entrando o fator já não só nutritivo, mas o instinto de posse, o instinto materno principalmente, ela sente a necessidade de mastigar, de destruir e modificar ativamente a situação, então, entra o fator de destruição e de construção

Quando a criança se encontra na fase em que se manifesta mais marcantemente o instinto de posse, ela se apega a brinquedos, jogos etc. ou adultos, que dela cuidam. Isto é manifestação do instinto de posse, vamos ter depois uma série de conotações patológicas nesse sentido como colecionismo, fetichismo, e uma série de manifestações que são mais complexas, porque são fatores patológicos que deformam o comportamento no adulto como se fosse uma reação infantil, então, desse aspecto destaca o comportamento do indivíduo ao grupo que pertence. 

Destruição e construção são aspectos ligados diretamente a esses problemas, mas também todo ato nutritivo se associa à tendência de destruir objetos, alimentos, mastigar, morder e sentir morder. Os analistas chamam de agressão, mas não é agressão, é um elemento fisiológico, reação normal que pode ser utilizada de várias maneiras (morder o seio da mãe ou a mamadeira) e produz uma reação que se registra imediatamente no EEG.

A reação que isso representa para ela é a que vai trazer uma conotação emocional. Ela sente imediatamente a repulsa dos adultos. Paralelamente, quando algum fator anormal interessa distorcendo essa relação da criança com o adulto e é revivida na análise, mas passando pelo simbolismo emocional do adulto, na verdade, é uma retroversão feita pelo adulto e não uma descrição direta dos fenômenos. 

Quando a criança usa a destruição e a construção já está numa fase em que está modificando o mundo exterior, tendo a participação das funções conativas, com a possibilidade de, ao receber o estímulo, traduzi-lo em comportamento. A destruição tem não só conotação subjetiva, mas também um aspecto de se voltar para o mundo exterior.

A associação do aparecimento das diversas funções se passa de uma fase para outra, mas isto não quer dizer que a anterior seja inibida, pois vão tomando novas formas e sendo incorporados aos outros comportamentos.

No início da vida, a criança reage de modo muito instintivo, como se fosse um animal, sem nenhuma ligação conativa. Quando entra em jogo os instintos de posse, de construção e de destruição, ela já revela alguma elaboração, reagindo de acordo com os estímulos. Nessa fase, repreender a criança quando faz algo errado, já que ela tem alguma consciência, atua como um meio corretivo, ao passo que fazê-lo mais tarde é ineficaz, pois deixa de ter a indispensável ligação imediata entre o ato que que se reprova e o correspondente castigo (inibição reflexa).

Nas diferentes fases de desenvolvimento do indivíduo vão tomando preponderância os diferentes sistemas psíquicos com maior ou menor intensidade de um ou outro. Não apenas os instintos se manifestam, mas também vai tendo lugar a subordinação ao mundo exterior. O adulto está ligado com essa integração instintiva, entrando em jogo aqueles três sentimentos, apego, veneração e bondade, os dois componentes da ambição, necessidade de domínio ou orgulho e necessidade de aprovação ou vaidade, que passam a influir no comportamento da criança. Isso exige já uma maior participação dos sentimentos sociais que o dos egoísticos (instintos egoístas), porque se dirigem não para objetos inanimados, mas a pessoas com as quais está em contato, como manifestação mais direta de relações interpessoais, o que só é possível se manifestar quando a criança tem apego aos demais.

A participação desses instintos ou funções intermediárias entre a individualidade e a sociabilidade exige certo amadurecimento nas relações da criança com o mundo físico e social. Na concepção de Freud, essas diferentes fases são caracterizadas por normas especiais, projeção, introjeção, narcisismo e que caracterizam também certos distúrbios do adulto.

O apego, dirigindo-se ao mundo exterior, tem ainda muito de ligação com o egoísmo, antes a criança se apegava às fezes, urina, depois se desliga disso e está em contato com aquilo que sente como emanação dela própria, então transfere este apego às relações interpessoais, liga esse apego à posse. Com a teoria da maturação sexual, se define mais na criança levando ao chamado tipo psicossexual, se define já com o adulto correspondente essa maturação interpessoal psicossexual. Isto foi bem estudada por Meninger.

A menina reage com relação ao pai, o menino com a mãe, porque recebe dela um tipo de carinho diferente do que lhe brinda o pai. Então o pai se liga mais à filha mulher e ela reage mais diretamente ao pai e este à filha mulher. O contrário acontece com o menino que se liga com relação à mãe. Logo é um reflexo do tipo de atenção, de afeto que recebe. Foi Menninger4 que estudou muito bem este aspecto, demonstrando que este fator da libido não é só por possuir o sexo oposto. A criança reage a esse tipo de carinho específico do sexo oposto. Não é, pois, um interesse sexual. Este aparece mais tarde na idade pré-puberal de amadurecimento dos órgãos sexuais e se restringe a certas partes do corpo, as zonas erógenas, que existem no indivíduo.

Esta participação, portanto, das funções subjetivas, instintivas e egoísticas são subordinadas cada vez mais diretamente às manifestações altruísticas, ligações de subordinação ao mundo interior. Isto se chama introjeção, é uma intercorrência em função da veneração. Isto estimula a criança ao apego, dependência e uma série de fatores que a fazem sentir-se protegida. Isso leva a pessoa a assimilar já não mais a figura de pessoa, mas ao modo de reagir às normas de ação no mundo exterior.

Em termos gerais, nessa fase do desenvolvimento da personalidade, já predominam o apego e a veneração, em seguida a bondade. Exemplo: quando a criança é muito pequena, gosta de seus irmãozinhos, mais tarde quando já tem essa noção de posse dos pais, destruição e construção estão funcionando como elementos de ligação com a realidade exterior, já pode existir o problema dos ciúmes, que pode interferir com outros aspectos do comportamento da criança, podendo determinar tensão. É um fenômeno complexo, difícil de definir a priori. Em todo caso, nessa fase da criança é a aceitação do adulto, esse apego, a subordinação que se manifesta em plano consciente em sua atividade.

¹ Aula proferida por Aníbal Silveira, em 20 de maio de 1969. Não há referência de local ou de quem compilou, sendo digitalizada por Roberto Fasano. Foi revisada pela Comissão de Revisão do CEPAS: Flávio Vivacqua, Francisco Drumond Marcondes de Moura, Paulo Palladini e Roberto Fasano Neto, em 10 de julho de 2023.
² Embora, como afirma o Prof. Aníbal Silveira, o instinto sexual seja básico fundamental do comportamento normal do indivíduo, o segundo em energia, após o instinto nutritivo, possivelmente ele o considera “perturbador”, no mesmo sentido de Freud, que menciona o instinto sexual e o agressivo como os mais perturbadores pois são aqueles que mais limites e regras a Sociedade impõe, sendo por isso aqueles que mais estão ligados aos conflitos de ordem emocional (neurótica).
³Walle Jetze Harinx Nauta (8 de junho de 1916 – 24 de março de 1994) foi um importante neuroanatomista holandês-americano e um dos fundadores do campo da neurociência. Nauta é mais conhecido por sua coloração com prata, que ajudou a revolucionar a neurociência. Ele foi professor do Instituto de neurociência no MIT e também trabalhou na Universidade de Utrecht, na Universidade de Zurique, no Walter Reed Army Institute of Research e na Universidade de Maryland. Além disso, ele foi fundador e presidente da Society for Neuroscience. Ele é lembrado como um homem intolerante com os direitos pessoais dos outros e tendo uma forte paixão por ajudar o próximo. Walle Nauta iniciou sua carreira em pesquisa com sua tese de doutorado estudando os efeitos de lesões no hipotálamo sobre o sono em ratos. Ele recebeu seu título de PhD em 1945. Seu interesse nas conexões neurais do hipotálamo eventualmente o inspirou a criar e aperfeiçoar a técnica de coloração de prata Nauta pela qual ele é mais conhecido. Nos anos seguintes à introdução do método de coloração Nauta, a pesquisa de Walle Nauta concentrou-se no uso da coloração para explorar a conectividade neural em diferentes regiões do cérebro. Os artigos de sua autoria ou para os quais contribuiu incluíram trabalhos sobre a distribuição do fórnix, a conectividade da amígdala e dos gânglios da base e o trato espinotalâmico. (nota de Roberto Fasano, a partir do site: https://en.wikipedia.org/wiki/Walle_Nauta).
4 Karl Augustus Menninger (22 de julho de 1893 – 18 de julho de 1990) foi um psiquiatra americano e membro da família Menninger de psiquiatras que fundou a Menninger Foundation e a Menninger Clinic em Topeka, Kansas. Durante sua carreira, Menninger escreveu uma série de livros influentes. Em seu primeiro livro, The Human Mind, Menninger argumentou que a psiquiatria era uma ciência e que os doentes mentais eram apenas ligeiramente diferentes dos indivíduos saudáveis. Em The Crime of Punishment, Menninger argumentou que o crime era evitável por meio de tratamento psiquiátrico; a punição era uma relíquia brutal e ineficiente do passado. Ele defendeu o tratamento de criminosos como doentes mentais. Nota acrescentada por Roberto Fasano a partir da página da internet: https://en.wikipedia.org/wiki/Karl_Menninger.